67 ~ Furkan Antiç.

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Demet

Can olhava para o Senhor Ozan, aliás todos que estavam na sala de estar. Meu coração acelerou no peito. Ele tinha que ter noticias boas!

- Senhor Can, tem algumas semanas que o senhor Aylan me contratou para conseguir algumas informações sobre Kara Topaloğlu.

O detetive se levantou e entregou um envelope pardo nas mãos de Can.

- Neste envelope, tem fotos e documentos que consegui reunir nesse tempo de investigação.

Can tirou os papeis de dentro do envelope, ao seu lado eu pude ver várias fotos de dias diferente, onde Kara se encontra com o mesmo homem, um rapaz bem afeiçoado vestido sempre com roupas sociais.

- Filho da puta!

Na hora não entendi a reação de Can, mas ao descobrir de quem se tratava o rapaz, pude entender o ódio nos olhos de Can.

- O homem nas fotos é Furkan Antiç, empresário do meio farmacêutico.

Can se levantou e começou a andar de um lado para o outro, transtornado. Ele jogou as fotos no chão, espalhando fotos dos dois, em algumas delas, pareciam até mesmo um casal.

- Eles foram amantes a alguns anos, e pelos contatos que fiz, ele tem sociedade no laboratório onde foi feito o exame de DNA.

Após mais alguns minutos de conversa, e documentos sobre quando Kara voltou para Istambul e seus passos na cidade, o senhor Ozan nos deixou, com a promessa de que continuaria a seguir os passos de Kara.

- Isso quer dizer que eles podem ter manipulado o resultado, certo? - Perguntou Aylan, perdido em pensamentos.
- Isso significa que ela esta me fazendo de otário mais uma vez!

Can se levantou, pegando a chave do carro no bolso e indo até a porta para sair.
Ele poderia fazer alguma besteira estando com a cabeça quente. Decidi contar sobre a ligação de Kara, para ganhar mais tempo e mantê-lo ali.
Quando ele estava quase saindo porta a fora, falei.

- A kara me ligou esta manhã!

Ele parou na porta, ainda de costas para nós.

- Ela me ligou e me pediu para te deixar.

Can apertava com força a chave em suas mãos. Se virou de frente pra mim e deixou um suspiro cansado escapar seus lábios. Ele se encostou no patente da porta e cruzou os braços.

- Pretendia me contar ainda hoje?
- Sim! Claro que sim... Mas eu sabia como você iria ficar, então quando falei com Aylan e ele me contou sobre o detetive, achei melhor ter as informações que pudessemos obter para te contar de uma vez.

Ele concordou com a cabeça.

- E o que mais ela disse?
- Várias ameaças vazias. Mas essa não é a questão agora. Se você for confrontá-la agora, ela saberá as cartas que temos na manga. Você tem as provas antigas das traições dela e tem a prova de que estão armando algo juntos agora. Eu tenho um plano, mas primeiro você precisa se acalmar e me ouvir.

Can voltou a se sentar ao meu lado.

- O que fez Furkan te contar sobre o caso deles dois, faltando algumas horas para o casamento?

Can pensou por alguns segundos.

- O fato dela ter me escolhido.
- Exatamente. E eu me perguntou agora: O que Furkan faria se descobrisse que ela pretende escolhe-lo novamente?

Aylan me olhou com um sorriso travesso nos lábios.

- Entendi sua jogada cunhada! Vamos colocá-los um contra o outro e a verdade vai aparecer!

Concordei com a cabeça.

- Ainda não temos provas sobre o exame, de que seja falso... Mas indícios de que realmente é falso. Se ela tivesse pelo menos 50% de dúvida sobre a paternidade, ela já teria te procurado a muitos anos. E outra coisa que não faz sentido... Samia sabia de tudo? Por que mesmo sabendo da possível paternidade do sobrinho não contou nada?

Disse o pai de Can. Aylan ainda estava muito mal pela ex namorada esconder algo tão importante.
Ainda era um mistério a participação de Samia nessa história toda.
Tomamos um chá e conversamos mais algum tempo em como iriamos fazer Furkan falar.

- E se vocês "terminarem" - Kaan falou, fazendo aspas com as mãos. - E você Can, fingir que tem interesse em voltar para ela? Podemos fotografar vocês dois e mandar para Furkan!

Pensei sobre a ideia.

- Eu sei que sou ator, mas acho que se eu ver Kara pelas proximas semanas, não sei se consigo disfarçar meu ódio.
- A ideia é boa. Mas como podemos fazê-lo abrir o bico e contar o que planejam?
- Da mesma forma que ele faz comigo. Vou dizer a ele, mostrar a ele, que para Kara, nós dois não passamos de meios para que ela tenha o que quer.

Todos ao redor concordamos com o plano, agora teriamos que por em ação. De algum modo, Kara precisava saber que o que quer que há entre Can e eu, tinhamos acabado.

- Podemos fazer algum jornalista soltar a nota de que estavamos juntos e terminamos.
- Meus pais vão surtar.
- Eu acho que antes de colocar qualquer plano em ação, devemos falar com seus pais, minha única.

Concordei. Mesmo com essa turbulência toda acontecendo, eu tinha que dizer a eles. Não era justo.
Me despedi de todos, Can me levou até em casa e no caminho até lá, pude sentir a tensão no ar.

- Vai dar tudo certo, amor.

Ele concordou com a cabeça e beijou uma das minhas mãos.
Não falamos mais nada. Eu sabia que a mente dele trabalhava numa saída para os problemas. Ele concordou em me deixar falar a sós com meus pais.
Nos despedimos com um beijo apaixonado, quase sucumbindo ao desejo entre nós. Parei o beijo, buscando ar.

- Senhor Yaman...
- Vem dormir hoje em casa?
- Combinamos de não nos encontramos na sua casa. E bom, hoje vou ter "aquela conversa".
- Tudo bem... Mas me ligue assim que puder. Estou nervoso.

Sorrimos como dois adolescentes morrendo de medo de como meus pais reagiriam.

Notas da autora: BOMBAAAAA! O EX AMANTE TA NO ROLO MENINAS! ME DIGAM: TA PASSADA? (meme da vacina da pfizer. Kkkkk)

 Um Amor de Best SellerOnde histórias criam vida. Descubra agora