73 ~ Que tudo desse certo.

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Demet

Eu não podia negar que estava adorando o momento com as meninas, eu não sabia que sentia tanta falta delas até esse momento. Bebemos e rimos bastante. Gülliz me contou sobre Yusuf e como estava caidinha pelo meu acessor. Eu lhe disse que fazia muito gosto em vê-los juntos e desejei de todo coração que desse certo. Samantha comentou que estava a procura de um amor para chamar de seu.

- É engraçado como eu consigo escrever tanto sobre o amor, e não consigo vivê-lo.

A autora tomou mais uma dose de tequila, Gülliz e eu nos entreolhamos.

- Eu acredito que quando tem que acontecer, nada pode impedir. - Disse Gülliz.
- Gülliz, você sabe que isso é papo furado ne? É igual aquelas pessoas que dizem que dinheiro não trás felicidade. - Samantha fez um biquinho e deu de ombros. - Essas desculpas servem para nos conformarmos com o que não temos.
- Bom, Gülliz e eu somos a prova disso. Eu odiava o Can... E bem, agora não imagino uma vida sem ele.

Todas sorrimos à mesa, eu podia sentir em como ficava toda boba ao falar de Can. Era mais forte do que eu, porém não iria ficar esfregando minha relação na cara de Samantha. Lembrei-me de algo que Can disse sobre Aylan.
A autora era uma jovem espuleta, era agitada e divertida. Aylan fazia mais a linha caladão... Mas, analisando agora talvez o que tem de sobra em um seja o que falta no outro.

- O que você acha de Aylan, Samantha?

Gülliz levantou as sobrancelhas toda maliciosa.

- O irmão do meu chefe é uma graça Samantha e recém solteiro...

Samantha disse que uma recém solteiro não era a melhor opção.

- Um recém solteiro quer de tudo nesse momento menos uma nova relação. Não sei se é uma boa ideia. Aqueles olhinhos castanhos são perigosos, se eu me apaixonar e ele não, vocês teram que obrigá-lo a me amar, hein.

Rimos novamente e a noite seguiu cheia de risadas e papo de alcoolizada.
De tempo em tempo eu olhava se tinha alguma mensagem de Can. A alguns minutos atrás ele avisou que já estava em casa e que a noite correu como planejado. O ciúmes deu as caras novamente e o álcool não me deixou esconder isso.

"Espero que ela não tenha passado da linha..."

"Ou...?"

"Can! Não brinque com isso. Eu quase me escondi junto com o Detetive Ozan para ver seu encontro com aquela serpente HAHAHA" - Brinquei, tentando disfarçar meu ciúmes.

"Minha única, a todo instante pensei em você. Não se preocupe, temos o material necessário e amanhã entraremos com a segunda parte do plano."

"Estou nervosa, Can. E se ele não acreditar?"

"Um homem enciumado e inseguro acredita em qualquer evidência"

"Inshalla!"

"Como está a noite das meninas?"

Levantei minha cabeça em tempo de ver minhas amigas dançando até o chão na pista de dança.

"Está incrivel! Eu negligenciei demais minhas amigas... Essa noite esta sendo demais."

"Divirta-se meu amor. Se quiser que eu a leve para casa me ligue, ok?"

"Não acho uma boa ideia. 😌"

"Safada. Vou aguardar a ligação 😈"

Senti uma sensação de calor no meio da pernas subindo pelo pescoço. Bebida e Can em um carro...? Sorri, guardei o celular na pequena bolsinha e fui para a pista de dança com as meninas.
Dançamos até sentir os pés doer, isso foi bom porque o efeito das tequilas diminuiram um pouco.
Como combinado, Can parou o carro proximo ao bar em que estávamos. As meninas acenaram para ele, enquanto entravam no táxi.
Nos cumprimentamos com um beijo gostoso. Can começou a dirigir, o som tocando baixo. A sensação de quando o corpo sabe que esta sem condições motoras me abateu.

- Sua sorte é que não me aproveito de mulheres alcoolizadas.

Meu namorado desviou os olhos rapidamente da estrada e piscou para mim.

- Eu não estou impedindo.

Ele sorriu, malicioso e beijou minha mão que estava descansando em seu joelho. Era engraçado como eu sentia necessidade de estar sempre tocando ele.
Alguns minutos depois, na esquina do meu condominio Can parou o carro.

- Esta bem para ir para casa mesmo? Seus pais não vão te matar?
- Avisei para mamãe que estava com as meninas e a essa hora, ela e papai deve estar domindo e não estou tão bebada assim!

Can apertou meu nariz entre seus dedos, e beijou minha testa.

- Entre, antes que eu esqueça da minha índole e te tome aqui mesmo.
- Aí Can, não fala essas coisas...

Can abaixou a cabeça e sentiu meu perfume misturado com suor, entre o pescoço e o ombro, depois depositou um beijo molhado por ali.

- Vamos, danada. Antes que eu te leve para minha casa.

Sorri de sua ameaça, que eu sabia ser verdadeira. Soltei o cinto do carro e beijei seus lábios devagar, odiando ter que deixá-lo.

- Nos vemos amanhã.
- Nos vemos amanhã. - Concordou ele.

Entrei em casa na ponta dos pés, Derya também já estava em seu quarto. Fui para meu quarto, tomei um banho rápido para tirar o cheiro de alcool e suor e fui dormir, pois amanhã o plano daria continuidade.
A ressaca foi aplacada pelo analgésico que tomei assim que acordei. Apesar de sentir que a musica alta do bar ecoava ainda no fundo da minha mente.
Tomei café com meus pais e em seguida fui para o estúdio.
Gravamos algumas cenas e no fim da tarde, fui para a casa dos pais de Can, iriamos nos reunir lá para analisarmos o próximo passo.
Eu fui de taxi, pois haviam muitos repórteres em frente ao estudio.
Can chegou um pouco depois de mim, eu já estava sentada ao lado de sua mãe.
Tomavamos um chá, aguardando ansiosamente para que Can abrisse o envelope com as fotos que tinham sido entregues mais cedo.
Quando meus olhos bateram nas fotos, a vontade de grudar minhas mãos no pescoço daquele víbora foram fortes demais. Can acariciou minhas costas e me lembrou que foi necessario a aproximação. Respirei fundo, olhando a sequência das fotos, ela segurando suas mãos, acariciando seu rosto. Os dois perto demais, ela agarradando os cabelos da nuca que eu sabia que o deixava excitado. Entreguei as fotos para Kaan, sentindo enjoou pelo que vi.

- Me diga que não vai mais vê-la?
- Tudo depende de hoje a noite. Se as informações de Ozan não mudarem, encontrarei Furkan essa noite e lhe devolverei o favor que ele me fez a cinco anos atrás.

Orei a Deus para que tudo desse certo. Se em algum momento Furkan achasse estar sendo enganado tudo daria errado, e perderiamos os dois passos que estavamos a frente de Kara.

- Ele já sabe que Demet e eu, se tinhamos algo, os jornais deixaram claro que não temos mais... E pelo amor que esse homem parece ter por ela, ele com certeza já deve ter pensado na hipótese de Kara me escolher novamente.

Seguimos falando do plano. O horario e o lugar que Can iria encontrá-lo.
Furkan Antiç, pelo que o Detetive Ozsn falou, se tornou um empresário de renome, porém, financeiramente ele se encontrava com problemas muito grandes e deve ter sido por isso que entrou de cabeça nessa jogada com Kara.
Meu coração se apertava na possibilidade de tudo ser em vão, e Emin realmente ser filho de Can.
O horário finalmente se aproximava, então nos despedimos de um Can nervoso.
Essa noite saberiamos se Kara estaria pra sempre de uma forma ou de outra na vida de Can.

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