Assim na Terra como no Inferno-Meu Mafioso

E-eu...

Ao pegar em minhas mão ele me leva para um lugar no qual eu não tinha percebido, atrás de algumas árvores havia pequenas velas enfeitando o local junto de algumas almofadas para se aconchegar.

-Que lindo! Você preparou tudo isso?- Ao olhar para ele percebo sua inquietação, suas pernas estão balançando e suas mãos a todo momento arruma um defeito invisível de sua roupa.

-Sim, você gostou?- Seus olhos estão fixos em minha pupila em busca de qualquer piso em falso, toco seu queixo delicadamente, acariciando sua longa barba e desfrutando da sensação de cocegas que seus pelos fazem em minha pele.

-Eu adorei, agora vem. Relaxa um pouco e vamos aproveitar o momento.- Pego sua mão e praticamente o arrasto até uma das almofadas, repousando seu corpo sobre uma delas.- A noite está tão linda e a visão daqui é maravilhosa.

-Realmente é uma linda visão...- Ele diz tão suavemente que por um segundo me questionei se era realmente da vista que ele estava falando.

Ficamos ali, apenas deitados contemplando a presença um do outro. Ric repousava suas mão sobre meus seios e eu estava a atenuar sobre seu tronco. Seu cheiro me invadia me fazendo relaxar ainda mais, sua respiração ofegava e em alguns momento ele até mesmo respirava fundo, seus dedos em meu cabelo me faziam um carinho mas não de paz e sim de tormento.

Se passando cinco minutos e eu já não aguentava mais tanta inquietação, saio de seus braços e me sentei em sua frente me deparando com um olhar confuso.

-Anda! Diga logo o que tanto te aflige!-A confusão então logo se desfez e um minúsculo sorriso.- Por que está rindo? Te fiz uma pergunta.

Ele me puxa para um grande abraço e diz:

-Nada me aflige, meu bem! Na verdade algo me anseia.

-E o que tanto te anseia que te deixou assim?

Ele sem mas nem menos se levanta, para na minha frente estendendo a mão para que eu me apoie, me levanto com sua ajuda e ele me leva até a beira da montanha me virando de frente para a paisagem ao mesmo tempo que me abraça por trás, suas mão estão segurando firme a minha cintura tanto como forma de posse como proteção para que eu não caia.

-Está vendo tudo isso?- Ele maneia sua cabeça em direção para a vasta cidade em nossa frente- Tudo isso eu posso ter, tudo isso pode ser meu.

Viro meu pescoço para olhar para ele tentando entender onde ele quer chegar.

-O que está querendo dizer?- Girando o meu corpo para ficar de frente.

-O que quero dizer que mesmo que eu possa ter tudo isso ainda não terei o meu maior desejo.

-Qual seu maior desejo?- Pergunto tentando compreender suas palavras que me deixam cada vez mais confusa.

-Meu desejo apenas você pode realizar.

-O que posso fazer para realizar seu desejo?- Então sem mais nem menos ele enfia a mão em um de seus bolsos e o observo retirar uma pequena caixa de veludo preta ele se ajoelha abrindo a pequena caixa e posso ver um lindo anel de prata talhado com uma onda de quartzo rosa.

-Seja minha, Ash, seja minha e seja dona disto tudo tanto quanto eu. Seja minha e eu serei ainda mais seu do que já sou. Seja minha, seja minha esposa Ash.- Seus olhos brilham em esperança e meus olhos se neblinam com as lágrimas crescentes, ele realmente está fazendo isso?

Viro meu rosto olhando para as luminosas luzes noturna na cidade tão movimentada que nesse momento parece tão pequena, volto a olhar para seu rosto que aguarda ansiosamente pela minha resposta.
Levo a mão aos olhos retirando uma lágrima que me ardia os olhos.

-E-eu...

Zack

Mais um dia aqui na mesma monotonia, mais um dia de frente para está janela, mais um dia dentro deste pequeno cômodo que aos pouco começa a me sufocar, mais um dia na viciosa solidão, mais um dia na minha própria prisão.
A poltrona, que virou o local onde passo a maior parte do meu tempo, já se cansou dos meus tormentos, a cama já se cansou de ser molhada todas as noites por minhas lágrimas, o travesseiro já não suporta mais me ter descontando minha frustração nele, as paredes bege já se estopou de ouvir meus lamentos e q pequena janela de vidro fumê se encheu de me ter horas a fio sobre ela.

Em um abrupto momento meu peito se aperta, meu coração dói e lágrimas enchem meus olhos. Sem compreender do que está acontecendo me levanto andando sobre o cômodo que já não me recordo da última vez que limpei, viro a bebida avermelhada em meu copo em um único gole sentindo o queimar na minha garganta silenciar a dor em meu interior.

A dor fica mais forte a cada momento e pequenas lembranças, mas dolorosas, invadem minha mente.

***

-Fazer o quê? Jantar? Calma lá colega, não vou te força a nada só vim jantar mesmo, nada muito sério.

-Ok, isso eu posso fazer.

-Então podemos pedir? Já que estamos aqui vamos aproveitar.

-É o que me resta, vamos encher a cara.

***

Não! Isso não pode acontecer, passado, já superei ela!

***

-Sabe, acho que não é muito mal eu passar a noite com você- Digo envolto pelo álcool.

-Por que seria errado?

-Você sabe, pelo meu irmão...

-Eu e seu irmão não temos nada, por que acha isso?

-Não!?-Pergunta surpreso.

-Não!

-Sendo assim...

***

Cubro minha cabeça com os braços tentando parar com este sentimento, com essas memórias.
Nessa altura as lágrimas já inundam meu rosto e não tenho mais controle sobre como parar.

***

-Sei que temos que esconder e isso nunca foi meu plano, nesse último mês minha vida se tornou outra. Agora sou feliz e tudo por uma linda luz que cruzou meu caminho da forma mais "arranjada" possível.
Infelizmente não posso gritar ao mundo o quanto tenho a mulher mais perfeita ao meu lado ou meu irmão me mataria.
Eu lutarei pela nossa felicidade, desejo que todas as manhãs eu seja o motivo do seu sorriso por te fazer a mulher mais feliz desse mundo, desejo ser a pessoa que em momentos de apuros você venha me procurar, desejo ser a pessoa que quando se sentir completa seja por estar segurando minha mão, desejo ser o homem que você tenha orgulho de ter ao lado.
Desejo, de todo meu ser, para sempre, ser seu!
Aceitar namorar comigo?

***

Por quê? Por que agora? Por que dói tanto? O que preciso fazer?

E então um embrulho em meu estômago faz o bole me subir, corro até o banheiro jogando para fora a pouca coisa na qual comi durante o dia. Agachado no chão, com os braços ao redor do vaso sinto as quentes lágrimas me lavarem.

-Ela está em perigo!

Nota da autora:

Finalmente conseguir publicar aaaaaaaaaa

Gente! O livro está em primeiro lugar no ranking sequestro!!

Eu amo tanto vocês!!!!!