Nada de bom dura para sempre

230 13 0
                                    

Louis

O covil é coberto de cascalho na área aberta, uma cabana de madeira guarda todos os segredos sujos entre nós.
Levamos o garoto que ainda tenta pedir desculpas.

A cabana é repleta de objetos de tortura, desde um simples bisturi até as maiores invenções da Idade Média, e convenhamos, aqueles caras amavam cu porque porra.

Niev o senta em uma cadeira de madeira, Frensh tranca a porta e todos vamos trocar de roupa. Eu que não vou sujar minha bela roupa com o sangue dele.

—O que tem em mente? – Pergunta Josep, ele sempre sabe o que tenho em mente.

—Talvez algo como castração, algumas mutilações leve e tal.

—Nada mal.

Voltamos para onde o garoto estava, seu rosto estava banhado de lágrimas que intensificaram ao nos ver.

—Deixa de ser cuzão! Para as mulheres tu não é o fodão?

—Qual é, me deixa ir!

—Sem espaço para assediadores no mundo "mano".

Pego o bisturi que estava na mesa e Josep o soco inglês.
Com ódio nos olhos e passos lentos Josep de aproxima casa vez mais do deu objetivo, ele quer destruir o rosto do garoto.
Sem piedade nenhuma defere socos no rosto dele, já tem sangue por todo o chão ao redor deles. O assediador já não chora mais  porque ficou inconsciente.

Niev injeta adrenalina na veia para que ele acorde, acordado ele volta a gemer e chorar. Que patético!

—Tá bom, tá bom! Morrer com socos é pouco para ele. – Giervan avisa, ele pode ser o mais racional porém na cabana ele muda.

—Minha vez!

Quando me aproximo para corta seu rosto ele praticamente sussurra:

—A bunda dela é bem macia e gostosa, você já sentiu? – Eu paraliso de ódio, como ele tem coragem? — Você nunca sentiu, não é?

—Minha vida não te importa!

—Sinto muito, mano. Ela é das boas, e aqueles peitos, você já reparou? São divinos.

—Acho melhor calar a boca.

—Pode apostar que se você não tivesse me atrapalhado agora mesmo eu estaria com a boca no peito dela, com a mão naqiela bunda e com meu pai ao redor dos lábios dela. Talvez eu a fode-se por trás.

Ele está tentando tirar meu foco, me pegar pelo psicológico. Bastardo, sou treinado.

—SE eu não tivesse te atrapalhado você estaria com os dedos da sua mão quebrado, no mínimo. Sua cabeça de merda irracional não é capaz de pensar mas ela poderia fazer um estrago grande em você se quisesse. E nem se preocupe em cogitar "fode-la" por trás, você ao menos tem um pau para isso.

Raiva borbulha de seus olhos, ele parece querer me matar. Ops, lado errado do jogo.

—Filho da puta!

—Uma pauta muito renomada, mais respeito!– Eu simplesmente adoro concordar com eles quando eles acham que me ofende — Agora vem cá, realmente achou que conseguiria comer alguém com isso que chama de pau? Essa porra ao menos sobe sem auxílio do remédio?

—Pode apostar, foi assim que comi seu pai.

—Caralho pessoal – Viro chamando atenção dos garotos. — Ele achou meu pai, diz que até comeu ele!

Os garotos riem e o assediador foca confuso, ainda não percebeu que estou zombando dele.

— Tá, tá. Chega de enrolação.

Mal termino de fala e enfio a ponta do bisturi na glande do pedaço de merda que grita de dor. Giro a lâmina abrindo um buraco ainda maior, acho que agora, mesmo que ele saia vivo o pau não sobe mais.

Os gritos, os urros, ele tentando se debater. Adrenalina sobe pelo meu sangue, dopamina de prazer escorre pelo canto dos meus lábios. Eu definitivamente adoro esses sons!

—Você é psicotico! – Grita depois de mais um corte em seu corpo.

—Ó, muito obrigado! – Coloco a mão no peito demonstrando apreciação.

—Louco, você deixou de ser humano a muito tempo, sua alma é corrompida!

Me abaixo perto do ouvido dele, lambo levemente sua orelha e sussuro:

—Praze, diabo!

Sua pele arrepia, meu sorriso mal contém no rosto, ainda assim é impossível não lembrar da voz da Stef me chama do assim.

Parecendo querer desmaiar injeto mais adrenalina em seu sangue, talvez ele tenha overdose...

Giervan toca meu ombro:

—Dê um tempo, ele vai morrer antes da hora, deixe-o aí.

—Tudo bem, vamos para casa eu estou com fome. E a espera inquietante é a melhor tortura.

Todos concordam e vamos para o chuveiro trocar de roupa antes de sair, uma regra nossa e nunca ser visto na rua com sangue nas vestes.

Passamos no mercado e compramos várias coisas, até eu me assusto com a facilidade de agir normalmente que temos, quem ver não imagina que à pouco estávamos perto de matar um cara.

Chegamos em casa em meio às risadas e Stef parece ansiosa, passo direto por ela mas Josep sociável como sempre fala com ela.

—"Eai" pequena, como está? Trouxemos coisas para comer  – Ele beija o topo da cabeça dela, ele sempre foi bem carinhoso.

—Sério? É assim que você aparecem depois de uma sessão de tortura? – Eu sabia que ela falaria disso.

—Como achou que seria? – Disso e ela percebe o sarcasmo.

—Sei lá, expressões sérias, posturas rígidas e pouca conversa. – Ele levanta fazendo uma péssima atuação do que deveria ser um homem malvado.

—Confessa vai, está louca para saber como foi lá. –Giervan provoca

Ela se joga no sofá acabada —Estou mesmo, vão me contar ou não?

—Não!

Nós nunca dizemos nada que acontece no galpão

—Eu odeio vocês! – E assim começa uma guerra de almofada.

Não sei bem como e nem o porquê mas algo quente cobre meu coração, me sinto leve e tranquilo.

A necessidade constante se estar vigiando ou em defesa somente por alguns instantes. Ao olhar para todos e ver o sorriso no rosto dele faz com que eu comece a sorrir também.

Eu não poderia estar em nenhum outro lugar que não fosse aqui, esses caras me acolheram na minha pior fase, eu não poderia ser mais grato.

Só por agora, eu não quero que esse momento passe, mas eu sei. Infelizmente, eu sei que nada de bom dura para sempre.

Assim na Terra como no Inferno-Meu MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora