Novo destino

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O avião já havia decolado e com ele meu coração permanecia em disparada

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O avião já havia decolado e com ele meu coração permanecia em disparada. A cada minuto que se passava mais eu me aproximava do meu novo destino, eu estava nervosa e ansiosa pensando em o que faria da minha vida.

Em algum momento dos meus pensamentos eu acabei dormindo, acordo com a aeromoça, que por sinal muito educada, me dizendo que já iria pousar, agradeci e comecei a arrumar minhas coisas que estavam ali por cima. Em cinco minutos eu já estava descendo a escadaria do avião, ao chegar na sala de desembarque vejo um cartaz com o nome de Stef, checo meus documentos para ter certeza que não estava alucinando mas realmente era meu novo nome ali.

Eu irei precisar de tempo até me acostumar com isso, minha vida toda fui chamada de Ashley e agora, do nada, começo a me chamar Stef. Vou até a pessoa que segura o cartaz, era um homem alto e corpulento, os músculos de seu braço se sobressaem no terno, seus olhos são frios, seu maxilar está contraído e sua cabeça erguida olhando para um ponto vazio.

Ele nota minha aproximação e abaixa o cartaz colocando-o em suas costas, ele abaixa um pouco o tronco e o pescoço pra falar comigo. 

—Mademoiselle Stef? – Sim, eu estava de volta a França!

—Oui, et qui es-tu? (Sim, e você quem é?) – Perguntei trocando o peso do corpo de perna, Deus, viagens cansam.

—Je serai votre sécurité jusqu'à nouvel ordre (Eu serei teu segurança até segunda ordem) – Sua voz  era grossa e me provocava arrepios, esse homem era quente — Je vous demanderai de m'accompagner jusqu'à votre lieu de séjour, avez-vous apporté des bagages ? (Pedirei que me acompanhe até seu lugar de estadia, trouxe alguma mala?)

—Non, mais je dois aller chercher mon chien (Não, mas preciso pegar minha cachorra) – Ele arqueou uma sobrancelha em questionamento mas não falou nada e apenas me acompanhou. Quando estávamos indo até o carro ele me entregou um celular e disse que era pré-pago e descartável, especificou que eu só poderia falar com Arthur ou Zack e em casos de emergência, meu francês não estava dos melhores e minha cabeça já estava doendo de tanta concentração que fazia para entende-lo. — Tu parles anglais? (Vocẽ fala inglês?).

—Sim, perdão senhorita. – Ele disse simplista, apesar de viver dois anos na Espanha, inglês era minha língua  materna e eu teria facilidade de comunicação. 

A viajem foi rápida e cheguei em menos de uma hora do local que eu ficaria, era a porra de uma mansão. Eu ficaria em uma mansão!

—Licença, mas de quem é essa casa e como conseguiram que eu ficasse aqui?  – Perguntei sem aguentar minha curiosidade. 

—Creio que não posso falar sobre mas o sr. Arthur irá lhe explicar tudo logo, lhe direi quando poderá ligar para ele. 

Assentir achando aquilo estranho, era só o que faltava eu ter outra pessoa me levando ao inferno sem eu saber, passamos pelos portões da mansão e eu tive a visão de um lindo jardim com direito a fonte com chafariz. O segurança, no qual eu percebi não saber o nome, estacionou o carro e desceu para abrir minha porta, agradeci após apenas me responder com um aceno ele seguiu em frente em sinal silencioso para que eu o acompanhasse.

A porta da mansão se abriu e uma figura de cabelos lisos em um tom de castanho claro correu e se jogou em cima de mim, rapidamente cheiro de baunilha me invade. Eu conheço esse cabelo, eu conheço esse cheiro.

—DIANA! – Gritei em extase, abraçando a garota que parecia um koala agarrada em mim.

—Amiga, eu sentir tanta saudade, quando aquele fedido disse que estava vindo para cá eu quase surtei. – Arthur era tudo menos fedido, mas isso pouco importa agora, eu estava com minha amiga caralho! Isso não vai ser tão ruim quanto eu esperava. — Mas ande, me explica o que aconteceu porquê ele me disse que eu deveria  – Ela olhou para os lados antes de se aproximar de mim e sussurrar em meu ouvido. —Quem eu deveria te chamar de Stef.

—Podemos conversar lá dentro? Eu realmente preciso de um banho e uma cama, eu espero que possa me emprestar algo já que não trouxe nada. 

—Vamos e é claro que posso te emprestar algo mas vou pedir para o brutamonte ir comprar algumas coisas para você.

Ele estava me puxando para dentro da mansão mas antes de acompanha-la me virei para o segurança que permanecia parado me olhando.

—Qual seu nome mesmo? – Disse envergonhada entre risadas e tive a certeza que fiquei vermelha com ainda mais vergonha quando ele olhou no fundo dos meus olhos como se analisasse minha alma. 

—Pierre. – Disse sem mas e ali eu entendi que ele não era de conversar e eu teria muito esforço para me enturmar com esse muro que vai me seguir em todos os lugares.

Eu mal tive tempo de olhar a mansão já que Diana me arrastava pelos local, ela subiu as escadas correndo e tive que me esforçar para não cair ao contrario de Zoe que amou a bagunça e foi a primeira a chegar no topo da escada.

Passamos por diversas portas por diversas até finalmente chegarmos na que provavelmente seria meu quarto, ele ficava quase no final do corredor. Quando Diana abriu a porta eu tive que tomar cuidado para meu queixo não desprender do meu rosto e cair ao chão.

Aquele quarto era puro luxo.A cama era king size e estava com um jogo de cama em tons de branco e cinza, ao lado havia uma mesa de cabeceira com um abaju, quadros e uma plantinha linda, acima da cama tinha um lustre de velas que eu tinha a certeza que me queimaria ali em algum momento, na parede oposta da porta tinha um espelho que cobria todo o espaço mas quando cheguei perto vi algumas linhas no espelho e quando passei o dedo o espelho se mexeu eu eu juro que meu coração parou achando que eu tinha quebrado mas na verdade uma janela se abriu no meio do espelho e recebi uma lufada de ar gelado no rosto.

Diana apareceu ao meu lado com algumas peças de roupas e apontou para uma outra porta no quarto dizendo que era o banheiro, entramos juntas no banheiro e enquanto eu tirava minha roupa ela se sentou no vaso e ficou me olhando. Sim ela tinha esse costume de ficar no banheiro me esperando no banho, mas dessa vez ela parecia inquieta porém logo entendi o porquê quando ela disse :

—Vamos, conte-me tudo!

Nota da autora:

Ashley, ou melhor, Stef tem uma história e tanto para contar para a Diana.

Muitas coisas vem por aí, preparados? 

Assim na Terra como no Inferno-Meu MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora