Que Deus nos ajude!

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Assim na terra como no inferno, princesa!

Tudo parou, nesse momento eu me esqueci até mesmo como respirar. O sorriso diabólico em seus lábios confirma tudo que eu esperava.

Ele sabe!

Eu ainda estou paralisada, com os olhos arregalados e a boca entre aberta em busca de ar. Ouço os murmúrios felizes ao meu redor mas tudo parece girar.

Fudeu!

Eu preciso de ar, eu preciso agir rápido mas o que eu posso fazer? Se ele sabe ele irá atrás de mim de qualquer forma.
Sinto um empurro em minha lombar e vejo que ele está me conduzindo a sair do altar, seu sorriso nunca sai do rosto, as pessoas sorriem e comemoram sem nem fazer ideia do que acabou de acontecer.
No fim da pequena caminhada o barulho de uma rolha de champanhe sendo estourada me tira desse transe, os barulhos voltam a ser como antes, o tempo voltou a acelerar, apenas meu peito ainda não achou o compasso certo.

—Vamos, a limousine já está nos esperando. – Allaric diz simplista como se nada tivesse acontecido, ele se vira para os convidados e grita:
— Vejo todos no salão!

Não! Não quero ficar sozinha com ele! Me solto de seus braços e vou até minhas madrinhas.

—Venham com a gente, vocês merecem aproveitar também!

—Ash, esse é seu casamento – Infelizmente...

—E vocês são minhas melhores amigas, andem vamos logo! – Digo já empurrando as três para dentro da limousine.

—Uau, aqui dentro é simplesmente lindo! – Exclamou Lorena.

—Pode aproveitar do que quiser, te champagne, morangos e algumas utras frutas.

Mal pudê terminar de falar e o som da rolha de champagne foi ouvida ao ser expelida.

—AOS NOIVOS — Gritou as três em unissoro unindo as taças e entregando uma para mim e para Ric que tomou em um único gole, suas mão estavam em minhas coxas por cima do vestido fazendo um leve carinho.

—A NÓS - Gritei de volta e bebi a minha taça.

O carro para anunciando que chegamos o salão, as meninas são as primeiras a sair e me apresso a ir logo atrás delas mas meu marido, por Deus essa palavra, segura meu punho me impedindo de sair.

—Onde pensa que vai tão cedo?

—Para o salão onde todos estão nos esperando? – Falei como se fosse o óbvio, tudo para não ficar a sós com ele mas uma hora teria que enfrentar afinal ainda tinha a lua de mel.

—Não antes de eu provar minha querida esposa. – A sua voz era carregada de luxúria e eu sentir o âmago em minha garganta.

Que merda eu fiz da minha vida?

Ele e puxa me fazendo sentar em seu colo, suas mão vão de encontro direto com minha bunda a apertando sem nenhum recesso.

—O que custa esperar um pouco mais, ainda temos a luda de mel. – Queria adiar aquilo o máximo possível.

—Estoy diciendo que lo quiero ahora y me darás lo que quiero (Eu falei que quero agora e você irá me dar o que quero.) – Eu estremi em seu colo mas não foi pelos seus dedos e acariciavam minha cintura da forma que poderia me fazer ter um orgasmo em qualquer outro momento e sim foi pelo seu tom de voz que impunha tudo que tinha direito.

— Alarric... – Minha voz era fraca e mostrada meu tamanho em relação a ele, quase nulo. —Irão perceber e seria vergonhoso.

—Eu estou pouco me fodendo par ao que pensam, eu te quero e te terei não importa onde, como e quando! – Seus lábios estavam em meu pescoço, suas mãos apetam meu quadril em possessividade.

ATENÇãO CENAS DE ABUSO EXPLÍCITO, CASO CONTENHA ALGUM GATILHO RECOMENDO QUE NãO LEIA!

E eu? Eu desistir e estou paralisada enquanto ele usa meu corpo como bem quer, seus "beijos" percorrem desde meu pescoço, clavícula a seios. Suas mãos se cansaram de meu quadril e agora me penetram, eu corpo vai para frente e para trás com a agressividade de seus dedos.

—Diga, diga a quem você pertence! – Ele dizia entre uma chupada e outra que dava em meu peito. —Eu estou mandando dizer!

—aeu sou sua, apenas sua – Disse mas não havia nenhuma lascívia em minha voz, apenas um grande e eterno NADA.

—Você sempre me pertencerá, será minha até eu dizer que não e adivinha? Eu não sou de mudar de ideia.

Agora já posso dizer que estou fodida ou ainda está cedo?

—Ric, por favor, já demoramos demais.

—Shii, eu ainda não terminei. – Ele me empurrou de seu colo levantando meu vestido, se afastou por alguns segundo para me analisar.

O que ele veria além de um mulher acabada emocionalmente e, por agora, também fisicamente. Mas talvez fosse isso mesmo que ele quisesse ver afinal, quem mais seria psicopata a esse ponto?

Ele cansou de me observar nos primeiros dez segundos, porém eu queria que ele nunca tivesse enjoado já que seu passo seguinte foi ainda mais podre, ele abaixou sua calça e montou em mim.

Sem nenhuma piedade, sem nenhuma compaixão. Meu marido me estuprou, meu próprio marido!

FINAL DA CENA DE ABUSO!

A segunda parte do meu inferno durou quinze minutos até ele se der por satisfeito, vestir suas roupas e mandar eu arrumar as minhas também, ele saiu do carro sem me esperar e foi para o salão de festas.

Levei mais tempo do que deveria, eu precisava recolher os cacos de minha alma agora um pouco mais despedaçada que antes, liguei a câmera do meu celular para tentar limpar as lágrimas que assolavam meu rosto. Depois de tentar concertar minha maquiagem, cabelo e desamassar meu vestido eu sair do carro, os seguranças que guardavam a entrada do salão me olharam com receio como se soubesse o que aconteceu no carro e eu me sentir suja.

Passei pelos portões e todos os olhos estavam em mim, ok hora de me mascarar, sorrir o melhor sorriso que pudê e cumprimentei todos que vinham me parabenizar e desejar felicidade. Felicidade é a última coisa que teria ao lado desse cara!

Finalmente vi uma pessoa que eu precisava, Arthur. Corri até meu amigo que me recebeu de braços abertos e foi nesse momento que ele soube, sem eu precisar dizer nenhuma palavra apenas com um olhar nós nos entendiamos.

—Eu vou cuidar disso, pequena. – Ele dizia enquanto acariciava meu cabelo, ele depositou um beijo em minha testa e se afastou eu vi o momento em que ele pegou seu celular fazendo um ligação, seu olhar estava em mim quando quem quer que seja apessoa do outro lado atendeu e ele disse algo que eu não pudê identificar.

Que Deus nos ajude!

Assim na Terra como no Inferno-Meu MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora