Não vou me cansar disso tão cedo, foi o que eu disse cerca de 5 minutos atrás e desde então negrinni tem sido o alvo do meu cinto.
Suas costas se torno uma total pintura vermelha, tive que injetar adrenalina duas vezes nele para que ele não desmaiasse. Agora estou sentada na sua frente apenas olhando enquanto lagrimas banham seu rosto, seu corpo já cansado não faz tanta força para se soltar das correntes.
—Olha o que vocês me tornaram. – Falo e os dois me olham.
—Eu te tornei forte. – Allaric diz e por um segundo até cogito suas palavras.
—Não, principessa, você se tornou o que quis, se moldou do seu melhor modo quando nós te partimos em pedaços irreparáveis e ainda assim foi forte o suficiente para se concertar.
—Eu era inocente no mundo podre de vocês, fui um brinquedo na brincadeirinha pervertida de vocês!
—E que belo brinquedo se me permite dizer... – Ric sempre tentava uma maneira de se manter no topo mesmo quando não houvesse degraus para isso.
—Você não cansa? Não vê que já perdeu? Você está sangrando, acorrentado e a u passo meu de morrer e ainda assim insiste em se porta como se mandasse em algo. A porra das minhas amarras a você já foram!
—Minha querida, você sempre vai ser minha, você tem o meu nome gravado em suas entranhas, você perdeu messes da sua vida se baseando em mim, pensando em mim, lutando contra mim. Queira ou não eu ainda comando sua mente.
—Isso pode até ser verdade mas não passará de hoje, hoje seu reinado acaba e eu me tornarei dona do que eu quiser.
—Isso aí, princepessa, acaba com ele!
—CALA A BOCA NEGRINNI!
—Pode deixar, não está mais aqui quem falou. – Ele levanta as mãos acorrentadas e sinal de bandeira branca.
—Eu estou realmente cogitando te matar primeiro.
—Você não me daria tal honra, princepessa.
—Pare de me chamar assim.
—Parece que alguém sabe te tirar do sério. – Allaric se aproveita.
—Allaric, vocês não tem mais tanto poder sobre mim. Agora vamos voltar ao o que interessa, acredito que o corpo de vocês já estejam preparados para mais já que estão falando tanto.
Me levanto da cadeira e vou até a messa pegado um bisturi que no segundo seguinte desliza pelo peito de Allaric arrancando alguns grunhidos seus, a linha que se forma se deixa seu rastro em vermelho rubro.
—Vou precisa de muita adrenalina para o que farei agora, querido, mas primeiro...
A arma antes presa na minha cintura dispara em um único som agudo ecoando pelo ambiente, sangue respiga em mim e em Allaric, a cabeça de Negrini se tornou um emaranhado irreconhecível de sangue e orgão.
—CARALHO, VOCÊ EXPLODIU A CABEÇA DELE!
—O que? Achou que eu fosse fazer carinho depois de tudo? ok, admito que em alguns momento ele era bem engraçado e fofo mas ainda assim ele ultrapassou alguns limites.
—Sua vadia louca!
—Não haja como se fosse o primeiro corpo que você vê. você está atrapalhando meu tempo.
Sem deixar ele falar injeto a adrenalina em no mesmo momento posso sentir seu coração disparar, desse modo o bisturi corta mais fundo, com um alicate hospitalar corto 3 de suas costelas. Seus gritos são estridentes, meu corpo está banhado em sangue e em meu ouvido soa um zumbido pelo disparo da arma.
—Eu adoraria prolongar sua estadia na Terra mas meu tempo é curto. – Enfio minha mão entre suas costelas e sinto seu coração pulsar em minha mão, qualquer mínimo movimento meu sua vida estará acabada. Me aproximo de seu ouvido e sussuro assim como fez no nosso casamento. —Assim na Terra como no inferno, meu mafioso.
Puxo minha mão arrancando seu coração, os vasos jorram sangue e ouço aplausos atrás de mim que me tiram do devaneio em que havia entrado. Um homem branco, alto, de cabelos grisalhos e pele coberta de tatuagens está parada em um canto escuro da sala me olhando.
—Quem é você? – A pergunta não é respondida de primeira, o homem caminha em minha direção lentamente com as mãos no bolso, quando está a apenas dois passos de me tocar ele fala:
—Temos muito o que conversar Zaya.
—Acho que errou de pessoa, não sou Zaya e sequer conheço alguém com esse nome.
—Ai que você se engana, eu nunca erro e se me der o dispor de seu tempo irei te explicar tudo mas tenho que confessar que foi um belo show o que fez aqui.
—Não foi show nenhum, essa merda é a minha vida.
—Compreendo, onde podemos ir para termos uma conversa? Não precisa ser hoje caso esteja precisando de um tempo mas precisa ser quanto antes puder, eu já esperei tempo demais.
—Amanhã às nove na praça do shopping. – Seja lá o que for que esse cara queira de mim irá ser resolvido logo.
—Perfeito, te encontro lá .
E então ele se vira e parte me deixando com meus pensamentos e dois corpos. Me lavo antes de voltar para a mansão onde os meninos me esperavam, eles me deixaram sozinha alegando que esse momento era pessoal e eu tinha que resolver sozinha.
***
—Quer contar como foi e como está se sentindo agora? Já mandamos irem limpar o lugar. – Giervan é o primeiro a falar desde que cheguei.
—Eu até que estou bem, achei que me sentiria culpada ou vazia mas me sinto leve como se agora pudesse respirar livremente sem correr risco de ser recapturada a qualquer momento.
—Nós entendemos o que está sentindo, caso precisar de qualquer coisa sempre terá a gente.
—Vocês foram super importantes para mim, meninos, e sempre serão. Ah, um cara estava me esperando no galpão e quando acabei ele me aplaudiu e disse que precisávamos conversar urgentemente e me chamou de Zaya. – Os meninos me olharam confusos e eu continuei. —Disse que não me chamava Zaya, que ele pode ter se confundido mas ele me garantiu que estava certo e marcamos um encontro amanha no shopping.
—Você está certa disso? Tem certeza que irá falar com esse cara aleatório?
—Sim e ficarei grata se puderem ir comigo, apesar de tudo sinto como se fosse necessário eu encontrá-lo, talvez seja algo sério.
—Nós iremos.
***
Chegamos na praça de alimentação e lá estava o tal cara de ontem, sentado em uma das mesas com um copo de café em mãos.
Eu e os meninos paramos em frente a ele que se levantou e cumprimentou todos nós.
—Belos seguranças você tem mas fique tranquila que não irei te machucar, essa definitivamente é a última coisa que faria.
—Sempre bom prevenir – Louis toma partido.
—Vamos direto ao ponto. – Começo. —Quem é você e o que quer comigo?
—Zaya, eu sou Leon Moretti, Don da máfia britânica e seu pai biológico.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Assim na Terra como no Inferno-Meu Mafioso
RandomEra para ser só mais uma secretária para o Allaric Ashley nunca esperaria que entrar na Empresa Zantinni poderia mudar drasticamente a sua vida. Um dia comum na vida de alguns mas não na de Ashley e Allaric. Um emprego concorrido, um chefe rígido e...