retorno

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—O que vai fazer agora? – Arthur pergunta na vídeo chamada

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—O que vai fazer agora? – Arthur pergunta na vídeo chamada.

Cruzo minhas pernas ajeitando meu travesseiro no colo.

—Definitivamente voltar para a Espanha e ver minhas amigas, tenho que resolver questões com a máfia também agora que como esposa sou a substituta.

—Você realmente pensou em tudo, quando volta?

—Voltar? Ash vai voltar? –Zack aparece na ligação com uma voz estridente e eu começo a rir.

—Sim, Zack, vou voltar. Provavelmente amanhã. –Batidas na porta me fazem me despedir dos meus amigos. —Pode entrar.

A porta se abre e toda a guangue se amontoa em meu quarto.

—Quer dizer que vai embora? – É Peter que comanda a voz.

—Eu tenho que voltar, sinto saudades das minhas amigas.

—Você pretende vim para França algum dia de novo? – Josh se joga na cama agarrando minhas pernas.

—Óbvio, vou perturbar vocês por muito tempo ainda.

Depois disso foi só alegria. Peter, Josh, Giervan, Louis, Diana e todos os outros se uniram em uma abraço coletivo que sinceramente não sei como coube na minha cama.

                                                              ***

Finalmente cheguei, o avião acaba de pousa na Espanha e mal posso esperar para ver meus amigos. Zack e Arthur já me esperam no aeroporto. Assim que os vejo saio correndo em direção à eles que me recebem de braços abertos e eu finalmente choro. 

Choro de alívio, choro de saudade e de tristeza pela garota que nunca vou voltar a ser.

—Bem-vinda de volta, princesa. 

—Eu amo vocês.

—Te amamos, caracol.

Voltamos para a mansão e dessa vez sem um psicopata nela me espreitando, vejo as meninas na sala me esperando ansiosamente. Nada mudou mas ao mesmo tempo tudo mudou.

—Ash! O que aconteceu garota? Você simplesmente sumiu. – Daya toma partido.

—Ainda temos muito o que conversar, mas antes... – Me viro para dona Zélia — Por favor, sinto tanta falta do seu comida.

—Pode deixar criança, já preparei um almoço maravilhoso para a sua chegada. 

Saio animada até a cozinha e tem um banquete posto a mesa, me sento esperando os outros que vem logo atrás. Eu Definitivamente sentia falta da comida de Zélia!

—Bom, sei que estão todos loucos para saber o que aconteceu e não vou criar rodeios para o caso, vocês podem acabar me odiando no final mas saibam que o que eu fiz, fiz por necessidade e faria tudo novamente caso fosse necessário.

—O que aconteceu? – Lorena se pronúncia pela primeira vez. 

—Eu matei o Allaric. – O silêncio é ensurdecedor e todos, exceto Zack e Arthur que já sabem da história, me olham como se eu fosso um alien. — Eu tenho uma explicação plausível para isso. 

—Pois eu espero, criança, estou à um segundo de ligar para a polícia agora. 

—Não faça isso, dona Zélia, eu estou a prova que o motivo é coerente. – Zack toma minha frente e eu agradeço

—Você está junto disso? Contra seu próprio irmão! Eu não te reconheço Zack. 

O garoto abaixa a cabeça ouvindo a repreensão de Zélia e eu me sinto culpada. 

—Ele não tem culpa, eu irei explicar tudo que rolou desde a minha chegada aqui...

Depois de revelar toda a história e explicar o porquê que matei o meu ex marido, os mesmos rostos que me julgavam me olham com pena e compreensão. Era isso que menos queria, pena.

—Amiga, nós não imaginávamos que tudo isso estava acontecendo diante de nosso próprios olhos. 

Lorena, Daya e Zélia se levantam e me abraçam e novamente sinto meus olhos marejarem. Eu sou amada, apesar de tudo eu sou amada e me sinto grata por ter conhecido essas pessoas mesmo com toda circunstâncias.

—Nós te apoiamos, não faria o mesmo e não sei o que vai acontecer já que envolve tantos crimes, mas nós te apoiamos. –Daya revela ainda me abraçando.

—Obrigada meninas, eu amo vocês. – Ao longe vejo Zack me olhando e sei que temos uma conversa pendente e não quero adiar muito isso, ele merece essa conversa.

O resto do almoço ocorreu através de muitas risadas e saudade, o clima ficou leve mas ao anoitecer eu sei o que teria que fazer.

—Posso entrar? – Digo batendo na porta. 

—Você sempre terá permissão, princesa. – Zack está na biblioteca com um dos livros que já perdi a conta de quantas vezes já o vi ler.

—Acredito que saiba o porquê de eu estar aqui. – Ele fecha o livro acenando a cabeça em confirmação, me sento na poltrona em sua frente e ele endireita a coluna se preparado para o que quer que venha. — Eu descobrir a verdade antes do meu casamento, eu sei tudo.

—Você sabe de tudo? 

—Sim, inclusive sobre o dia da festa, agora eu sei que não me traiu e eu sinto muito mesmo por ter te dado as costas, me perdoe por não confiar em você mas espero que me entenda também por escolher me afastar.

—Eu entendo seu lado mas você deveria ter procurado entender o meu antes de me julgar precipitadamente, eu esperava que confiasse em mim. 

—Eu realmente sinto muito por toda dor que te causei. 

Com os olhos marejados vejo que Zack também controla o choro, esse assunto ainda o machuca e eu não poderia me odiar mais por isso mas eu fui manipulada e não enxerguei a verdade. Me levanto e abraço Zack que corresponde o carinho me abraçando ainda mais forte. E ali eu pude sentir, eu nunca o deixei de amar mas antes precisávamos nos curar e resolver tudo.

Sempre será ele, eu sempre serei dele.

                                                         ***

Sentada em cima da mesa de pernas cruzadas vejo os homens entrarem na sala de reunião e me encararem confusos, vejo até mesmo alguns pegarem suas armas prontos para atirar a qualquer segundo.

—Quem é você? Como entrou aqui? –Um dos soldados fala.

—Podem abaixar as armas meninos, não sou uma ameaça. 

—Responda a pergunta! 

Desço da mesa e mais armas são apontadas para mim, ando até a poltrona principal me sentando e girando sob ela. Quando volto a me virar para os homens a minha frente digo: 

—Vamos rapazes, tenham modos. Reverenciem sua nova rainha.

Assim na Terra como no Inferno-Meu MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora