Desmascarado

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Posso até imaginar quando o Allaric acordar, ele não vai suportar saber que foi pego por uma mulher

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Posso até imaginar quando o Allaric acordar, ele não vai suportar saber que foi pego por uma mulher. O tão poderoso Don foi capturado por uma qualquer que até 5 meses atrás não tinha preparação física nenhuma, pelo visto ele não é tudo isso que diz ser.

—Sua vagabunda!

Como eu disse, um idiota macista, como pude ser tão cega? Ok, não serei tão dura comigo mesma, ele se mostrava um completo cavalheiro, se nem Zélia que conviveu com ele por anos não sabia quem dirá eu.

—Olha a boca, meu amor. – Fiz a melhor voz submissa que pude.

—Quando eu sair daqui você vai implorar para eu ter piedade!

—E quem te disse que você vai sair? E muito menos que EU vou implorar por algo?

Allaric se debate tentando se soltar em vão, eu me certifiquei de deixar um espelho atras de si e acorrenta-lo com algemas e correntes, nada de cortas elas são muito instáveis. Ric em sua era inocência apalpa suas mangas em busca da lâmina e agulha que tinha deixado ali, mas para seu azar eu o revistei milimetricamente.

—Você até que é uma vadiazinha esperta. – Diz sorrindo.

—Me sinto lisonjeada vindo de você mas sabe o que dizem "coisa boa de boca ruim, ruim também é"

A porta atrás de mim se abre e entram com Negrinni também acordado, ele levanta a cabeça e vejo vulnerabilidade e arrependimento em seu olhar, eu sinto um pouco de piedade dele mas as memórias não me deixa sentir por muito.

Morra mas não quebre alguém inocente, se ele realmente fosse bom ele não teria aceito essa missão ridícula

—Olá principessa, fico feliz que esteja bem. – Ele sorrir sincero.

—Olá Negrinni e pode ter certeza que não foi graças a você.

—Ah principessa, você não sabe o quanto orei para que se livrasse das mãos dele- Aponta o queixo na direção de Allaric que olhava tudo abismado. – Eu quis tanto te salvar desde o primeiro momento, desejei você, desejei que me quisesse tanto quanto eu te queria.

—Você me forçou! Você me fazia chupar a porra do seu pau toda noite, você me espancava toda maldita noite! – Por um instante eu me perdi, meus olhos lacrimejaram e eu quase chorei mas não hoje, não mais, eles não tem mais poder sobre mim.

—Eu só fiz o que me mandaram, não tive escolhas.

—Nunca te mandaram me estuprar, seu covarde de merda.

—Realmente essa parte não, mas eu te queria tanto que não pude me conter.

—Se você é tão bom e tão apaixonado como diz ser poderia ter feito mil escolhas diferentes mas decidiu seguir o plano e ainda me tocou, você não teve inocência em nada do que fez!

—Te peço perdão e aceito meu destino, entendo toda sua raiva.

—É óbvio que você entende, você não tem mais desculpas para manter a pose de bom.

Cansada de perder meu tempo vou até a mesa posta ao canto da sala e começo a preparar as injeções, irei aplicar adrenalina a cada vez que eles começarem a desmaiar, eles vão sentir tudo!

Peço para que subam as correntes até o teto deixando-os pendurados. Pego um cinto de couro, sinto a frieza do material em minhas mãos e um arrepio em minhas vértebras.

—O que pensa que vai fazer? – Allaric pergunta em ironia mas poso ver seus ombros tensos.

—Ah chefia, você não perde por esperar, acho melhor começar a rezar. – Negrinni rir e me olha e seu olhar vacila.

—Sinto dizer mas rezar não vai adiantar muito.

Passo o cinto sobre a pele dos dois e vejo eles se arrepiarem.

—Acho melhor você pensar antes de fazer o que está pensando.

—Eu pensei, pensei muito e não há nada que eu mudaria.

—Ashley!

— Não! – Primeira cintada em suas costas. —Meu nome não é Ashley!

—SUA PUTA! 

Outra cintada e meu sangue parece estar entrando em ebulição, e então eu não paro, meu braço se move sozinho, meus olhos desfocaram do resto do mundo e dissolvo toda minha raiva naquele momento.

A pele de Allaric já esta sangrando, assim como eu fiquei à dois anos atrás , seus gritos são estridentes e ele me xinga de nomes que jamais imaginei. Tão fraco, eu aguentei muito mais calada!

Quando seus gritos vão perdendo a força e ele não xinga tanto percebo que ele vai desmaiar, não! Sem chances! Pego a adrenalina e injeto levemente, sem muita dose para ele ficar anestesiado mas nem tão pouca para que ele possa ficar acordado. Volto para a mesa e pego um alicante.

Paro na sua frente com a ferramenta e seu estado é caótico, rosto banhado em lagrimas, suor escorrendo por seu corpo e o sangue de suas costa se esvai junto.

—Ashley... – Falar parece ser difícil para ele. —O que aconteceu com você?

—Você! Você aconteceu na minha vida! 

Olho para sua mão e ele usava a aliança, encaixo o alicate em sua falange e em uma única puxada o sangue jorra em meu rosto, por sorte ele não possui nenhuma IST.

—Você não merece ter uma aliança com meu nome mas sabe o que é o melhor? Você foi burro, você desconfiava de algo e mesmo assim casou comigo.

—Você me pertence! – Sua voz era fraca e baixa.

—Não, VOCÊ me pertence, sabe o por quê? Porquê eu te farei sofrer,te farei sangrar e chorar, te farei implorar e no final de tudo eu vou te matar e anda vou dominar a porra da sua ganguezinha de merda.

—Você não pode fazer isso.

—Posso sim, você me deu seu nome, eu sou sua herdeira pela lei da mafia.

—Sua cretina! 

—Me poupe de sua voz, não estou com muita paciência para isso. – Me viro para o Negrinni que permeneceu calado até então. —Meu caso agora é com você

—Olha, eu espero muito que sua raiva por mim seja apena um terço do que sente por ele.

—Não cansa de piadinhas? 

—Se está na merda ria dela, principessa.

Novamente pego o cinto e sussurro em seu ouvido.

—Você vai contar comigo e se falhar vai começar do zero. 

—Você é mesmo foda.

—Comece! 

Lhe dou a primeira cintada e ele conta, a segunda e entre gemidos sua voz tenta permanecer forte. Não vou me cansar disso tão cedo.

Assim na Terra como no Inferno-Meu MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora