Querido diabo

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Terminado meu café subi para que pudesse me arrumar rápido e acompanhar eles na praia, escolhi um biquíni preto básico com laterais finas para deixar uma marquinha mais bonita

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Terminado meu café subi para que pudesse me arrumar rápido e acompanhar eles na praia, escolhi um biquíni preto básico com laterais finas para deixar uma marquinha mais bonita.
Peguei uma saída de praia branca com borboletas azuis e um chinelinho branco também, meu cabelo deixei em um "rabo de cavalo" ao topo da cabeça.
Coloquei protetor solar, livro, água e um tecido para colocar na areia onde vou sentar.

Em menos de 10 minutos estava pronta, desci e os meninos já estavam reunidos na sala me esperando, Niev foi o primeiro a me ver e foi chamando a atenção dos outros com um assobio.

Ulala, tenemos una chica muy caliente.(temos uma garota muito gostosa)

—Niev, menos – Giervan disse suspirando em desistência.

—Olha, não posso dizer que ele mentiu... – Josep disse fingindo tossir.

Sinto uma corrente elétrica queimar centímetro a centímetro do meu corpo e instintivamente direciono meu olhar para a esquerda, onde vinha a sensação. Surpreendentemente encontro Louis me olhando, o mesmo não disse nada desde que cheguei.
Louis estava sem camisa, uma corrente de ouro reluzia sobre sua pele, ele vestia uma bermuda sarja bege e chinelos pretos, seu cabelo propositadamente despenteado.
Meu olhar analisa cada parte de seu corpo, desde seus olhos semiserrados me olhando de baixo, suas narinas dilatadas, seus lábios suavemente abertos compensando sua respiração levemente acelerada. Desço meus olhos pelo seu pescoço onde, pela primeira vez, noto uma tatuagem de aranha em sua clavícula, seus ombros tencionados apoiados no topo do sofá onde estava sentado, seu abdômen flexionando com o movimento evidenciando cada músculo trabalhado que ele possuía, seu quadril levemente jogado para frente onde ele deu uma inclinada quando meus olhos o tocaram, e suas pernas afastadas.

Meu núcleo queima e pressionou minhas coxas em busca de alívio, se ele não fosse tão babaca...

Louis parece perceber minha luta já que seu lábio eleva minimamente para cima no lado direito e seus olhos passam da minha coxa apertada, para meus seios até os meus olhos onde ele eleva uma sobrancelha parecendo ironizar minha situação.

Ódio fervilha dentro de mim e toma lugar à antiga luxúria que me cobria, Louis tem o prazer de me lembrar a todo momento que eu o odeio.

—Enfim, vamos? –Frensh diz me tirando da bolha em que eu estava.

—Vamos – Disse ignorando completamente o estrume ao meu lado.

Saímos da mansão e fomos em direção a garagem, a praia ficava 30 minutos de carro, porém sinto um frio percorrer minha espinha quando só vejo um carro na garagem. Isso vai dar merda!

—É, então galera... – Giervan começa a dizer. —Só um carro está disponível hoje, os outros foram levados para fazer a vistoria semanal e caso não tenham notado estamos em seis pessoas.

Olho ao meu redor para contar um por um na esperança de Louis ter indo embora e ficado apenas cinco de nós, mas infelizmente não.
Giervan, Frensh, Josep, Niev, Louis e eu.

Droga!

—Tá, o que faremos? – Faço a pergunta de milhão.

—Alguém vai no colo de alguém.

—Comigo morreu! – Grita Josep antes que eu pudesse raciocinar

—Comigo morreu! – A voz de Niev aparece quase no mesmo momento.

—Comigo morreu! – Fala o Frensh logo atrás

—E eu vou dirigir. – Giervan solta simplista.

—Não! Nem fodendo! – Começo a dizer, não tem a mínima condição de eu ir no colo daquele diabo, ainda mais vestida assim.

—Você não tem escolhas, querida – Frensh disse mandando um beijo ao entrar no carro.

—Sempre tem escolhas, você pode ir andando até lá. –Uma voz grossa tilintou ao fundo fazendo os pelos da minha nuca se arrepiar, fazia tanto tempo que não ouvia a voz desse diabo que já tinha me esquecido de como soava.

Louis entrou no carro sorrindo declarando uma batalha silenciosa que eu me recusava a perder.

—Novidades, querido diabo, eu não te darei esse gostinho. –Depois que todos entraram no carro, engolir meu orgulho e sentei no colo de Louis. Virei meu pescoço para olhar para trás e sussurrei. — Cuidado, não deixe seus hormônios adolescentes aflorar.

—Fique tranquila, meus hormônios ficam em plena paz quando se trata de você. – Ele disse entre dentes.

—Mil perdões, é que você é tão insuportável que achei que ainda estava lutando com os hormônios da adolescência.

—Que adorável, ela se preocupa com minha saúde hormonal.

—Claro que sim, querido.

Nossa pequena discussão foi interrompida pelo rádio sendo ligado, o som de click's de câmera é ouvido e uma onda de adrenalina alcança meu corpo aí reconhecer Animals da banda Marron Five.

Baby, I'm preying on you tonight.
(Baby, eu estou atacando você esta noite)

Meu corpo sente a necessidade de dançar mas alcanço minha maior força para me manter parada diante do colo de Louis, porém pequenos silvios saem de minha garganta acompanhando a letra da música.

Hunt you down eat you alive
(Caçá-lo comê-lo vivo)

Meus ombros tomam vida e iniciam um balanço quase imperceptível.

Just like animals
(Como animais)

[...]Baby I'm
(Bebê eu sou)

So what you trying to do to me
(Então o que você está tentando fazer comigo)

Sinto cada molécula de força se esvair a cada batida da música, agora meus pés batucam o chão em acompanhamento.

It's like we can't stop, we're enemies
(É como se não pudéssemos parar, somos inimigos)

Desisto de me segurar e danço junto ao ritmo, minha cabeça balançando , meus pés batucando e meu quadril em sincronia com o som.

But we get along when I'm inside you, eh
(Mas nós nos damos bem quando estou dentro de você, eh)

You're like a drug that's killing me
(Você é como uma droga que está me matando)

Estou vidrada nas sensações da música que me esqueço de onde estou, mas um leve coçar de garganta do Louis me trás de volta para a realidade.
Diminuo gradativamente meus movimentos e murmúrio um pedido de desculpas e recebo como resposta apenas um aceno de cabeça.

Me conformo apenas a batucar meus pés e sussurrar a letra da música.

Maldita vibe! Maldito diabo!

Assim na Terra como no Inferno-Meu MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora