Chance

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Ao menos tinha notado que minha respiração estava presa até a tontura me pegar, o que esse cara falou?

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Ao menos tinha notado que minha respiração estava presa até a tontura me pegar, o que esse cara falou?

—Impossível, eu conheço meu pai e ele mora realmente na Europa mas definitivamente não é você.

—Por favor, sente-se e eu irei te contar sua história.

Atordoada me sento e os meninos vão para a mesa ao lado me dando espaço com o meu suposto pai.

—Não me enrole, diga logo toda essa merda.

—Você tem um belo linguajar, mas então... Como disse eu sou o Don da máfia britânica, e quando sua mãe engravidou eu estava em pé de guerra com outra máfia e sua vida seria um alvo para meus inimigos, então sua mãe se isolou e ninguém sabia dr sua gravidez, quando você nasceu te entregamos para nossa doméstica que trabalhava na casa à anos.
Ela te adotou mas prometemos que ajudariam financeiramente e que eu sempre estaria por perto, eu estive por perto até mesmo quando o Allaric deu aval para seu sequestro e me doeu muito não poder te ajudar pois você ainda não estava preparada.

—Você se diz meu pai e me deixou ser violentada?

—Please, do not say that. I feel bad just listening (Por favor, não diga isso. Me sinto mal só de ouvir)

—Pode apostar que me sinto ainda pior.

—Continuando, eu vi tudo inclusive sua evolução e aguardei arduamente para que estivesse pronta para seu destino.

—E quem destino seria esse?

—Tomar seu lugar de herdeira na máfia britânica.

—Você só pode estar brincando comigo.

—Não, não estou. Você tem um irmão mais velho porém ele não é herdeiro já que minha família tem a tradição da menina ser a principal herdeira.

—Valeu, eu passo.

—Por favor, pense com cuidado. Sei que você já tem as mãos na espanhola, eu fiquei tremendamente orgulhoso do seu plano e em como conseguiu fazer tudo sozinha.

—Eu tive que fazer.

—E eu entendo, além de te revelar a verdade eu vim para que possamos nos conhecer de verdade. Eu, você, seu irmão e sua mãe biológica. E fique tranquila, eu avisei seus pais de que eu iria vim e eles me autorizaram.

—Meus pais sabem que você está aqui?

—Sim, eu nunca viria sem a autorização deles, eles que te educaram e te fizeram a mulher que é hoje. Eu nunca poderia agradecer pelo o que fizeram, eles te fizeram viver, coisa que eu não poderia.

—Você tem como provar o que está falando? De que é meu pai? –De algum jeito eu estava começando a acreditar nesse cara.

—Você tem uma marca de nascimento na sua bunda, tem o formato de uma lua. E sua mãe te chama de pequeno lírio, foi um apelido que te demos por nascer na época de floração do lírio e por ser a flor que você sempre amou desde bebê.

—Ou você realmente é meu pai ou você é um stalker maníaco que vai me matar a qualquer momento.

—Qual é? Olhe para mim, sou bonito demais para ser maníaco

—Você te dar uma chance, se você estiver mentindo eu juro que te farei pagar por isso. E você sabe que eu posso.

Depois de mais um tempo de conversa marcamos um jantar com minha suposta família.
Avisei os meninos e eles disseram que iriam também, não julgo eles ficarem tão desconfiados.

***

Eu estou nervosa, minhas mãos estão suando e eu as limpo pela vigésima vez na barra do vestido.

—Se não estiver pronta podemos ir embora. –Giervan toca meu ombro me dando suporte.

—Não, eu tenho que entender isso.

Não vou dizer que não liguei para meus pais surtando e eles apenas me disseram para ir ao tal jantar o que me deixou ainda mais nervosa.
Tomo coragem e entro no salão, a recepcionista não me dar opção de desistir no segundo em que piso já que ela vem me atender rápido demais.

—Reserva em nome Moretti.

—Aqui, por favor. –Acompanho a recepcionista e meu corpo congela quando vejo as pessoas na mesa.

Tem uma mulher idêntica à mim... Como eu nunca percebi a falta de semelhança com meus pais? E esse garoto, eu conheço esse garoto de algum lugar.

—Zaya, vocé está linda. Por favor, junte-se a nós. – A mulher tem uma voz doce e meu coração acelera.

Me sento a mesa, ao lado do tal garoto e ainda tento me recordar de onde o conheço.

—Você me conhece da faculdade, eu me matriculei lá quando você começou a cursar. –Ele diz como se reconhecendo a expressão de confusão em meu rosto.

—Você se matriculou em uma faculdade para me vigiar?

—Exatamente.

—Qual curso você fez?

—Astrologia.

—Não tinha nada mais fácil? Já que você não foi exatamente para estudar? Astrologia é tão complexo.

—Mas eu amo os atros, além do mais não é porque não é meu foco principal que também não pode ser um foco.

—Entendi...

—Então Zaya... — Leo começa mas eu interrompo.

—Por favor, me chame de Ashley.

—Perdão, Ashley, você já deve conhecer seu irmão Matheo, e essa é sua mãe Alissa.

A mulher me olha com um brilho diferente e suas mãos não param quietas, ela parece estar nervosa.

—Olá, isso é muito estranho.

—Eu entendo, eu posso... –Alissa começa mas se segura.

—Você pode me abraçar. – Sorrio junto da mulher, porque de alguma forma eu também queria esse abraço.

Ela se levanta e me abraça, seus braços me prendem querendo que eu não fosse mais embora e eu me permito ficar o quanto ela quiser que eu fique.

—Você vai matá-la sufocada, mãe. – Matheo diz rindo e Leo o acompanha na risada.

—Perdão, eu esperei tanto por esse dia.

—Bom, acho que o momento chegou. – Digo sem graça.

—Eu vou te contar tudo, como você nasceu, todas as histórias bizarras do seu irmão, meu casamento com seu pai. Até o fim do jantar você vai sentir como se nunca tivesse tido que ir embora.

Algo nessa mulher me fazia sentir em paz, quando ela falava eu queria escutar sempre.

—Eu vou adorar ouvir cada uma delas.

E o clima do jantar foi melhor do que eu imaginava e eu realmente sair dali me sentindo parte deles.

Nota da autora:

Capítulo de rápida leitura só para entenderem um pouco da vida da Ashley, ou Zaya...
Imaginavam isso? Aceitariam essa revelação?

Assim na Terra como no Inferno-Meu MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora