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- Meus pais .. Onde eles estão?

- Eles foram designados para a onde usarão suas especialidades.

- Eu quero vê-los!

O rei suspirou, não podia fazer nada contra isso porque havia dado sua palavra de rei para as exigências da terráquea, então ficar ouvindo seus pedidos para ver seus pais constantemente era uma coisa que deveria se acostumar porque pelo visto, ela iria querer uma prova cada vez que fazia algo por eles. É inteligente da parte dela e simultaneamente irritante e os saiyajins não eram conhecidos por sua paciência.

O rei saiu do quarto e esperou que a menina o seguisse, ela demorou um pouco para se levantar da cama e conseguir manter um ritmo constante na caminhada. Primeiramente a levaria para o pai que trabalhava no bloco científico de exploração galáctica, seus conhecimentos provaram ser útil e aprendia rápido então foi um bom investimento colocá-lo naquele bloco.

Diferente da sua esposa que só tinha o dom para cozinhar doces e o povo saiyan não gostava muito de coisas doces, mas ainda cozinhava. Então a colocou no bloco de alimentos, todos os dias os saiyans guerreiros se juntavam na praça central do castelo para comer e beber juntos, um costume antigo que nunca perdia a graça, sempre havia brigas e disputa que animava os saiyans.

A mulher se provou ser útil cozinhando com rapidez e criando novos pratos, os terráqueos eram bons escravos deduziu depois de um tempo que não foi uma perca de tempo.

Bulma encontrou seu pai em baixo de um dos computadores e percebeu que estava concertando a máquina, seu peito se alegrou ao vê-lo vivo e não sendo maltratado. O alivio a deixou bamba.

- Papai?

O velho saiu e olhou para a filha, no mesmo instante seus olhos se encheram de água e correu para abraça-la, que a mesma retribuiu com o mesmo entusiasmo e sentimento que o pai. Ele estava bem! Isso que importa.

- Bulma minha filha, você está bem? - A voz alegremente trêmula do seu pai a fez sorrir.

- Estou papai, e você? Você está bem? - A garota secava as lágrimas do pai enquanto as suas escorriam.

- Estou bem, eles não fizeram nada conosco.

- E a mamãe? Onde ela está? Ela está bem?

- Sim querida, ela está, está na cozinha, acharam melhor colocá-la onde seus dotes culinários fossem bem aproveitados.

- Eles não fizeram nada com você, fizeram?

- Não querida, eu já lhe disse, estou bem e meus companheiros são até amigáveis comigo.

- Papai... eu

- Humana.

O rei a adverte. Alguma coisa dentro dele disse para impedir ou a humana estragaria seus planos. Pai e filho, um laço que nenhum tipo de estudo poderia dizer o que é e o que sentem exatamente, relações familiares, sentimentos, coisas que nada nem ninguém poderia explicar apenas sentir e justamente por esse sentimento que sabia que ela contaria para o pai que estava carregando a prole da realeza.

Já que a garota pôde ver o pai, agora iria fazer seu trabalho sem reclamar. Depois de repreende-la a levou para o fora do laboratório, o caminho fora silencioso e o rei podia ver os olhares que ela dava para o castelo, para as paredes, persianas e entalhos. Então alongou o caminho, mostrando a ela o caminho para o salão real, onde parou e bebeu algum tipo de líquido que Bulma não soube dizer o que era só que possuía um cheiro extremamente forte.

Continuou a excursão sem dizer que era excursão mostrando a biblioteca, sala de treino real, sala de lazer, jantar, reuniões, cada cômodo era enorme e havia duas cópias de cada um em cada lado do castelo, o último lugar que o rei apresentou foi um corredor com duas bifurcações.

- Guarde isso na memória, a esquerda está os seus aposentos e sua área de trabalho, em nenhuma hipótese entre no corredor direito.

- Porque? - Bulma ficou atiçada.

- Irá fazer isso se não estiver com vontade de morrer. - O rei deu de ombros.

Aqueles saiyans conseguiam ser ameaçadores com coisas atoa, não é? Bulma foi até o laboratório acompanhada pelo rei que, tirando a ameaça anterior, não disse uma palavra. O rei era cortês o suficiente para abrir a porta e entrar primeiro, por um segundo ela achou que ele a esperaria, mas seria demais esperar costumes humanos de seres que são fisicamente parecidos com humanos sem qualquer emoção humana.

Deveria parar de esperar coisas assim, mas passou toda sua vida sendo uma terráquea, demoraria um tempo para se tornar uma escrava. Se sentou na cadeira e logo seu primeiro protótipo veio cumprimentá-la. O rei ficou curioso, mas não perguntou nada, apenas pegou um relatório e jogou na mesa.

- O que é isso? - Bulma perguntou analisando os papéis.

- Um relatório.

- Eu percebi que é um relatório, mas sobre o que é?

Que garota insolente! O rei suspirou com impaciência, em alguns aspectos aquela mulher é igual ao seu filho. Estreitou os olhos para garota, é claro que ela não sabia ler a língua saiyan então teria que explicar para ela, limpou a garganta e iria começar a explicar quando viu que a mulher e a criação de quatro patas estavam lendo o relatório, tudo bem que ela estava usando um scooter, mas ainda assim estava lendo! O rei não conseguiu evitar que uma sugestão de sorriso orgulhoso no rosto.

- O que é Kaal?

- O que? - O rei ficou tão perplexo que por um segundo se esqueceu que era rei. - Ah sim, certo. É um minério resistente que o imperador encontrou pelo universo.

Bulma notou o desgosto na palavra, mas não comentou. - Certo, e o que exatamente quer que eu faça? Porque ainda não explicou realmente o que quer.

- Você é bem esperta para uma terráquea.

Foi um comentário bem... Gentil da parte dele, Bulma pensou.

- Eu sei.

- O imperador consegue deter a maioria dos saiyajins usando prendedores nos pulsos, prendedores que bloqueiam nosso fluxo de energia, nos deixando praticamente indefesos nessa parte. 

- Você quer que eu crie algo para desfazer esse efeito.

- Sim e que melhore nossos equipamentos.

- Essa parte eu entendi. - Suspirou, o rei a achava besta ou o que? Ela já entendeu o que ele queria, ficar repetindo não vai fazer acontecer mais rápido. - Mas eu preciso ver as algemas e como elas funcionam.

Talvez... essa fosse sua chance.

- Tudo bem, meu filho lhe mostrará.

Bulma estreitou os olhos, o filho já havia mostrado seu descontentamento com sua presença, então o que estava querendo? O rei não colocaria um filho na barriga dela porque só quer um neto, havia mulheres saiyan para isso, Nyxxy era um bom exemplo disso ou só porque queria que o filho fosse inteligente, também havia mulheres saiyan para isso.

Ele queria algo mais, algo que somente ela poderia dar, o que era? Mesmo que fossem os genes combinando como a guerreira havia explicado antes, não era o suficiente para tal desespero. Antes que o rei pudesse sair ela o enfrentou. Então o que o rei realmente quer? Talvez seja algo que apenas os terráqueos podem dar a eles? Mas, o que?

Bulma começou a pensar que a criação das armaduras e armas fosse apenas um pretexto para seu verdadeiro objetivo. Ele foi sincero com ela em quase tudo, então porque esconder seu verdadeiro objetivo? Porque fazer disso um sigilo? Talvez o objetivo não seja algo para os saiyajins em si, seria para outro propósito? Para qual? Perguntas e mais perguntas, Bulma já estava ficando com dor de cabeça em pensar nelas.

- Porque?

Nem fez questão de olhá-la, apenas parou e esperou pela próxima pergunta.

- Porque eu?  

E se?Onde histórias criam vida. Descubra agora