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Vegeta ficou calado e isso enfureceu a criatura a fazendo dar um tapa no rosto da garota e o garoto não deixou sua energia quieta, mas ele estava controlando, se perdesse o controle com elas dentro do quarto, com certeza morreriam. Pensar na terráquea morta o fez sentir um aperto reconhecido no peito, ele só havia sentido uma vez e já fazia muito tempo que ele não pensava sobre isso ou sobre a pessoa em questão, particularmente ele odiava lembrar. Odiava lembrar que o nascimento do seu irmão causou a morte da rainha dos saiyajins. E Vegeta não deixaria sua falta de controle matar sua humana e seu filhote!

- O que você quer?

Ele repetiu a pergunta praticamente rosnando como uma fera enjaulada. A criatura se divertiu.

- O que eu quero? - Ela dedilha o pescoço de Bulma. - Eu quero o que toda mulher quer... O poder.

Vegeta cerrou os olhos. Ela queria ser a princesa dos saiyajins. Ele bufou com desgosto, ela é uma escrava e nenhuma escrava ousou sonhar tão alto, Vegeta vai matá-la por tamanha insolência. 

- Isso é ridículo.

- Ridículo? - Ela se enfureceu. - Ridículo?! Você sabe o que é ridículo? É ridículo sua própria raça se virar contra você e te entregar para os bárbaros que invadiram seu planeta! Bárbaros nojentos e desgraçados que tomam tudo o que vê pela frente! Porcos imundos! 

Vegeta continuou imóvel, sua cabeça estava planejando rotas de ataque sem que Bulma saísse machucada e não estava tendo sucesso. Qualquer coisa que fizesse mataria a mulher, se ele escolhesse o primogênito, ele não viveria até chegar em uma cápsula de nascimento. Merda! Ele baixou a guarda e se enfiou em um buraco que não há como sair!

- É sua raça te chamar de FRACA E DE INÚTIL e te jogar para as feras que você ABOMINA. - Ela gritou e se afastou de Bulma dando um passo em direção a ele que ficou em alerta para as suas próximas ações. - E agora, EU vou provar a ELES que eu não sou FRACA! Eu sou FORTE! Eu sou aquela que nasceu das cinzas, eu sou aquela que viveu no tormento e se levantou mais forte e mais poderosa! Eu era uma pessoa comum, mas agora eu vou ser aquela que comanda a raça mais poderosa de todas! - Ela faz com que Bulma pressione a faca ainda mais. - E se você quiser que a humana viva terá que fazer exatamente o que eu disser!

Seus olhos se focaram na cena que estava acontecendo e como se estivesse acordado de um sonho a qual estava no paraíso e fosse direto para o inferno, sua determinação veio com toda a força que tinha. Bulma sentia um calor emanar do seu útero e correr para o restante do seu corpo.

- Você acha... que você sofreu? - Sua voz estava rouca e suas mãos estavam trêmulas.

Vegeta percebe que essa não é sua luta então recua e procura algo para amarrar a criatura, quando acha, vai em sua direção lentamente. Aquela é a luta da terráquea e apenas ela decidiria o que fazer e caso pedisse a sua ajuda, ele pensaria sobre o assunto. Mas a ajudaria, não podia negar esse fato. 

- Você acha... que seu povo... te fez sofrer?

- O que? Como você?! Meu controle mental é perfeito!

- Perfeito... minha bunda...!

Seu corpo estava lutando contra inúmeras barreiras que estava superando com uma força desconhecida, uma força que ainda não descobriu o mundo e que estava apenas esperando o momento certo para aparecer.

- Eu fui... tirada de casa... do meu lar... eu vi meu povo morrer... e não pude fazer nada...!

- Não é possível! A minha marca-

Bulma consegue jogar a faca para longe e ambas perdem a força no joelho e caem, Bulma se levanta com uma imensa dificuldade. Mesmo fraca ela não vai permitir que uma desgraçada a derrube! Mesmo fraca, ninguém além dela mesma pode controlar suas decisões!

- Eu sou Bulma Briefs... Eu sou... a herdeira da corporação cápsula... eu carrego o filho do príncipe dos saiyajins... e eu... não vou deixar... que você arruíne... minha vida!

- Bulma. - Vegeta a repreende.

A garota fica imóvel por algum tempo e percebe o que ele quis dizer, o que quer que ela faça, terá que fazer em público. Ela caminha até a empregada e a estapeia enquanto Vegeta a algema.

- Você terá o que merece...

Vegeta sorri orgulhoso e levanta voo pela janela levando a prisioneira com ele, Bulma, por sua vez respira fundo e volta para o cavalo, o monta com dificuldade e demora alguns momentos para chegar ao pátio da onde havia saído, ao chegar percebe que a tenente a estava esperando e a guiou para o quarto onde um pote de tinha a esperava.

Vegeta, ao chegar notou que o festival ainda não tinha sido terminado e agradeceu por isso, foi até seu pai que o encarou e viu a empregada, deu um sinal para que toda a comemoração parasse e ordenou para que a execução fosse preparada. Rapidamente a festa se transformou em uma arena para a execução possuindo uma estrutura central onde a criatura ficaria pendurada e seu estômago estaria exposto para que fosse aberto, Vegeta nem precisava explicar para o pai a situação, ele apenas veria o julgamento acontecer.

O príncipe deixou a empregada aos cuidados dos guardas e foi para seu quarto onde Kakarotto o esperava com um pote de tinta vermelha, Vegeta se despiu e colocou uma calça vermelha com detalhes em branco e um colete aberto no peito, seu companheiro tocou na tinta e usou os dedos para arrastar em baixo dos olhos fazendo uma marca que significava a observação para com os seus, marcas que saíam dos ombros e que circulavam os pulsos cujo significado era simples, a dominação pela força e uma última marca rodeando o coração significando o comprometimento para com seus deveres.

Ele foi para o seu lugar a esquerda de seu pai que estava se deliciando com um vinho, tudo estava mudado, da comemoração do festival foi para uma execução de um traidor, seu povo estava excitado pela execução e o êxtase era palpável. Kakarotto não tardou a chegar e ficou em pé a direita do príncipe e a tenente ficou à direita do rei. Quando todos estavam prontos o rei se levantou e anunciou.

Bulma estava no quarto com Nyx que ajeitou suas roupas e seus cabelos antes de pegar a tinta e começar a marcar seu corpo.

- O que está fazendo?

- Você vai saber em breve, agora fique quieta. - Nyx grunhiu.

Nyx colocou dois dedos na tinta e os depositou na testa da garota que simbolizava a inteligência e estratégia, marcou em cima do coração para simbolizar a proteção para com os seus e em cima e em baixo do umbigo para simbolizar a fertilidade e longevidade. Elas caminham para o corredor onde Nyx diz para que ela espere que seja chamada e então sai sendo acompanhada por Kakarotto. Ouvindo a voz do rei ela saiu. 

E se?Onde histórias criam vida. Descubra agora