3.2

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Abriu o tônico e separou levemente os lábios da garota, seus dedos tocaram a carne e se intrigou, era macio demais, seus dedos começaram a explorar o interior da boca úmida e macia com uma estrutura era curiosa, sua arcada dentária era semelhante a dele só que o diferencial eram os dentes retos e não pontiagudos, estava explorando e sentindo a saliva quente tocar seus dedos e ele não se tocou que estava completamente hipnotizado pelo interior quente, se repreendeu e despejou o líquido esverdeado e rapidamente tampou seu nariz, uma maneira fácil de engolir sem querer vomitar. A garota engoliu e como havia previsto quase regurgitou o remédio, a lateral de seus lábios ergueu levemente, seus atos era previsível demais.

- Ei, terráquea. - Sua voz firme acordou a garota do quase sono.

- O que você quer seu alien real? - Sua voz estava embebida de sono e havia um resquício de dor no tom estendido.

- O que? - A veia da testa saltou, ela podia ser irritante até mesmo doente? - Se levante.

- Não.

- O que?

- Na-na-ni-na-não. - O sorriso frouxo da doente mexeu com seus sentimentos raiva, desgosto, decepção, incredulidade, estranheza, confusão.

- Eu não estou pedindo.

Vegeta se levantou e abriu o ralo, estava conturbado, se deixasse a banheira cheia era bem capaz da criatura se afogar sozinha. Foi para seu quarto e pegou o conjunto de roupas casuais femininas e levou até o banheiro onde a garota se encontrava encostada na beira da banheira, ela dedilhava os entalhos na cerâmica branca, essa cena o lembrava muito de uma criança descobrindo coisas novas e descobrindo seu tato pela primeira vez. Se irritou, nenhum adulto em sã consciência agiria assim.

- Coloque. - Jogou as roupas na bancada e pegou uma toalha também a jogou e logo depois saiu.

A garota observou o alien sair e fechar a porta que subia do chão e dava a ela privacidade para se trocar, ele era diferente quando estava calmo, educado ela diria. Seu corpo estava pesado, muito pesado e mal se aguentava de pé, mas suas roupas molhadas a deixaria muito mais doente do que já estava, resmungando, usou todas as suas forças para se secar e colocar o macacão que possuía um zíper atrás, por mais que tentasse puxar para cima, o zíper, naquele momento e somente naquele momento, ganhou dela. Teria que pedir ajuda e odiou isso, droga, não acreditava que estava pedindo isso, porque ela foi ajudar aquele garoto? Que coisa! Ela não consegue ficar parada ou ver alguém sofrendo injustiça. Ah que coisa! Porque seus pais a criaram para ser bondosa? Olha o resultado disso agora! Ela está doente com dores no corpo e febre alta, alta ao ponto de seu próprio corpo quase se matar para tentar se curar. Legal, legal, magnífico corpo! Bulma estava extremamente irritada consigo e por ter que pedir ajuda para o alien.

Tocou na porta que se abaixou e ela pode ver por poucos segundos as costas do seu sequestrador enquanto estava colocando uma vestimenta superior, não havia um lugar que não existisse uma cicatriz, talvez... era por isso que ele era irritado desse jeito? Talvez sua história quando criança fora terrível a ponto de mudar sua opinião sobre o mundo e outros seres vivos? Se pegou pensando na sua história, o que aconteceu com ele?

- Ei alien.

- Ninguém te ensinou respeito fêmea? - Vegeta perguntou irritado.

Revirou os olhos, sua cabeça estava doendo e o que ela precisa agora é fechar a roupa, deitar e só acordar daqui a três dias.

- Eu não consigo fechar.

Vegeta demorou um pouco para compreender sobre o que ela estava falando. Claro que ela não conseguiria se vestir sozinha, mal se aguentava em pé, quem dirá vestir uma roupa. Ela se virou e esperou que ele subisse seu zíper.

Vegeta por sua vez, observou as costas brancas e sem marcas, se pegou admirando e se perguntando como aquela humana não tinha marcas, como poderia ser um ser inocente e ignorante com tudo o que está ao seu redor? Ela deveria ter marcas, marcas que ele mesmo irá fazer. Vegeta se repreendeu por pensar em deixar suas marcas na palidez de sua pele.

Vegeta hesitou antes de seus dedos roçarem a pele da humana, explorou a pele pálida e quente e ouviu o quase inaudível gemido que saiu dela. Vegeta ignorou e continuou a deslizar os dedos na pele, ele havia gostado de tocar em algo macio e quente. Diferente das concubinas que já tocou, Bulma é um ser inocente e puro, diferente dele, um ser criado para matar. Hesitou por alguns segundos antes de descer para o zíper e fechar, Vegeta teve a certeza de que Bulma é um ser puro... Puramente chato!

Como a terráquea não consegue subir um zíper por conta própria? Mesmo estando fraca, é praticamente impossível não conseguir se vestir sozinho! Se ela não consegue se vestir sozinha e ter o mínimo de independência, ela não sobreviveria no seu mundo e ele não estava pensando no planeta em si. Bulma fraquejou e Vegeta a apoiou com a mão e não a deixou cair. O príncipe se pegou em uma situação impensável, o que seu pai havia feito é realmente responsável por suas ações? Se não fosse pela sua prole, ele a deixaria cair? Não foi obrigado a fazer isso, ele apenas... Não quis deixa-la cair. Seu pai o estava confundindo ao ponto de não saber se suas ações são realmente dele!

- Vegeta. - Seu pai anuncia seu chegado abrindo a porta e viu seu filho se afastar bruscamente da garota doente.

- Pai. - Pigarreou distante.

Bulma não se importou com a presença deles, se deitou na cama que estava antes e se deliciou com a maciez do colchão e travesseiro e coberta, mesmo sendo uma colcha pesada não sentia calor aí ponto de querer dormir sem nada como fazia na sua casa. No instante que sua cabeça tocou o travesseiro seus olhos pesaram e foi difícil mantê-los abertos, os fechou e se entregou ao sono, é o mais confortável a se fazer e Bulma dormiu relativamente rápido.

A realeza estava sentada na mesa de trabalho, de jantar e lazer do príncipe e se deliciaram com um jantar farto enquanto se embebedam com um líquido comum com baixo teor alcoólico. Particularmente o príncipe gostava da bebida porque trazia um gosto amargo no fim da garganta e o fazia lembrar da sua desgraça de escravidão, simultaneamente odiava a sensação.

O jantar estava quieto, mas sabia que seu pai não se juntou a ele para saborear uma refeição decente. Seu pai não era esse tipo de Saiyan e pai, o que ele particularmente agradecia, não gostava que ficassem no seu pé e o príncipe herdou essa característica do pai. O príncipe havia se acostumado com o silêncio do castelo e desde que a humana veio para seu castelo, o silêncio foi expulso e de certa forma.... Não desgostava.

- Vegeta.

A voz de seu pai estava séria e reconheceu esse tom, provavelmente o assunto seria sobre Freeza.

- O que? - Ele é o único que podia usar esse tom com o rei, outro estaria morto.

- Freeza quer que vá na exploração e recuperação dos minérios.

- Porque?

- Eu não sei, ele pediu especificamente a sua presença.

- Porque você não?

- Ele me deu outra missão, ir no planeta Aikos.

- Aquele planeta feito de energia? Porque? O que ele quer com o planeta?

- Não acho que seja o planeta, mas sua fonte de energia. Os habitantes do planeta são formas eletrizadas e sem racionalidade compreensiva.

- Ele quer energia e o metal mais resistente, o que ele está planejando?

O garoto deixou de lado os talheres e refletiu, sem que percebesse seu olhar recaiu sobre aquela que dormia em seus aposentos, o movimento continuo do corpo indicou que ela já estava desmaiada de sono. Vegeta gostava de assistir o ser mais fraco do universo repousar, poderia passar horas vendo-a dormir.

- Não sei.

Ficaram em silêncio e perderam a fome em seguida, e naquela altura o banquete estava praticamente terminado. O rei notou o olhar de curiosidade que seu filho dava para a doente escondida em suas cobertas. Suspirou, era exatamente o mesmo olhar que ele dava para a sua companheira, antes da sua morte.

Será que Vegeta a amaria com o tempo? Será que existia uma chance verdadeira de se libertarem e não ser apenas um sonho maravilhoso? O rei se preocupava mais com essas questões do que com as invasões que seu povo fazia e exterminava as raças inferiores.

E se?Onde histórias criam vida. Descubra agora