2.8

118 12 0
                                    


Vegeta estava treinando intensivamente e incansavelmente quando ouviu o primeiro grito da criatura. Deixou de socar o ar para ir se preparar para assistir a luta que aconteceria, tomou um banho rápido, estava saindo de seu banheiro quando uma das escravas a qual ele mandava vir ao seu quarto, raramente a chamava já que ela tinha tendencias a ficar melosa depois do sexo, entrou para arrumar o que lhe fora pedido.

Vegeta apenas a ignorou e continuou seu caminho colocando o traje real, sentiu dedos cercarem seus ombros, de relance viu um sorriso travesso no rosto da criatura acinzentada com pequenas tatuagens pelo corpo o que ele conhecia por ser um rito de passagem para a raça dela, de criança para jovem, de jovem para adulta, de mãe para senhora. Tais passagens são marcadas com cortes, cicatrizes e infecções que se o indivíduo não fosse merecedor não sobreviveria ao rito.

Ele sabia o que a fêmea queria e honestamente, ela fora uma diversão de poucas horas e só não a matou pela habilidade de absorção aos calores extremos. Tirou as mãos da fêmea e continuou a se preparar, até o cheiro dela em sua pele começou o enojar. 

- Saia. - Ordenou. 

-Meu príncipe, tens a certeza de que me queres longe? Creio que serei melhor aqui, em sua companhia, te fazendo feliz. - Ela sussurra perto de seu ouvido. - Meu lorde, eu posso te fazer relaxar de maneiras que o senhor gosta. - As mãos da fêmea desceram até o cós de sua calça tomando cuidado para não encostar em sua cauda.

-Eu disse: Saia. - Ele rosna e a joga longe. - Da próxima vez que eu lhe der uma ordem, eu espero que obedeça. Ou seu destino será bem divertido. - Mostra uma esfera que energia que começou a rodeá-la e cortou seu rosto.

A mulher, se sentindo como um objeto saiu do quarto do príncipe, as lágrimas brotaram em seus olhos e ela jurou que iria fazer com que ele fosse dela, de um jeito ou de outro.

Vegeta estava se sentindo sujo e não sabia o porquê, não era do feitio dele negar uma presa fácil como ela e também conseguia dar o prazer temporário que precisava. Ele queimou suas roupas e tomou outro banho demorado se esforçando ao máximo para tirar o cheiro repugnante que invadia seu nariz, ele queria sentir outro cheiro, um específico que acompanhava cabelos azuis e um pavio curto.

Se repreendeu, ele é um príncipe aquela terráquea não significa nada para ele, mas ele admitiu sozinho e para seus pensamentos e os enterrou o mais profundo que podia. A terráquea ficava... apresentável nos trajes saiyan. 

O cheiro que ela emanou quando estava em sono profundo, o pulsar calmo de seu coração e a respiração compassada o atraíram de uma forma inexplicavelmente perturbadora. Como? Como aquela mulher que fora raptada de seu mundo, escravizada pelos seres mais poderosos do universo e ainda assim consegue dormir como se estivesse em um paraíso? Isso o chamou atenção de dois modos, ou ela é estúpida para não ter noção do perigo que está a sua frente ou tem coragem o suficiente para lidar com isso sem abaixar a cabeça.

Um leve esboço de sorriso apareceu em seus lábios, mas logo desapareceu, colocou um traje formal e se ajeitou rapidamente. Caminhou até a arena, onde se apoiou na sacada maior ao lado de seu pai, como eles eram a realeza, seus postos ficam mais alto do que os outros. 

Observou soldados chegarem e se acomodarem, vira os pais preocupados com seus filhos e ajustarem suas armaduras para que ficassem justas e não os atrapalhasse na hora de lutar. Ouviu seu pai dar um discurso sobre a nova geração que nascia, dando um novo olhar para o horizonte onde dias de liberdade iriam vir para o povo que estava escravizado, o príncipe os salvaria.

Vegeta se atentou aquela última frase "o príncipe os salvaria" seu pai não estava falando dele, não, estava falando de sua prole que estava sendo gerada dentro de uma terráquea. Se sentou ao lado de seu pai, sua clássica carranca estava aparente.

-O que é, Vegeta?

Seu pai já conhecia o temperamento do filho e já sabia o que o incomodava, mas não custava nada perguntar.

-Você.

- Seja mais específico garoto.

- O que diabos você pretende?

- Libertar nosso povo, eu já lhe disse.

- Libertar como? Você sabe de algo que eu não sei?

O silêncio de seu pai lhe deu a resposta que precisava, seu pai sabia de algo e não iria lhe dizer, sua raiva estava ficando incontrolável, seu pai o traiu e está escondendo informações importantes dele. Ele é seu general além de ser seu filho! O despeito que seu pai o estava fazendo passar é humilhante. Vegeta odeia ser humilhado.

- Existem coisas que você não irá compreender até ser rei.

- Eu sou um príncipe!

- É exatamente por isso. Você é arrogante, entra em batalhas sem necessidade, nosso reino estaria perdido se estivesse sob sua jurisdição.

- Você não sabe disso!

Vegeta rosna e um aroma singular invade suas narinas, ele olha em direção até a dona desse cheiro, ela realmente está apresentável nos trajes reais saiyan, o corpo esculpido mostrando a pouca musculatura e força, mostrando a todos que ela é pateticamente fraca e que não resistiria a um golpe. Isso o incomodou, alguém encostando nela que não fosse ele. Se repreendeu e franziu o cenho. Os eventos seguintes aconteceram rápidos demais.

A terráquea de cabelos azuis saiu em disparada para algum lugar, algo dentro dele ficou incomodado, por qual motivo ela estava correndo? Como ela saiu da barreira? Porque ela estava ajudando o menino? Ela sabe que está manchando a honra dele?

Vegeta viu o garoto nos braços da mulher e sentiu um aumento repentino em seu KI, o que aconteceu em seguida impressionou a todos. Um garoto fraco, sem potencial, matou matado mais de duzentos sugadores em menos de cinco minutos. As técnicas que ele usou são complicadas de se aprender já que exige muita manipulação de KI e concentração. Nem vegeta conseguia manter as esferas de KI funcionando perfeitamente, mas aquela criança, por algum motivo conseguiu fazer tudo isso em menos de um tempo mínimo, é claro que isso exigiria muito de um corpo de uma criança, principalmente naquele estado, se o veneno não o matar, o sangramento o mataria. 

Aquela humana... O que há com ela? Porque ela sempre, sempre se coloca em problemas quando ele não estava olhando? Antes mesmo que ele pudesse perceber, fora guiado pelo grito dela, pulverizou a criatura antes mesmo de piscar de olhos, o som que saiu de seus lábios o fez reagir imediatamente, ficou ao lado dela e fez desaparecer qualquer coisa que causou algum mal a ela.

Vegeta a olhou com raiva, como diabos aquela mulher conseguia atrair tanta confusão em menos de um ciclo? Ele a analisou rapidamente, ela não iria..? Um rosnado saiu de seus lábios, a puxou para seu colo, mas até mesmo desmaiada aquela mulher conseguia ser teimosa. Os braços fracos apertaram a criança de uma forma protetora e ele soube que não iria soltar tão cedo. Ele mostrou os dentes, a colocou no colo e ela se aninhou juntamente com a criança. Foi perceptível o desconforto do Príncipe quando ele disparou para a sala de cura geral. 

Sentia o KI da criança começar a desaparecer rápido demais, se apressou, aquela criança possui um poder oculto e Vegeta não iria perder um futuro soldado que lhe poderia ser útil em um futuro próximo. E aquela mulher? Ele não pode deixá-la morrer, seu pai precisava dela, além de tudo ela carrega o seu primogênito. Ele deveria ligar para isso, mas então porque não se sentia tão incomodado como deveria? Se fosse com outra pessoa ele se sentiria incomodado, então porque com aquela mulher, não se sentia assim? Ela poderia ser mais do que aparenta? Ela poderia ter algum tipo de poder mágico e o enfeitiçou? Se for, mesmo com seu primogênito, ele vai matar aquela criatura confusa.

E se?Onde histórias criam vida. Descubra agora