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As duas sentem uma pressão esmagadora em seus corpos que as pressionou contra o chão, Bulma foi a primeira a cair e sentir seu pulmão sendo esmagado e seu ar sendo drenado de forma cruel, já Chichi sofreu um pouco menos ficando de joelhos mas ainda a respiração era irregular e curta. Bulma sentia como se respirar fosse a coisa mais difícil do planeta, o que era irônico já que ela já não estava no seu planeta.

Chichi cedeu um pouco depois. Dois minutos de passaram, Kakarotto abriu a porta e se surpreendeu com as duas caídas ao chão e com dificuldade de respirar, desligou o sensor e viu que as fêmeas estavam acabadas, a morena de cabelos longos olhou para ele e por um segundo seu coração bateu mais forte. Balançou a cabeça e sorriu, para uma primeira vez elas até que foram bem.

- Então? Tudo bem?

- O que você acha, idiota? – Bulma late.

- Como se amassar nossos corpos fosse motivo para sorriso. – Chichi resmunga.

- Bem acreditem em mim ou não, mas essa é a gravidade do nosso planeta. Enfim, eu gostaria de explicar algumas coisas, a primeira, eu sou Kakarotto, filho do general Bardock e irmão mais novo do tenente Raditz e braço direito do Príncipe. – Ele sorri para as meninas esperando um comentário.

- Eu sou Chichi Cutelo. – A morena começa. – E essa é Bulma Briefs.

- Porque vocês invadiram nosso planeta? – Bulma perguntou sem rodeios.

- Vamos lá... Seu planeta tem um alto índice de fertilização e nós precisamos de alimento, então o seu planeta é o mais viável para plantio.

- E vocês simplesmente tomam ele? Não deveriam ser diplomáticos? – Bulma fica irritada. – Acham que tomar tudo o que querem é a solução? Que vai ser mais fácil?

- Bom, Bulma, os Saiyajins não criam, eles tomam. – O olhar de Kakarotto se torna sombrio. – E tomamos o que é melhor.

Bulma ainda não se acostumava com a facilidade que os saiyajins podem transitar pelo terreno sombrio e mórbido. Talvez eles sejam assim. Seres que caminham ao lado da morte e da desgraça e por isso que era tão fácil transitar nesse terreno.

- Então, se acostumem com essa gravidade. – Nyxxy comenta. – Vegeta-sei será o novo lar de vocês.

- Vegeta-sei nunca será meu lar. – Bulma a encara e resmunga.

- É o que veremos. – Nyxxy ativa o aparelho e vê as meninas caírem novamente. – Agora, vão ficar assim até conseguirem se levantar ou comer alguma coisa.

- Você só pode.... estar brincando! - Chichi resmunga irritada.

- Não estou. Eu tenho que explicar algumas coisas, Kakarotto tome o controle.

Kakarotto vai até o painel central e começa a manipular os comandos. Ele estava satisfeito com a determinação de Chichi, realmente ele havia feito bem em escolher a fêmea.

- Vocês estão acostumados com trezentos e sessenta e cinco dias ao ano, com vinte e quatro horas, dividindo doze horas cada turno. Certo? Bom, acontece que em Vegeta-sei os dias e momentos, ou como vocês chamam, horas, são contados de forma diferente: Um ano no mundo de Vegeta-sei é composto por duzentos dias e cada dia tem trinta e seis momentos, ou horas como diz, cada turno é dividido em dezoito horas cada, os períodos de turnos são chamados de tempo.

Nyx tomou fôlego e observou se as garotas tinham dúvidas com os momentos de Vegeta-sei, quando viu que não, continuou.

- Diferente da lua de seu planeta, Vegeta-sei possui as gêmeas de cores avermelhadas então não se assustem quando o céu parecer como um cenário de guerra. Ah e mais importante, as luas estão sempre cheias então não se assustem se virem alguns oozarus andando a noite.

- Oozaru? – Chichi pergunta tentando se colocar de joelhos.

- Nossa forma perfeita. Alguns de nós, como Kakarotto, o Príncipe Vegeta e eu atingimos uma forma mais que perfeita, nosso poder supremo.

Bulma estava praticamente vermelha de tanto fazer força mas logo ela cai ao chão retomando a estaca zero. Ela se frustrou, nunca conseguiria se ajudar aquele planeta.

- Então, o que vocês são?

- Somos Saiyajins. Temos a aparência de humanos mas não somos humanos, não confunda, não temos essa bobagem de sentimentos como os humanos. - Tentou soar de maneira indiferente e confiante.

- Bom, não foi o que eu vi. – Bulma sorri vitoriosa, mesmo sendo esmagada por uma gravidade estranha. – Você e aquele cabeludo.

O olhar de Nyxxy se transforma em neutro, mas Bulma pode sentir a intenção assassina vindo dela, ela havia tocado em um assunto que a garota não queria que fosse comentado. 

- Aquele macho não tem nada a ver com isso.

- Não? Eu conheço sentimentos e atos e o que eu vi foi claramente um ato de carinho. - A azulada se arriscou.

- Olha a boca humana, o rei precisa de você mas não inteira. – Nyxxy faz uma pequena bola de energia e a mesma voou para cima de Bulma que fica aterrorizada. – Você viu o que a energia do príncipe pode fazer, mas acredite em mim, ele sabe ser cruel, eu sei ser criativa. – Ela viu a tremer no chão.

- Quantos anos você tem? – Chichi ficou em posição de flexão completamente vermelha. 

- Isso não é importante, mas eu posso lhe dizer que sou mais nova que o Príncipe.

- Então, eu ainda não entendi... – Bulma estava tentando se mover, estava quase pegando o jeito. – O que é essa cauda?

- Pense em como uma extensão de nosso cérebro possui muitas terminações nervosas e tal. Mas é mais como um membro a mais.

Claro que a guerreira não contaria que o rabo de um saiyajin era sua fraqueza. Ninguém além dos saiyajins sabiam dessa informação e por Nyx continuaria assim.

- Então, porque você e ele... estavam com os rabos... entrelaçados? O que... significa?

- Nada. – Nyxxy respondeu.

- Significa que um macho está tentado traçar a fêmea e que a fêmea está permitindo. – Kakarotto se interessa pela conversa.

- Traçar?

- Pense nisso como um início de acasalamento onde os machos encantam as fêmeas e esperam um sinal positivo e quando acontece o casal esperam o dia do festival lunar para o primeiro acasalamento para serem abençoados e terem uma relação duradoura. 

Ele olha para Nyxxy que o encarava de forma neutra mas sabia que ela estava querendo matá-lo, mas ele não entendia. Bulma percebeu que para ele dizer isso foi fácil, como se fosse um "bom dia" inocente. Bulma sempre foi rápida em captar informações nas entrelinhas e não demorou para captar o que uma mulher significa para essa espécie primitiva e brutal.

– O que? Elas vão viver lá mesmo é melhor que saibam. Enfim nosso Deus Oozaru abençoa o casal depois de provarem que são dignos um do outro e os permite acasalar e quem sabe até mesmo permitir que a fêmea seja semeada.

- Que? – Chichi cedeu a curiosidade e falou com raiva. – Vocês tratam as mulheres como seres apenas para a reprodução? – Ela se força a se levantar com as pernas tremendo e se firmando na parede. – Que tipo de espécie nojenta são vocês?

- Diferente da sua espécie, somos saiyajins, machos da espécie são feitos para serem fortes, para proteger sua fêmea e dar sua vida se for preciso. A fêmea, se for digna lutará ao lado do macho se não ficará em casa cuidando de sua prole e das demais. Os saiyajins não procriam, eles tomam. 

Kakarotto termina com um sorriso no rosto e Chichi ficou assustada com sua declaração. 

– Apesar de toda a beleza de do festival lunar os herdeiros de Vegeta-sei possuem uma genética um tanto quanto diferente. Por exemplo Vegeta, ele consegue se comunicar com sua kh'alhasee mesmo a anos luz de distância, é um vínculo inquebrável que acontece quando no seu ápice ele marca sua kh'alhasee e ela o aceita, eles se tornam o casal mais poderoso de Vegeta-sei. 

Ele volta para o painel, não gostava de falar nesse assunto porque havia desistido de encontrar uma companheira depois da sua primeira rejeição no festival.

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