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Ela saiu de cima dele e procurou sua roupa, quando sentiu uma pegada em seu braço não se virou porque se visse seu rosto iria chorar e não queria chorar, porque se chorasse iria ter a certeza de que ela não apenas gostava dele. Ela havia se apaixonado por ele. Pelos toques, caricias, seu jeito passivo-agressivo, da maneira que forçava os quadris contra os seus, a forma que ele confiava nela sem ficar perguntando ou em cima do seu pé, ela havia aprendido a gostar da maneira bruta que ele tinha. A forma que ele a ajudava em batalha e as suas decisões mesmo que não gostasse delas e mesmo que não soubesse ela gostava da força que dava a ela para suportar as suas desgraças.

Vegeta nunca foi alguém que se coloca no lugar do próximo e principalmente nunca foi alguém que se importava com sentimentos, mas entendia o que ela havia dito. Talvez fosse por seu senso de obrigação e pelo seu filho crescendo no útero da humana, talvez fosse por isso que ele se sentia exatamente da maneira que ela havia dito. Embora ele detestasse admitir, ele queria... ter um laço... com ela.

Ela o odiava e nunca escondeu e Vegeta nunca conheceu alguém como ela, que pudesse escolher seu destino e que lutasse contra aqueles que tentavam escravizá-la. Vegeta odiou admitir, mas ele havia, de acordo com as palavras humanas, ele havia se apaixonado pela liberdade que Bulma dava a ele. Odiava admitir que se ela mandasse que matasse, ele mataria, se mandasse que guerreasse, ele iria, se, pelos deuses, se ela mandasse poupar, ele pouparia. Sua pulsação subiu ao se dar conta da verdade, entrelaçou os dedos e se colocou atrás dela sentindo o cheiro viciante dos cabelos azuis.

- Sua mãe lhe escreveu que quando achasse algo precioso lutasse com unhas e dentes para proteger. - Ela pausa. - Vegeta você tirou tudo de mim, minha liberdade, minha casa e me tornou sua escrava e principalmente colocou um filho em mim.

Ela abaixou a cabeça e se virou para ele segurando as lágrimas, suas próximas palavras saíram com o coração apertado e carregado de culpa.

- Mas isso não impediu que eu... começasse a amar você.

Apaixonar. Paixão. Se importar. Cuidar. Amar. Sentir. Isso era tudo o que ele causava na terráquea e era tudo o que ele nunca havia sentido antes, até que ela chegasse, ela despertava nele coisas que nem mesmo em seus piores pesadelos ele sonhava em ter. Vê-la chorar por ter se aberto com ele, expondo suas partes mais fracas e vulneráveis, abriu a porta para um único questionamento.

- Porque não?

Ele sussurrou a pergunta próximo aos lábios trêmulos e a resposta veio embebida pela culpa.

- Porque príncipe Vegeta... você é mau.

Ele sorri e atrás para seu colo, era incrível a maneira que ela se aninhava a ele e a forma que as pernas travavam em sua cintura, a levou de volta para a cama e se sentou com ela ainda em seu colo.

- Porque você não é bom. É orgulhoso e um assassino cruel.

Ele tirou os cabelos do rosto e colocou atrás da orelha.

- E ainda assim, você se apaixonou por mim.

Ela ri sem diversão.

- E isso faz de mim o que? Uma maluca? Uma cúmplice?

- Uma cúmplice e um assassino.

Sussurra sabendo que sua vida mudaria ao dizer suas próximas palavras e havia uma parte dele que não queria dizer e uma outra parte queria.

- O assassino se apaixonou pela cúmplice.

- Uma cúmplice inteligente.

- Um assassino cruel e sádico. - Ele faz uma pausa. - Que quer desesperadamente o que não pode ter.

Ele sabia que se entregasse seu ser a ela, ela se magoaria com as coisas que teria que passar, e ele sabia que ela precisava de algo bom na sua vida e já estava mais do que ciente de que ele não era bom. Ela é um anjo e ele é o próprio diabo e estava escrito nas estrelas que jamais poderiam se relacionar. Na realidade, era sua sina. Mas ele... ele... que merda! Ele não quer perder a terráquea ou ficar sem ela, seu corpo a deseja com tamanha intensidade e na mesma intensidade ele tem pavor de perdê-la. Ele não pode se ligar a ela. Ele não pode correr o risco de perdê-la. Mas ela... ela já havia se decidido e em toda sua vida nunca tomou uma decisão tão imprudente quanto.

- O amor nos faz fazer loucuras.

Ela pega a adaga e faz um corte no pescoço, ele espalha o cabelo azul, lambe o vermelho e o bebe. Por sua vez, ela corta o pescoço dele, lambe a trilha e bebe o sangue. Seus braços a ajeita em seu colo e a penetra, sua parceira se movimenta e seus gemidos se misturam e o calor crescia em ambos os corpos. Bulma já estava sensível então veio primeiro que Vegeta e ele veio segundos depois. Na mente da garota uma imagem brincou e Vegeta não concordou nem um segundo com isso.

- Você não vai me amarrar.

- O que?

- Eu vi o que você pensou e você não vai me amarrar.

- Como assim você viu?

Vegeta a imaginou sentada em seu colo enquanto ele metia em sua bunda e sua cauda brincava de entrar e sair da sua intimidade molhada, enquanto olhavam uma exibição de força dos saiyajins na arena.

- Ah não! Não! Com certeza não! Eu e você-! - Então ela entendeu. - Caramba.

Mas a imagem não parava de se repetir na cabeça de Bulma e consequentemente na cabeça de Vegeta, ele nunca deveria ter aceitado aquela merda.

- Tem uma algema na cômoda.

- Sério? - Ela praticamente brilhou.

- Você tem trinta segundos.

Bulma saiu da cama e procurou na gaveta, voltou e Vegeta estava deitado, ela prendeu seus pulsos e depois prendeu na parede. Ele não gostou de se sentir indefeso. Bulma o relaxou beijando no rosto e mordiscando a mandíbula, desceu fazendo uma trilha de beijos até seu membro pulsante, acompanhou o comprimento da cauda e a acariciou fazendo com que se arrepiasse. Segurou o membro pulsante e o lambeu vendo as reações do garoto preso, conforme continuava ele se deliciava com as carícias e gemia, ela por sua vez aumentava o prazer segurando a cauda e a acariciando e alisando, quando ele estava perto de gozar ela parava e beijava o corpo, o arranhando e lambendo, na terceira vez que o deixou perto de gozar se sentou em seu estômago e começou a se masturbar usando a cauda e chamando pelo nome dele.

- Mulher me solte.

Ele rosnou, não estava se aguentando de prazer e de excitação pela garota, queria desesperadamente estar dentro dela e por causa do laço ela sabia. Ela geme seu nome com mais intensidade e praticamente se senta na cauda dele, ele não aguentou e se transformou para sair das algemas, a pegar e se colocar dentro dela. Ela sentia sua força e intensidade, sabia que ele estava se controlando por causa da transformação.

- Com força príncipe. 

E se?Onde histórias criam vida. Descubra agora