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- Ácido. Sua pele verdadeira é feita de ácido.

- Mas o que...? – O príncipe estava incrédulo, não havia nada relacionado a isso nos seus relatórios, mesmo nos mais avançados. – Porque escondeu uma informação dessa magnitude?

- Porque... Não foi os Kaales que matou minha equipe.

- Foi a pessoa que te contratou. – Bulma deduziu rapidamente.

- Sim. Foi o soldado Zarbom, ele usou a distração dos Kaales e matou a todos e cortou as caudas logo depois.

- Como você não está morto? – Bulma estava curiosa.

- Eu estava preso no sub-solo, eles também retiraram minha cauda para fins científicos. Eu havia perdido meu braço na última batalha e a hemorragia me fez ficar desacordado e isso deu a eles a oportunidade perfeita para me capturar e me estudar.

- Você sabe o que estavam estudando?

Bulma perguntou extremamente curiosa, ela queria apenas colocar os pingos nos I, mas aparentemente ela caiu em uma toca de coelho. Existe um mistério por trás de tudo isso e Bulma está determinada a descobrir o que estão escondendo.

- Não pude ver. Com a morte dos meus companheiros o soldado Zarbom me levou de volta e disse que havia acontecido uma explosão, mas os ferimentos deles não eram congruentes com uma explosão.

- Porque não disse nos seus relatórios soldado? – O príncipe rosnou.

- Eles ameaçaram o senhor príncipe.

Ficou com raiva e o puxou pelo colarinho, além de seu pai não o respeitar, seus soldados também o estão desrespeitando! Isso já foi longe demais!

- Você está me dizendo que acha o príncipe da sua raça fraco? Está me dizendo que eu não sei me defender sozinho soldado?!

- N-não meu senhor!

O soldado percebeu que havia cometido um erro ao dizer a verdade ao seu príncipe, mas abriu a porta e terá que passar por ela, o príncipe da sua raça deve saber a verdade.

- Solta ele!

Bulma tentou puxar o braço que segurava o colarinho que o afogava. Se o príncipe matasse esse homem, sua chance de conseguir informações morreria com ele.

- Isso não é da sua conta terráquea. – O príncipe a jogou para longe. – Vamos soldado me diga, me acha fraco?

- Não s-senhor, mas... Os scooters que usamos nas missões possuem micro bombas e podem estourar sua cabeça senhor. Eu não contei porque o soldado Zarbom estava com o dedo no gatilho!

Vegeta entendeu a lealdade do velho e o soltou, um sinal positivo da sua parte. O velho por sua vez foi ajudar a garota e Bulma percebeu que de velho ele não tinha nada, era apenas uma palavra para se referir a ele, seu corpo másculo e forte carregava muitas cicatrizes, seus olhos são pacíficos demais para um guerreiro.

Seus cabelos negros e arrepiados tinham um charme com uma pequena mecha que caía pela testa e se destacava da mesma intensidade da cicatriz horizontal que começava um pouco abaixo do cabelo e terminava no fim da bochecha. A lateral dos seus cabelos possuíam uns fios esbranquiçados e talvez fosse por isso que o chamavam de velho, Bulma entendeu que ele não havia nascido para ser um guerreiro cruel.

- Você está bem Bulma?

- Sim, obrigada. - Dizia enquanto se analisava.

- Isso é tudo meu senhor. – Disse enquanto via o príncipe voltar para a casa e se Bulma não estivesse perto não escutaria os avisos do aposentado. – Cuidado com Zarbom, ele ainda tem uma carta na manga.

O príncipe voltou para casa deixando a garota com o velho. A primeira coisa que fez fora encontrar seu pai que estava na sala de trabalho, provavelmente Bardock iria estar lá também e isso aceleraria seus planos. No caminho encontrou sua equipe reunida e passou por eles e eles o seguiram, antes mesmo que seu empregado pudesse anunciar sua chegada, entrou na sala e encontrou seu pai e o general enterrados em trabalho.

O rei estreitou seus olhos para o filho e o restante se curvou em respeito, já o general também cerrou os olhos para os filhos que entraram sem bater, sua companheira Gine havia ensinado como se comportar diante da realeza, em casa conversaria com eles. Kakarotto se sentiu culpado e sorriu para o pai que o encarou de maneira séria, Raditz o socou na cabeça e voltou a se curvar.

- Pai.

- Vegeta.

O rei acena para o empregado que fora embora e fechou a porta. O filho por sua vez, pegou os dois scooters que estava em cima da mesa e os explodiu, o pai viu a raiva de seu filho, provavelmente Vegeta havia descoberto sobre algum detalhe que escondeu e não colocou nos relatórios.

- O que está fazendo Vegeta?

- Você sabia? – rosnou

- Do que está falando?

- Akas.

- Ah, certo, soube recentemente. – O rei deu de ombros.

- E você continua ignorando? - Vegeta bateu os pontos de novo.

O rei o olhou por baixo das sobrancelhas os soldados da sala tremeram menos seu filho. Bardock começou a guardar os documentos, aparentemente pai e filho iriam discutir e a discussão será feia.

- Ignorando? Você sabe o que eu tenho feito garoto?

- Ficar sentado olhando seu povo morrer conta como alguma coisa?

A arrogância e cinismo do filho passou dos limites dessa vez, não toleraria esse desrespeito! Ergueu o dedo, uma energia eletrizante se formou e foi rapidamente em direção ao filho que cortou a pele de seu rosto e chocou seu corpo de maneira gritante, mas Vegeta não abaixaria a cabeça para seu pai, mesmo que tivesse que usar todas as suas forças e liberar energia para suportar o choque. Seu pai apertou o dedo e o choque se intensificou, fazendo seu filho cair de joelhos, o rei não precisou mover mais que o dedo parar fazer seu filho se ajoelhar e desfazer sua barreira de energia.

Kakarotto já havia aprendido, da pior forma que não podia, nem deveria ir ajudar o Príncipe, mas toda vez que via seu superior sendo maltratado seu íntimo gritava para que ajudasse seu Kyak'see, mas mesmo sendo companheiros de batalha não podia ultrapassar a hierarquia dos saiyajins, se ultrapassasse o que sentiria depois seria um motivo para desejar ser torturado. Se sentiria o causador da humilhação de seu príncipe, se sentiria um traidor e não gostaria de ser um.

Ainda de joelhos não abaixaria a cabeça, encarava seu pai, queria saber o porquê. Porque seu pai o travava como criança? Porque seu pai não confiava no seu trabalho como príncipe? Porque? Porque?!

- Eu... Não....

- Chega Vegeta. Todos vocês, saiam.

O rei ordenou e assim foi feito. Quando sozinhos, o rei desfez sua energia e viu o filho sugar o ar com tamanha intensidade que por um milésimo se preocupou. Vegeta III estava perdendo a paciência com seu filho que não tinha paciência, ele é apressado, impaciente e ainda ingênuo. Vegeta IV tem que aprender a ser paciente e aprender a ver a oportunidade perfeita para aparecer e atacar.

Seu filho é um gênio em batalhas, estratégias e em tortura, mas apesar de ser um bom aprendiz, não aprendeu a parte mais difícil de ser um rei, não havia aprendido a pensar no seu povo.

- Garoto, há muitos anos eu luto e governo o povo saiyan.

Disse indo em direção a janela, Vegeta soube que iria escutar um grande discurso, então apenas sentou e esperou.

- Eu vi nosso povo cair e ressurgir, eu estava lá quando todo meu povo chorou e caiu, quando perdemos nossa honra. - As palavras saíram amargas de sua boca.

O garoto cerrou os dentes. – Então porque não faz nada?

- Você é meu único discípulo, aprendeu e superou todas as coisas que lhe ensinei. – Agora encarava o filho. – Você sabe o que vai custar se seu plano de ataque falhar?

- NÃO VAI FALHAR! – gritou. 

E se?Onde histórias criam vida. Descubra agora