O ar fica tenso no segundo em que o Príncipe sai da sala. Nyx suspira fundo e caminha até a mesa onde se deita e cobre os olhos com o braço, internamente um pouco de respeito pela terráquea havia sido brotado na pequena terra de seu coração.
- Creio que não nos apresentamos corretamente. – O rei se endireita enquanto caminha para a frente da azulada. – Eu sou Rei de Vegeta-sei, Vegeta III, comandante-chefe do exército Saiyan, primeiro tenente das tropas de lorde Freeza. – O rei se apresentou com um semblante sério e peculiarmente com uma voz serena.
- Bom, diferente de você, seu filho não possui educação. – A azulada sibilou.
- Creio que deve estar se perguntando o motivo de você ter que gerar o Príncipe herdeiro. - O rei ignorou o comentário grosseiro sobre seu filho.
- Eu quero saber.
- A raça humana é uma das poucas raças propensas a desenvolver um herdeiro com gene saiyan. Os saiyajins possuem genes inigualáveis em questão de força e os humanos possui um outro gene específico, chamado gene lunar, que é capaz de se adaptar aos genes guerreiro dos saiyajins.
- Gene lunar?
- São pequenas células que se desenvolvem a partir da exposição de um satélite banhada pela energia de uma estrela jovem. Algumas espécies conseguem viver sem o gene lunar, entre outros.
-Entendo. - Bulma apenas guarda essa informação em uma pequena caixinha mental. - Porque eu? Existe uma infinidade de pessoas e raças que podem ser compatíveis com aquele monstro, sem querer ofender você, mas seu filho é completamente diferente de você, ele não tem nenhum senso de delicadeza ou educação.
- Seria uma lástima você esperar respeito de nós saiyajins. Agradeça ao seu antecessor por ter dado algo a mais que beleza.
- O meu pai... – Uma certa tristeza era notável no olhar de Bulma. – Como... ele está? Minha mãe!
O rei não deixou de reparar na urgência em sua voz e olhos. Aquela garota era, definitivamente, o que o reino precisava.
- Seus pais estão sendo tratados melhor que os escravos padrões, seu pai, será designado a equipe de ciências. Se sua mãe possuir alguma utilidade, será designada a um campo.
- Então eles estão bem! – Um som de suspiro ecoou pela sala.
- Mulher, irei lhe dizer apenas uma vez, coopere com meus termos e ficará viva. Caso contrário, creio que já conhece seu destino.
- Eu tenho meus termos. – Bulma late.
O rei pendurou por alguns segundos, aquela mulher estava carregando o herdeiro de Vegeta-sei, o libertador dos saiyajins, é de direito da mãe ter algumas condições. Iria atende-las se não fossem atrevidas ou descaradas.
- Tudo bem. Como mãe, tem alguns direitos.
- Quero apenas duas coisas: Acesso livre por todo o castelo.
Tudo bem, pensou o rei, aquela mulher não iria longe de qualquer jeito. Então, vendo que o rei não mudou de expressão, mesmo as mínimas, deduziu que o soberano teria concordado com seu primeiro termo.
- Segundo: Gostaria que chichi fosse minha ajudante.
A expressão do rei, apenas por um milésimo, mudou e Bulma apenas conseguiu ver porque estava fitando aquelas orbes afogadas por um oceano de lástima.
- Quem diabos é xixi?
- A Terráquea que Kakarotto trouxe meu rei. – Nyx comenta.
- O nome dela é Chichi. – Bulma suspira. – Essas são minhas condições. Aceite-as e irei ter essa criança.
- Tudo bem. Apenas tenho... um aviso. – O rei agora, deixou seus braços caírem ao seu lado e se virou para a porta ameaçando a sair. – O que fizer com essa criança, receberá o dobro.
O íntimo de Bulma tremeu aquilo era uma ameaça, se ela tentasse matar o feto em seu ventre, ela sofreria. Não tinha escolha, teria que ter aquele feto, ela o teria, mas não o amaria. Procuraria de qualquer jeito uma forma de sair dali, eles deram a ela a liberdade para fazer o que tinha que fazer em um laboratório científico e um passe livre pelo cabelo, é praticamente colocar um prato feito na frente de um faminto.
Os saiyajins estavam se iludindo se achassem que ela ficaria quieta como um cachorro adestrado. Um gênio como Bulma começou a trabalhar no instante em que o Saiyajin disse sim, planos passaram em sua cabeça, era fácil, entretanto demorado. Três passos, construir, inspecionar e fugir.
- Você ainda está aqui?
Bulma fitava a porta a qual o rei acabara de sair e Nyx sabia que a mulher de cabelos azuis estava falando consigo. Honestamente, Bulma não suportava estar no mesmo ambiente que ela e se tivesse poder para expulsar a guerreira, ela teria feito.
- Sim.
- Porque?
- Tenho que te dar instruções.
- Para?
- Projetos.
- Que tipo de projetos?
- Sigilosos.
- Entendo.
Um pequeno diálogo entre as duas aconteceu e Bulma não deixou de se ressentir pelo que a saiyan fizera. Eles eram cruéis fisicamente e Bulma sabia, mas se perguntava se conseguiam
- Porque?
Nyx não precisava ser um gênio para entender onde ela queria chegar.
- Você é uma escrava.
- Me diga algo que eu não sei. - Ironizou.
- Meu irmão foi vendido como um escravo e morto por isso.
- Ah.
- Meu rei me pediu para não te deixar desamparada.
- E você fez.
- Sim.
- Okay.
- Eu vi determinação em você.
- Hm?
- Isso me chamou atenção. Olhe.
Nyx gesticula como se estivesse explicando para uma criança.
– Saiyans se atraem por força, por adrenalina, por emoção, pela caminhada ao lado da morte, pelo sangue, pelo pavor dos inimigos. – Ela parecia animada ao falar tais barbaridades.
– O sentimento de estar vivo no campo de batalha, quando você sente o poder correndo pelas suas veias e é como se tudo fizesse sentido, a sua existência, os seus erros, os seus acertos, as suas vitórias e derrotas, as suas decisões erradas, suas noites e dias, ali, no meio do campo de batalha, você sabe que você pertence aquele lugar, você percebe que ali, naquele lugar ensanguentado, ali, coberta de tripas e órgãos, você faz parte de algo, entende?
Bulma vira o sentimento de empolgação nos olhos da menina e se sentiu confortada ao ver que não era somente ela que sentia essa emoção. Para Nyx é a batalha em si, para ela eram as noites em seu laboratório, ambas são completamente diferentes, mas compartilham do mesmo sentimento.
Seu desgosto se amenizou e ambas agora estavam em zona neutra, quem daria o primeiro passo e para onde esse caminho levaria, era um mistério. Uma batida na porta de madeira e metal é ouvida e as garotas fitam a porta e logo escutam um som conhecido.

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E se?
Fiksi PenggemarE se o rei Vegeta se recusasse a trabalhar com Freeza? E se uma rebelião causasse a morte de meio planeta? E se o rei se submeter as ordens de Freeza como um cachorro na coleira? E se um rei rastejasse na lama implorando por seu perdão? E se Freeza...