Da palma da mão de seu pai uma luz brilhou e uma simulação apareceu, Vegeta viu seu povo sendo liderado por ele e por seu pai, viu o exército de Freeza lutar incansavelmente contra seu povo e perder miseravelmente, quando estavam cercando o imperador do universo em seu palácio destruído, a lagartixa estava caída e quando seu pai e ele iriam desferir o golpe final, um imprevisto ocorreu, Freeza explodiu o planeta Vegeta exterminando toda a raça dos saiyajins e a si mesmo.
Vegeta vendo aquilo ficou perplexo, ele ganharia a liberdade, mas ele e seu povo não viveriam para desfrutar tal façanha. Todas as suas ações o levariam para esse caminho? Toda sua força e treino foi para nada? Ele iria ser escravo para sempre? Não.... Não, seu pai não mostraria o suposto destino atoa. Foi então que entendeu e tudo se encaixou.
- A terráquea...
A imagem rebobinou e parou no ponto onde Freeza iria jogar sua energia para destruir seu planeta, mas um choro o fez olhar para o lado e ver o herdeiro dos saiyajins. Uma criança embalada em cobertas ensanguentadas e a terráquea morta o segurando, o choro da criança criou uma barreira de energia que segurou a lagartixa derrotada e o explodiu de dentro para fora.
Não conseguiu ver o rosto da criança, mas percebeu que ainda recém nascido, seu filho, sua prole, seu gene, derrotou aquele que escravizou sua raça por centenas de anos. Seu filho... o havia salvo e a seu povo também.
- O que-?
- É um leitor de destino. – Seu pai fechou o aparelho e o guardou no peito. – Consegui em um dos planetas escravizados, seu dono disse que ele não lê o futuro, ele lê suas escolhas e mostra o destino mais próximo.
- Você o usou... Antes de ir para o planeta Terra. - Vegeta deduziu perplexo.
- Sim. Acontece que ele só pode ser usado de tempos em tempos e nosso destino pode mudar a cada decisão que tomamos, você precisa parar de tentar acelerar as coisas Vegeta. – Seu pai se dirigiu a saída da sala. – As coisas acontecerão em seu devido tempo.
Vegeta ficou plantado na sala, seu pai sabia de tudo, já havia planejado muito a frente do que ele havia pensado, nem ele e nem seu pai conseguiria derrotar Freeza mas seu filho, o poder latente de seu filho derrotaria o imperador do universo e os libertaria! Freeza não poderia saber, jamais. Ele tinha que proteger a terráquea custe o que custar!
Bulma estava olhando as plantações de vegetais diferentes enquanto voltava para o castelo, no caminho se deparou com aquela criança, Lunari. A criança estava brincando com uma borboleta ou algo parecido, é uma criatura longa e possuía uma asa de penas, uma cauda longa com uma pena com um desenho de olho azul possivelmente para assustar predadores.
Se aproximou e se ajoelhou perto da criança, notou que havia uma planilha com um desenho do animal e cada parte de seu corpo possuía anotações na escrita natal que ela não entendia. Ele está estudando essa criatura? Então, ela tinha razão. Lunari não é um lutador.
- Oi.
O garoto se assustou, tentou não demonstrar, mas estava claro que havia se assustado, já que dia cauda ficou arrepiada e os pelos do corpo também.
- O-oi.
- Você é o afilhado da Nyxxy não é, Lunari?
- S-sim. – Finalmente o garoto a olhou. – Você é a.. aquela que acreditou em mim.
A voz do menino diminuía conforme ele falava, é alguém bem tímido, diferente da tia.
- Eu sou Bulma Briefs.
- T-ta.
Ela ficou observando o menino fazer anotações e seu rabo de mover de maneira lenta. Ele estava feliz, mas estava se segurando para não mostrar. Ele é apenas uma criança, não deveria guardar seus sentimentos dessa maneira, Bulma pensou.
- Esse animal que você está observando, o que é?
Agora que o garoto olhava atentamente para a entranha, os cabelos azuis denunciaram sua escravidão, mas o que uma escrava estaria fazendo com uma capa dessas? Ela havia roubado? Não, seria morta antes de fugir do palácio, então porque ela tinha uma capa? Era melhor ficar de olho nela e talvez a ter por perto fosse a melhor opção.
- Você não conhece? – o menino aponta para um enxame. – São axaleias, animais que podem envenenar sua presa com um toque de asas.
- Ela é bonita.
- Sim, é, seus predadores a acham fracas e por isso subestimam sua força e acabam pagando caro por isso.
- Elas conseguem matar seu predador? – Percebeu que entanto falava, o menino emanava um brilho que conhecia, o brilho de alguém apaixonado pelo assunto.
- Não, não conseguem. O veneno causa dormência e paralisia temporária em animais maiores, mas em animais pequenos a paralisia se torna asfixia, seus órgãos não conseguem se expandir para fazer o trabalho de respirar e acabam morrendo e se tornam alimento para seus filhotes.
- Isso é-
- Incrível! – O garoto anuncia.
- Não era isso que eu ia falar. – Um sorriso amarelo.
- Não? Como não?!
- É que é meio-
- Você sabia que a taxa de fertilidade das axaleias são extremamente baixas? E que elas só se reproduzem em uma determinada época de um período?
Lunari tentou convencer a escrava de que a axaleia é uma criatura fascinante. Bulma achou uma fofura sua tentativa.
- Não, não sabia.
- Sim, elas são assim e o mais complicado é que entre dez axaleias uma é macho e as axaleias só se reproduzem com a semente de dois machos.
- Como assim?
- Olha, as axaleias são extremamente rígidas com seus parceiros e quando encontram um em potencial elas seguram seus genes enquanto procuram por outro macho para misturar os três genes e quando conseguem guardam em seus óvulos até que se transformem em ovos e saem no dia do festival lunar.
- Entendo... É realmente impressionante a forma que ela consegue armazenar o genes e os protegerem para não perderem sua capacidade de reprodução. Mas.... o que é o festival lunar?
- Você não sabe? Ah é verdade você é escrava.
Até mesmo uma criança a reconhecia como escrava? Isso é deprimente. Lunari parecia não se importar com o status de Bulma e isso a deixava relaxada. Estar fora dos muros do palácio é... Como se tivesse deixado de se afogar em um oceano de desgraças. De fora dos muros percebeu que até sua respiração tinha mudado, ela estava desfrutando uma curta sensação de liberdade.
Mas Bulma sabia que nunca estaria liberta, a coisa que cresce dentro dela está a matando lentamente, sua tortura é ver sua morte chegando e não poder fazer nada para impedir é agonizante.
- O festival é uma noite onde os adultos acham sua Kh'alhesee e as crianças despertam seu poder.
- Poder?

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E se?
FanfictionE se o rei Vegeta se recusasse a trabalhar com Freeza? E se uma rebelião causasse a morte de meio planeta? E se o rei se submeter as ordens de Freeza como um cachorro na coleira? E se um rei rastejasse na lama implorando por seu perdão? E se Freeza...