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- Não! Não! Não é nada disso, é apenas que eu não me lembro. - Falou mais que depressa.

Na sua cabeça vem a memória dela deitada segurando um filhote de cabelo azuis, não, não eram azuis, roxos. Eram bonitos. Segundos depois ela se contorceu e o olhar desceu para baixo e havia uma outra criança nascendo dela, Vegeta o pegou, pelo laço ela conseguiu sentir o medo que ele estava sentindo, a última vez que ele ajudou em um parto, sua mãe havia morrido. Ele deve ter tido medo que quando ela desse à luz aos seus filhos, ela poderia morrer também, Vegeta estava com medo de perder sua companheira para um lugar a qual ele não poderia segui-la, não por enquanto. O medo do poder do deus saiyajin desapareceu, Vegeta ainda é o seu Vegeta, irritado e mal-humorado e com inúmeros sentimentos desconhecidos que ela fazia questão de vê-lo sentir.

- Entendo... - Ela se deita ao lado dele e o beija na bochecha. - Você ficou com medo...

Ele deita novamente e vira o rosto enquanto ela dedilha os músculos tensos, a cauda dele também estava tensa, um ponto significativo para confirmar sua suspeita. Vegeta ficou apavorado em perder sua companheira.

- Tudo bem, seu segredo está seguro comigo.

Ele a fuzila com o olhar novamente e sua cauda sobe sua vestimenta enquanto ele deixa de deitar em cima dos filhotes e fica em cima dela, ainda podia sentir e ver o poder do deus super saiyajin, as pupilas de seus olhos negros estavam vermelhas e alguns fios também. Não era difícil saber que ele estava excitado e a queria, mas ela não aguentava, principalmente depois de tudo, ela não iria conseguir aguentar um saiyajin com um poder dos deuses enquanto estivesse se recuperando, ele poderia matá-la, sem querer. Ele desceu e começou a beijar seu pescoço enquanto sua cauda brincava com o seio. A garota riu de forma triste, queria sentir seu saiyajin, mas teria que esperar para isso e Vegeta não é conhecido por sua paciência.

- Vegeta... 

Um rosnar e ele continuou descendo.

- É serio... não dá.

- Vegeta é sério, eu não estou bem. Você sabe que eu não me recupero tão rápido quanto vocês saiyajins, por mais que eu use o tanque de regeneração eu não estou completamente bem. 

Vegeta para e murmura contra seu pescoço.

- Fraco.

Ela sorri, de alguma forma sabia que quando ele dizia isso significava que iria parar e esperar até que o permitisse continuar, Vegeta é cruel sempre, mas Bulma sabia que ele não a forçaria a nada. Pelo menos, não naquele momento. Um estalo ocorreu em sua mente.

- Quando você diz sobre o calor corporal... É por isso que você gosta de ficar de-

Ela mal terminou a frase quando a cauda dele tampou sua boca, pelo laço ela sabia que era verdade e que ele não confirmaria com palavras, ela sorriu e gargalhou, para Bulma, Vegeta é como um gato arisco, seja simples com ele e será simples com você, descubra seu segredo e ele te arranhará até que saia de perto. Com o movimento as crianças começaram a se mover e Vegeta saiu de cima deles se deitando ao lado e sua cauda os cobriu fazendo parar de chorar.

- Eles são tão pequenos... - Ela comenta enquanto acariciava os cabelos roxos, o filhote com cabelos pretos estava com o cenho franzido e a mãe não evitou de sorrir. - Eles vão ser como você?

O príncipe sorriu. - Piores.

E voltou a dormir. Ela acaricia os cabelos dos pequenos, o segundo tinha cabelos negros como o do pai, na verdade a cópia do pai como bebê, ela se deitou em cima do braço que estava usando para acariciar os cabelos negros e o outro acariciava a barriga do outro. Ao chegar no estado de vigia sussurra.

- Meus príncipes... Trunks e Vegeta...

Mal sabia ela que Vegeta estava escutando e não se irritou com os nomes que ela havia escolhido para seus filhotes, ele havia pensado em outros, mas não desgostou dos escolhidos. Horas mais tarde ele sentiu um peso nas costas enquanto dormia e usou a cauda para pegar o que era, olhos azuis profundos encontraram os seus, azuis que lembravam da sua progenitora. Até mesmo seus genes são irritantes, pensou ele enquanto encarava os azuis semelhantes, o primogênito tinha os olhos da sua companheira enquanto a feição se assemelhava a ele. A cria se pendurou em seu rabo de ponta cabeça e o pai estendeu a mão para que a criança usasse seus instintos para bater, a cria observou antes de olhar para a própria mão e socar a do pai, ele não se surpreendeu ao saber que a força de sua cria era maior do que a de todos recém-nascidos.

Sua cria continuou socando sua mão enquanto olhava para o mais novo que preferia ficar no seio da mãe ao invés de fazer qualquer outra coisa, a pequena cauda estava enrolada no pulso pálido e Vegeta o puxou. Sua cria se negou a sair de perto da mãe e grudou no colo dela, irritado, apertou a base da cauda e o trouxe para ficar pendurado igual o irmão, a cria se revoltou e desceu sentando em sua barriga com o cenho franzido, Vegeta ergueu a palma e se surpreendeu levemente ao ver que a fúria do filho o fez endurecer a palma. Ele é mais forte que o primogênito, é claro que o filhote estava com raiva, mas isso não impediu uma pontada de orgulho surgir em seu peito.O primogênito olhou para suas mãos e as fechou várias vezes e depois olhou para a mão do irmão, Vegeta viu a comparação que seu filhote estava fazendo e não se importou, ele pode ser seu primogênito, mas Vegeta não será complacente com ele apenas por isso. 

Deixou as crias longe e não se surpreendeu quando sentaram, era o mínimo esperado deles, puxou a mulher para perto de seus braços quando ouviu algo semelhante a um rosnado, olhou para o mais velho que estava encantado com sua cauda e em seguida para o mais novo que estava olhando para ele irritado. Vegeta olhou para sua cria como se uma besta olhasse para outra que tentava invadir seu território, até mesmo seu rosnar saiu diferente e sua cria não recuou, ele não iria também, a mulher é dele e ninguém vai tirá-la de sua proteção, nem mesmo sua cria. Já o mais velho havia recuado na primeira demonstração de força do pai e tentou pegar na mão do irmão mais novo que encarava o pai, seu irmão o empurrou com a cauda o fazendo soltar sua mão e ele também rosnou para o irmão que recuou, a cria mais nova encarou o pai. Hoje sua cria aprenderia uma lição de grande importância para sua vida, seu pai não abaixaria a cabeça para ninguém e nem mesmo seria piedoso com seu filhote.

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