- Raditz?
- O que é Nappa?
- Você se distraiu.
Os dois voltaram a batalhar, já a comandante saiu do alojamento e caminhou em direção a cozinha, estava ficando com mais fome ultimamente, havia se passado alguns momentos desde que havia ficado com Raditz e estava se preocupando, os dois são saiyan de sangue puro, havia uma probabilidade alta de estar gerando uma cria.
Mas não se importou muito, as crias saiyans de sangue puro são tiradas do útero com três momentos e colocadas na incubadora até se prepararem para o mundo exterior. Uma batalha estava chegando... Seu íntimo sentia isso, então teria que confirmar e deixar sua prole em segurança, mas a questão é... Contaria a Raditz? Um macho saiyan protegendo a prole pode ser complicado, principalmente para um tenente e um soldado. Nyx não deixaria seu posto só porque estava prenha e Raditz a obrigaria a faze-lo. Não queria ter que brigar com seu macho por causa disso.
Enquanto caminhava encontrou Bulma olhando a paisagem e acariciando a criatura verde, ela parecia estar perdida.
- Bulma?
- Nyx? - Sussurrou.
- Estava me procurando? - Suspeitou.
- Como você...? Ah esquece, Dendê disse que quer ficar com você.
- E o que eu vou fazer com ele? - Perguntou de maneira estranha, para não ficar irritada. Ela virou babá?
- Não sei, ele disse que quer ficar com você.
- Cuide dele, tenho coisas a fazer.
- Mas Nyx-
A saiyan apertou o cenho. – Olha terráquea eu tenho coisas a fazer e não dá para cuidar de um namekuseijin. Eu não sou uma babá. Você será mãe, use isso como aprendizado.
- Mas ele-
Nyx apenas ignorou seus resmungos e saiu. Bulma se perguntou o que havia de errado com ela, pelo pouco que a conhecia sabia que a mulher não era grossa daquela forma. Ficar parada pensando sobre como Nyx realmente não iria ajudar em nada, decidiu levar o pequeno até seu laboratório onde ele ficaria seguro. No caminho observou as paredes, os sons, sussurros e cores, parou em frente a um vitral vermelho, azul e branco, cores tão bonitas e com um significado cruel.
Os saiyajins não conquistam, eles tomam.
A frase que Kakarotto disse ecoou pela sua cabeça e ela é a prova viva que eles tiram muito mais do que seu planeta, sua liberdade. Mas acontece que ela... se sentia confortável aonde estava. Tocou sua barriga levemente inchada, havia uma vida crescendo em seu ventre e essa vida tiraria a sua. E isso a incomodava, ela iria morrer e sabia como aconteceria e quando aconteceria. Uma lágrima solitária escorreu, não queria morrer, não queria ficar sozinha no lugar escuro e frio de novo.
Um resmungar a libertou de seus pensamentos.
- Papa...
O pequeno ser se tremia e uma lágrima solitária escorreu do rosto esverdeado, Bulma o abraçou mais forte e o acariciou balançando levemente, fazendo sons que acalmavam um bebê. Ele pode ser um extraterrestre, mas ainda é uma criança e seja qual for seu pesadelo, ela não o deixará sozinho. O levou para o laboratório e o deixou na cama sofá que tinha ali, deixou seu robô de olho nele e deixou um aviso verbal, bebeu um pouco de água e saiu do quarto.
Estava perdida, então caminhou até onde suas pernas a levaram, entrou em um corredor com pouca iluminação, estranho, ela nunca tinha estado ali antes e movida pela curiosidade continuou andando, conforme andava as tochas diminuíam e quando desapareceram completamente voltou pegou uma das todas e continuou andando.
Andou até chegar em uma sala final, terminava o corredor e começava uma sala quadrada que em ambos os lados da parede possuíam um espelho, o que estranhou, não havia nada para ser refletido entrou e procurou e não havia nada. Mas havia algo refletido disso ela tinha a certeza, deixou a tocha na parede oposta e olhou para o espelho e com a luz ela pode ver que pelo reflexo havia uma maçaneta, pequena e alongada, foi até ela e procurou pela parede a achou e abriu.
O ar foi puxado para dentro da sala e apagou o fogo, ela rosnou, havia vitrais na sala porque via o reflexo do luar, voltou ao corredor para pegar outra fonte de iluminação, assim que entrou novamente na sala viu que ao lado da porta havia dois buracos com um líquido seco, se fosse óleo talvez pudesse de acender de novo, tentou e por algum milagre gorduroso o fogo acendeu, ela fez isso outras vezes até que iluminou completamente a biblioteca antiga.
Bulma tocou a mesa de madeira que rangeu contra seu toque, havia muita poeira e teias de aranha e muitas aranhas mortas, por sorte não havia ratos, o que ela agradeceu. Havia cinco prateleiras com cinco divisões e com muitos livros antigos, ela pegou um livro aleatório de capa verde, delicadamente, e o colocou sobre a mesa, abriu e leu a primeira página, não entendeu nada, estava em saiyan. Revirou os olhos. Teria que voltar para cima, mas temia que não reconhecesse o caminho, pegou uma das tochas e deixou apontando a direção e correu para o seu laboratório.
Em uma das viradas de corredores ela bateu em uma parede que definitivamente não deveria estar ali, olhou e não era uma parede.
- Príncipe? Tudo bem? - Kakarotto perguntou.
Eles se encararam e as lembranças das noites juntos passaram na memória de ambos, Bulma começou a respirar como se estivesse presa com um espartilho apertado, o cheiro de suor e terra invadiram seu nariz e ela continuou encarando os negros que retribuíram o olhar. O que fazer? Se entregar a beleza deles ou deixar que a corromperam?
Vegeta sentiu um baque e olhou para os cabelos azuis e desceu para os olhos azuis, o cheiro dela está diferente, havia sido sufocado pelo cheiro insuportável da poeira, onde ela estava? Seu castelo é cuidado o suficiente para não ter um grão de poeira em qualquer sala, então onde ela estava? Havia um grão de poeira no seu rosto, olhou para seus subordinados por cima do ombro e Kakarotto e Raditz não tardaram a sair.
Em nenhum momento o olhar dela deixou o seu, levantou a mão para tirar o cisco e ela recuou, ele fechou o cenho com a mão ainda no ar e ela lentamente se aproximou de seus dedos e ele tirou o pó, desceu o dedo e explorou seu lábio, estava com rachaduras que se resolveriam com um hidratante, a carne molhada e úmida, no instante que sentiu seu sangue se juntou no íntimo ao pensar em outra parte dele enfiada ali, se lembrou dos sons que ela fazia, da maneira que ficava submissa a ele. Passou os dois primeiros dedos para dentro da sua boca e alisou a língua que logo começou a se mover de maneira circular, brincando com seus dedos, seu sexo estava se esmagando contra o tecido e ele queria se aliviar desse sentimento. Queria desesperadamente que esse sentimento parasse de crescer em seu peito assim como desejava que seu sexo e cauda não agissem por conta própria.
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E se?
FanfictionE se o rei Vegeta se recusasse a trabalhar com Freeza? E se uma rebelião causasse a morte de meio planeta? E se o rei se submeter as ordens de Freeza como um cachorro na coleira? E se um rei rastejasse na lama implorando por seu perdão? E se Freeza...