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- No meio de um lugar estranho com pessoas estranhas e de pavio curto.

Olhou de relance para Vegeta que franziu o cenho e lançou um olhar de reprovação para ela, onde ela devolveu um sorriso aberto.

- E-eu t-tenho uma missão. - Disse firme, do seu jeito trêmulo.

- Que missão?

Ele olhou para Vegeta, depois para Bulma e procurou sua bolsa, procurou um pequeno totem criado em sua casa, uma esfera alaranjada com quatro estrelas. Dendê entregou a ela e apertou sua mão contra o item alaranjada.

- O patriarca disse que eu t-tenho que contar nosso segredo a uma pessoa p-pura de coração. - Ele olhou para o príncipe que rosnou em resposta. - M-mas...

Bulma entendeu que fosse o que fosse, Vegeta não podia ouvir. Olhou para o príncipe e deu um meio sorriso amarelo, Vegeta se levantou e saiu irritado, ele é o príncipe dos saiyajins, não deveria estar saindo do seu aposento só porque a terráquea disse! Mas lá estava ele, fechando a porta do seu quarto e se afastando.

Dendê esperou que o ser raivoso saísse, voltou sua atenção para a mulher e depois de um longo dia pode respirar tranquilamente. Olhou para a mulher com cabelos distintos, confirmando sua suspeita, ela carrega um ser poderoso o bastante para derrotar seu inimigo em comum, ele observou sua áurea, era forte e confiante. Dendê entendeu o que o matriarca disse que ele saberia para quem contar quando encontrasse e aparentemente ele encontrou.  

- Eu sou um namekuseijin e me chamo Dendê. - Ele começou a explicar, estava pensando em quais palavras usar para explicar sua história. - Meu patriarca me mandou aqui para contar a história das esferas do dragão.

- Esferas do dragão? Tipo essa? - Analisou a esfera.

- Sim, mas são muito maiores e tem estrelas que ditam seus números, são sete no total.

Mostrou os dedos pequenos e Bulma não conseguiu evitar de pensar no seu bebê. Será que ele teria mãos pequenas e fofas ou seriam pequenas e grossas como as de Vegeta? Ele teria cabelos azuis ou pretos? Teria um rabo o nasceria sem? Gostaria de vê-lo antes.... Antes de....

- Para que elas servem? - Bulma cortou a linha de pensamento depressivo.

- Elas possuem o poder de realizar qualquer desejo.

- Qualquer desejo? - Bulma ficou confusa. - Tipo, crescer? Ser rico e essas coisas.

Dendê concordou com a cabeça. - Elas podem até mesmo reviver os mortos.

Bulma encarou dendê, se isso for realmente verdade ele estava certo em se precaver, afinal Vegeta é um escravo e escravos desejam sua liberdade mais que tudo. Esse desejo os deixa cedo e talvez seja por isso que Dendê confiou esse segredo a ela, porque precisava de razão e não emoção.

Agora, o que iria fazer com a informação? Bulma estava atenta a cada detalhe que Dendê lhe dizia, contando a história do seu povo, da sua origem e de como se sente por estar longe de casa. Ela compartilhava alguns desses sentimentos, sentia saudade de casa e dos seus pais.

Pais.

Pai.

Mãe.

Filho.

Ela vai ter um filho e não sabe absolutamente nada sobre ele, apenas sabe e sente que ele cresce consideravelmente rápido, também sentia seu corpo reclamando sobre. Bulma estava com fome, se levantou e foi até a mesa onde pegou uma fruta vermelha com o miolo azul, era doce com um toque cítrico no final, lembrava muito o azedinho que comia, era o mais próximo que podia chegar.

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