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- Meu povo! - O rei gritou. - Estamos reunidos para presenciar uma revelação. - Fez uma pausa. - Revelação cujo resultado será desastroso.

O rei apontou para a porta e Bulma saiu caminhando, mesmo sem coragem, ela tentou demonstrar dignidade, parou um pouco atrás do rei ao lado do tenente.

- Mas lhes digo que não cabe a mim revelar a acusação.

O rei se sentou e o príncipe se levantou.

- Eu reuni todos aqui para presenciar um acerto de contas. - Ele dá um passo a frente. - Nosso povo é justo e cada punição faz jus ao crime.

Vegeta esticou a mão para Bulma que demorou um pouco para aceitar por causa do nervosismo e ansiedade, quando pegou na mão de Vegeta ele a puxou para seu lado e sua cauda se enrolou em sua coxa exposta. Agora que ela se lembrou, teria que perguntar a Vegeta sobre o motivo da roupa ser tão aberta. O príncipe olhou para seu companheiro e o mesmo pegou uma adaga com um rubi na bainha e outras pequenas e delicadas joias e se agachou prendendo a adaga na coxa dominante da menina, ele, particularmente gostaria de colocar a cabeça e a boca no meio delas, mas teria que se segurar por enquanto. Quando apertou o coldre a garota perdeu o equilíbrio e segurou nos ombros do príncipe, eles se encararam, ele viu a incerteza e ela viu a confiança.

- Do que esse ser é acusado? - Ele se virou para o público e mirou na criatura pendurada pelos braços.

Bulma suspira e dá um passo para frente tentando controlar a ansiedade crescente no peito.

- Esse ser é acusado de traição. - Por um milagre sua voz não falha.

A cada frase ela descia um pouco mais.

- De conspirar e tentar matar a mim e ao príncipe herdeiro dos saiyajins, a raça mais poderosa do universo!

- De usar magia para confundir e torturar a minha mente.

- De tentar corromper meu trabalho e minha palavra para com o rei.

- De tentar-

- VOCÊ NÃO MERECE NADA DO QUE TEM! - A acusada gritou.

Bulma continuou a andar e ouviu as reclamações pacientemente.

- VOCÊ ESTÁ EM UM LUGAR QUE NÃO É SEU! VOCÊ NÃO FEZ NADA PARA MERECER O QUE TEM! VOCÊ NÃO TEM HONRA OU CAPACIDADE PARA COMANDAR!

A terráquea de cabelos azuis chegou ao pé da escada e a encarou ouvindo com desprezo suas palavras.

- VOCÊ NEM SEQUER CONHECE O CASTELO OU QUEM TRABALHA NELE! VOCÊ NÃO SABE NADA SOBRE A REALEZA!

Quanto mais ela se desesperava mais Bulma a desprezava.

- V- VOCÊ É FRACA! NÃO MERECE NADA DO QUE TEM! JAMAIS SERÁ UMA SAIYAJIN E JAMAIS CONSEGUIRÁ SATISFAZER OS DESEJOS DA COROA OU DO PRÍNCIPE E-

Vegeta, ainda em cima, bateu o pé e sua energia foi direcionada a presa que começou a sufocar.

- Meça suas palavras ao falar com a princesa dos Saiyajins!

A criatura trincou os dentes e a marca de Bulma brilhou a fazendo sentir uma dor intensa, o príncipe mais que depressa se pôs atrás da parceira que estava lutando mentalmente contra a prisioneira, ele pegou a adaga que estava em sua coxa e atirou na criatura que gritou e Bulma retomou o controle.

- E por último... é acusada de me atacar em público.

Vegeta sorri com crueldade.

- Qual a sentença?

Bulma abaixa a cabeça, inspira e expira olhando com nojo para a criatura.

- A morte.

O povo saiyan vibrou tremendo a arena, Vegeta puxou a adaga da criatura e se colocou atrás do carrasco e segurou a adaga sob sua mão e suas palavras saíram como um suave ronronar.

- Se quiser fazer com que ela sofra, atinja o pulmão.

Mostrou a direção.

- Se quiser fazer com que ela morra lentamente, arranhe a artéria.

Mostrou a forma de cortar.

- Se quiser que morra atinja o coração.

Ele sussurra em um completo êxtase. - O que vai ser, Bulma?

Algo dentro de Bulma se incendiou quando se lembrou da maneira que ela brincou com sua cabeça durante momentos e do amor que ela tirou de suas memórias, da maneira que a fez duvidar de si mesma e de quando a fez colocar sua garganta contra a faca, se ela morresse seu filho também morreria.Se lembrou de quando a mulher a fez esquecer da sua gravidez, dos seus momentos com Vegeta, dos olhares e carícias, das palavras sentimentais que Vegeta nunca mais irá ousar dizer.

- Vegeta? O que você está fazendo? - Vegeta começou a me apertar e senti um cheiro extremamente forte... ele está... bêbado?! - Vegeta... você está bêbado!

- Dói? - Vegeta encostou na barriga com a cauda.

- Porque você.... - Fiquei quieta, talvez seja minha chance de vê-lo de verdade. - Algumas vezes.

- Amu'n ca'zacar.

Peguei o scooter na mesa e o coloquei para traduzir. - Vegeta, eu não entendi o que você disse, pode falar um pouco mais alto?

- Amu'n ca'zacar.

"A dor que você sente poderá me consumir quando não puder mais suportá-la" O scooter traduziu.

- Então você está preocupado? - Ri e acariciei seu cabelo. - Não sabia que você era assim saiyajin.

- Consegue sentir meu filhote crescer dentro de você? - Ronronou e a cauda brincou na minha barriga. - Consegue sentir a força dele?  Consegue imaginar a força que meu filhote terá?

- Consigo sim. - Sorri e apertei o lábio... quem sabe se... - Vegeta... Okay lkages.

Vegeta riu. Não um bufo divertido, uma risada rouca e honesta! Vegeta riu!

- Sua pronuncia é uma vergonha. - Falou entre riso. - Okawy lkagues.

- O que significa?

- Fale comigo.

- O que quer que lhe diga, príncipe? - Brinquei.

Vegeta ficou sério e franziu o cenho. - Em outra vida você foi uma havestia.

- Uma o que? - Franzi o cenho e Vegeta riu de novo. - Ei! Vegeta! O que significa havestia?!

Ela queria que ela sofresse por ter tentado tirar tudo dela, cortou a artéria da perna e quando o fez, puxou Vegeta para um beijo levantando a perna para que ele segurasse, ele fez e puxou seu corpo a fazendo ficar na ponta do pé para se equilibrar. Eles se beijaram de maneira lenta e demorada explorando a intimidade molhada de ambos e se deliciando com o toque molhado das línguas, quando se separou ela expôs seu pescoço para o príncipe que bufou em diversão entendendo o que ela queria e ele também estava gostando da pequena vingança que sua fêmea estava tendo contra a criatura. Ele lambeu e roçou seus dentes contra a pele suada pelo nervosismo e mordiscou o pescoço da garota e ela gemeu, de canto de olho ele olhou para a moribunda e ambos sabiam que a última coisa que ela viu fora seus momentos íntimos, a humana que ela odiava e o príncipe que ela desejava.

E se?Onde histórias criam vida. Descubra agora