7.3

124 8 0
                                    

- Então... Você é..

Ele começou a coçar a cabeça e andar de um lado para o outro, Bulma não precisava ser um gênio para perceber o nervosismo.

- Olha Kakarotto eu estou ocupada agora.

- Eu sei disso, eu sei, é que eu não consigo pensar em outra coisa.

Uma outra batida na porta e um dos empregados chegou com um carrinho de comidas, o cheiro forte e misturado dos alimentos a fez ficar enjoada e correr para o banheiro. Kakarotto esperou um pouco antes de começar a comer os alimentos preparados para ela, ele estranhou o gosto extremamente fraco na primeira mordida que deu na carne assada, o ponto estava perfeito, mas não havia gosto. Ele comeu em má vontade e deixou ali, Bulma notou que ele estava olhando para a carne com nojo.

- O que aconteceu?

- Essa carne está estranha.

Bulma não entendeu o que ele queria dizer, já Kakarotto achou estranho, ele já comeu todos os tipos de carnes que já prepararam, essa está diferente, sua garganta começou a se amargar e seus pelos se arrepiaram.

- Deixa isso para lá. Enfim, eu quero saber sobre a sua companheira.

- Companheira?

- É, sim, sua companheira que veio com você.

- A Chichi? Ela não é minha companheira, ela é minha amiga.

- É a mesma coisa.

- Não é não.

- Claro que é.

- Aí deus, Kakarotto o que você quer?

A paciência de Bulma estava quase acabando.Kakarotto poderia ser ingênuo em alguns assuntos, mas sabia reconhecer os sinais de falta de paciência, os via em Vegeta diariamente. Também notou que seu príncipe já não era mais tão mal quanto costumava ser com ele, agora Vegeta praticamente o ignorava ao invés de bater nele até que desmaiasse, nos treinos o príncipe não punia os novatos até desmaiarem ou perderem a consciência por dois ou três dias, Raditz comentou sobre o príncipe estar sentindo algum tipo de afeição pela terráquea e Nappa brigou com ele dizendo que não, diferente da sua opinião, o príncipe só está sobrecarregado com trabalho e está poupando tempo.

- Eu... não sei. - O rapaz realmente não sabia o que queria, se queria conquistar a fêmea ou se queria tomá-la. Estava tão confuso.

- Que? Como você quer que eu te ajude se você não sabe o que você quer?

- Eu só... quero conhecê-la.

Bulma suspirou e apertou o osso do nariz, esse garoto é... não há palavras para descrever Kakarotto.

- Olha, eu não conheço muito bem a Chichi, mas pelo que eu pude perceber, ela é companheira e amiga. Acho que se você se abrir com ela, ela vai te olhar com outros olhos.

- Me abrir? O que quer dizer?

Bulma se lembrou que os saiyajins não tem o costume de falarem sobre seus sentimentos, para fazer Vegeta falar, foi preciso sexo e estar em uma sala que ninguém conhecia, ela não vai levar Kakarotto para uma sala que ninguém conhece ou fazer sexo com ele. Esse pensamento a deixou com repulsa.

- Bem, sabe... é só você contar seus pensamentos profundos e coisas parecidas.

- Eu não...

O scooter tocou e Bulma se lembrou de dar a ele o seu protótipo, esperou que terminasse a ligação em língua saiyan e em outra língua que não entendia. Estava se levantando para ir embora quando foi parado por Bulma, ele a olhou com dúvida, o que ela quer? 

E se?Onde histórias criam vida. Descubra agora