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Ele não tinha resposta para essa pergunta também. Olhos negros fitaram o azul profundo e ainda ariscos entretanto, menos do que estavam há alguns segundos, estava se acalmando e para Vegeta isso é bom, se continuasse assim não teria dor de cabeça naquela noite.

- Você está doente. - Foi a única coisa que conseguiu responder e era verdade. 

- Eu estou bem. – Agora as memórias nubladas clarearam. O garoto! – Onde está? Onde ele está?

- Quem? – Se lembrou. – Ah sim, o garoto. Ele está se recuperando.

- Eu quero vê-lo. - Impôs.

- Você não pode.

Vegeta começou a achar a terráquea um ser extremamente estranho e esquisito, ela se preocupa mais com os outros do que com ela mesma. Definitivamente, foi um milagre os seres humanos terem sobrevivido durante anos.

- Me impeça. – Dizia enquanto se levantava da enorme cama.

Vegeta nada disse e penas a observou, ela não iria longe.

Por alguns instantes Bulma se sentiu bem, estava caminhando até a enorme porta quando sua visão e pernas falharam e por um segundo poderia jurar que seu coração também.

Iria se espatifar no chão se não fosse pega pelo braço, olhou para ele e não conseguiu decifrar o que estava passando pela cabeça real do príncipe, ele foi egoísta e mal educado, então porque agora estava sendo gentil? Tentou manter o equilíbrio, inútil, se ele a soltasse, com certeza cairia e se surpreendeu com a próxima ação feita, Bulma foi carregada até a cama de uma maneira que não esperava, os músculos estavam rígidos contra sua pele e se sentia quente. Vegeta, o príncipe orgulhoso dos saiyajins estava carregando Bulma Briefs como uma princesa.

Ficou quieta e surpresa. Não esperava isso dele, na verdade não esperava nada dele. Recuou quando ele novamente tentou colocar o pedaço de pano na testa dela.

Ele ficou irritado, como aquela fêmea ainda doente conseguia negar seus cuidados? Ela estava sendo tratada pelo príncipe dos saiyajins, é uma honra! Então como ela estava recusando tal honra? Fechou a cara, demorou um pouco para que ela aceitasse a toalha na testa e quando ela fez, notou a vermelhidão que ficou mais aparente no rosto dela, o corpo estava forçando mais do que podia. 

O saiyan estava acostumado com um calor corporal alto, completamente diferente dos seres terrestres que tem o calor corporal extremamente baixo e que não se compara a de um recém nascido. Essa fêmea está com quente como uma saiyan. Seu corpo deve estar lutando contra a infecção e qualquer coisa que toca sua pele, já que o líquido da toalha parece estar sendo sugado e expelido simultaneamente.

Bulma esperou e observou quando Vegeta torceu a toalha e a mergulhou na água, quando a toalha fofa encostou no seu corpo quente, por puro reflexo tentou tirar a toalha, mas foi parada pelo príncipe.

- Não tire. - A repreendeu como faria com um filhote.

- Mas está queimando. - Gemeu e tirou tirar a mão do homem que estranhamente está mais forte que o comum.

- Seu corpo está lutando contra o restante do veneno, não faça muitos movimentos ou vai piorar sua situação.

- Mas está queimando. - Bulma realmente não gostava de implorar em situações como essa, mas aparentemente é a sua única opção.

Vegeta sabia que estava, mesmo os filhotes saiyans sofriam o efeito colateral do veneno por um ou dois dias. Para um terráqueo que foi envenenado, os efeitos poderiam ser imprevisíveis e aparentemente febre alta e vermelhidão são alguns dos efeitos. Não havia muito o que fazer, o calor corporal dos saiyajins é alto e se ele tentasse fazer qualquer coisa poderia piorar a situação dela.

Então fez o mais provável e menos predicável, encheu a banheira de água fria, demorou um pouco, a pegou no colo de novo e a levou para o banheiro, a garota, por sua vez, foi resmungando o caminho. Seria indelicado da parte dele jogá-la na banheira de uma vez?

Vegeta, mesmo não querendo, reagia a ela, as baforadas contra seu peito não era desgostoso, nem irritante, ele só... não se incomodava. Diferente das outras vezes que dormiu com uma cortesã e logo após o ato as mandava embora ou as matava, ele não se incomodava com a respiração quente contra seu peito.

- Tire a roupa. - Ordenou. 

- O que?

Sua voz estava cansada e ofegante, seu rosto claramente mostrava a surpresa e negação com sua ordem. Vegeta então refletiu no que havia dito e percebeu que se quisesse que ela ficasse sem roupa, ele teria que fazer.

- Você precisa esfriar.

Se sentou na beira da banheira de mármore branco, os pés da garota tocaram a água gelada e ela prendeu o ar, Vegeta viu a garota se assustar e ficar apavorada com a diferença de temperatura. 

Tirou a blusa e entrou na água, puxou a garota vestida que gemeu com o choque da água e seus corpos. Sua cauda se atiçou e ele ficou incomodado, para não dizer excitado. Os humanos faziam barulhos interessantes, realmente muito interessantes, mas agora não era hora para pensar nesse tipo de coisa. Colocou a mão na testa da fêmea e sentiu uma turbulência na sua temperatura, as pequenas mãos subiram até seu pulso e tentaram forçar para longe, era engraçado, ela não desistia de tentar recusar seu toque mesmo que significasse que ficaria doente por muito mais tempo que o necessário.

A única coisa que é ouvida no banheiro é a respiração pesada e ofegante que ele já estava ficando irritado de ouvir, por quanto tempo mais ele precisaria ficar ali? O corpo humano é tão frágil daquela maneira? As roupas saiyan marcavam o corpo atraente dela, mas seu olhar se focou no ventre que seu pai, impudentemente e estupidamente, colocou sua semente.

No que seu pai estava pensando quando fez isso? Porque ele fez? Ele e a garota nunca se dariam bem, se seu pai achava que ele cuidaria da criança estava redondamente enganado! Um de seus empregados bateu na porta, eles nunca entravam nos seus aposentos e apenas faziam quando eram mandados por seu pai.

- O que é?

- O rei me mandou para dar o antidoto do veneno. - Respondeu.

- Traga-o.

O ser saiyan entrou e deixou a poção na escrivaninha perto da banheira que Vegeta usava quando precisava tomar banho e cuidar de assuntos reais, seus empregados já haviam aprendido que é prudente entrar uma vez por dia nos aposentados do príncipe ou sofreriam com seu mal humor o restante do dia, antes de sair o empregado fez uma referência e saiu. Mas voltou segundos depois.

- Senhor?

- O que é? – Rosnou.

- O rei deseja vir em seus aposentos, deseja que lhe traga o jantar para três ou devemos preparar a sala de jantar?

- Pode trazer.

- Sim senhor. Também gostaria de avisar que a tenente Nyxxy deseja visitar a terráquea, devo permitir sua entrada?

- Porque?

- Pelo meus conhecimentos, ela foi encarregada de ficar ao serviço da terráquea por ordem de sua majestade, o rei.

- Meu pai de novo. É só isso?

- Sim senhor príncipe. Deseja algo antes da minha saída?

- Traga roupas femininas para a terráquea.

- Posso perguntar de qual tamanho deseja senhor?

- Os terráqueos são pequenos, traga roupas para jovens.

- Sim senhor, peço para me retirar.

- Vá e me avise quando meu pai chegar. – Antes de sair, chamou sua atenção. – Não deixe boatos estranhos se espalharem. – A ordem do príncipe foi clara e com certeza havia um tom de ameaça na voz.

O empregado cujo nome Vegeta não se lembrava mas sabia que começava com K se retirou e os deixou em paz. Vegeta mediu a temperatura de novo e notou que a água havia ficado morna, a garota estava pegando fogo, literalmente. Pegou o remédio e ergueu o queixo da menina, frágil demais, poderia quebrar seu pescoço facilmente, desceu a mão para o pescoço da garota e pensou seriamente em esmagar, mas seu pai falaria na sua cabeça até que a sua raça sumisse por conta própria. Vegeta ficou curioso.

E se?Onde histórias criam vida. Descubra agora