- Do que estão falando Whis? Que missão?
- Isso senhor Bills... É algo que terá que assistir por si mesmo.
- Tem a ver com meu sonho, não é?
- Tão perceptivo senhor. - Whis sorriu e se levantou, olhando para o garoto. - Irei conversar com Dendê a sós, senhor Bills, irei te mandar de volta para casa, nosso tempo ainda não é chegado.
- EI! WH-
O deus da destruição desapareceu, seu ajudante se levantou e encarou os saiyajins, uma raça orgulhosa, ele é mais forte que todos eles, claro, mas já estava interferindo demais no destino deles. Seu pai estava observando suas ações igualmente as de seus irmãos, se interferisse mais, seria apagado da realidade e deixaria seu pupilo a mercê de um de seus irmãos... Isso não seria bom. Mas, um jogo de palavras não seria intromissão, seria?
- Senhores. - Ganhou a atenção deles. - Tempos cruéis estão chegando, no momento de desespero, a luz carmesim aparecerá.
- Senhor Whis, o que-?
- Não deixem de acreditar em seus companheiros.
Whis desapareceu levando Dendê consigo. Os dois saiyans encararam um ao outro, o rei respirou fundo, o que aconteceu? Porque Whis mandou o deus para casa? O que quis dizer com tempos cruéis?
A terráquea loira suspirou, fazendo com que uma veia aparecesse na testa do príncipe, o pai deu ao filho sua aparência, seu humor e sua falta de paciência. O rei estava observando a terráquea, se ela ficasse calada talvez pensaria sobre o assunto, mas toda e qualquer possibilidade de se aproximar da mãe da terráquea desapareceu no instante que ela abriu a boca.
- Ora... O que aconteceu?
- Mulher, sugiro que não fale do que aconteceu aqui para ninguém.
- Oh, tudo bem. - Sorriu. E o rei suspirou. Como Vegeta aguenta a terráquea?
Bulma estava olhando cada canto do castelo a procura de Dendê.
Eu não aguento mais! Eu preciso fazer alguma coisa, ficar estudando esses arquivos de pessoas que eu nem conheço não vai me levar a lugar nenhum. Eu posso fazer uma resenha de cada minério que os saiyans possuem, só que não adianta nada saber a teoria e não colocar em prática! Eu não posso sair da cama ou esses cachorros, projetos de cachorros, sei lá o que é isso, ficam agressivos e não me deixam sair, se fosse um, até que dava, mas são dois.
Bom, não adianta fazer muita coisa ou surtar por isso, deitei da enorme cama de algodão, pena ou outro material, dá pra ficar em qualquer posição. Aí. Droga! Por mais que não tenha nenhuma cicatriz eu consigo sentir... Cada músculo costurado, cada nervo... O bebê...
- Você é bem forte...
Dedilhei o inchaço, de acordo com os médicos ele está bem, conseguiu suportar.... Mas eu... morri.
Minhas mãos começaram a tremer e abracei a coberta procurando um consolo que não teria. Essa criança é forte, é muito forte... o que vai ser de mim quando essa criança nascer? De acordo com Nyx os filhos matam as mães no nascimento. Eu... Não quero morrer.
É frio e sozinho, uma escuridão sem fim, um mar negro que te sufoca e te afoga e coloca um peso no seu corpo que te faz cair nesse negro, não existe passado, presente ou futuro, céu ou inferno, apenas o despertador vazio. O frio que congela os ossos e congela cada fio de esperança que pode existir... E eu não quero ficar sozinha! Eu não quero passar por aquilo de novo... eu até que gosto de ficar sozinha, mas acontece que... Eu não quero morrer.
Os cachorros vieram para a cama, ficaram receosos ao chegar perto, mostrei a palma da mão e esperei que viessem, vieram e acariciei o que parece ser sua pele, me lembrou muito os gatos sem pelagens, estranho, mas familiar. Eles sentem o medo? Talvez... Puxei as cobertas e as abracei, o cheiro dele, suor, sangue e terra molhada.
Uma mistura que combina perfeitamente com um soldado solitário que fez o que precisava fazer, um soldado sozinho e solitário. Mas um soldado presunçoso, arrogante, orgulhoso e teimoso! Apertei as cobertas como se fossem o pescoço daquele saiyan imbecil e ignorante! E incrivelmente bonito e viril que sabe como fazer um sexo maravilhoso... Mas ainda continua sendo arrogante e orgulhoso!
Mas... Essa é a minha vida agora, uma incubadora humana. Ele é muito pequeno para de mover, mas consegue lutar para se manter vivo. Ele vai ser um guerreiro muito forte, sei que vai. Esse bebê sobreviveu a muitas coisas, está sendo forte mesmo não tendo cinco meses, ele só tem dois e quase morreu. Pelo que pude ouvir, você ficou sem oxigênio por dois minutos, como você pode sobreviver? Em teoria você deveria estar morto. De acordo com as leis e realidade na terra, mas agora... Eu estou em um outro planeta.
Mas afinal, porque eles querem um herdeiro meio humano meio terráqueo? Eles precisam de algo nessa mistura, uma coisa que os saiyans sozinhos não conseguem, vou ter que dar meus pulos para tentar descobrir o que é.
Um bater na porta me assustou e mandei entrar, um ser cinza com a mesma estrutura óssea dos humanos, seus olhos são completamente negros sem pupilas ou íris, havia algo em baixo dos braços, tecido? Não. Me lembra muito os esquilos voadores, poderia ser? Talvez. Suas orelhas são pontiagudas e possuem furos, sua pele está marcada com símbolos, queimaduras, marcadas com um padrão, uma história, um rito.
De alguma forma, senti que aquela criatura está com raiva, na realidade furiosa. Os cachorros rosnaram para ela e com um estalar de dedos adormeceram, ela não é empregada do castelo, seja quem for, não gostava da minha presença.
- Quem é você? O que está fazendo nos aposentados do príncipe?
- Você fala minha língua?
Fiquei surpresa, a língua da terra é conhecida universalmente? Isso é uma novidade.
- Meu povo compreende e dialoga com todos os idiomas do universo, e o seu, terráquea, é o mais baixo de todos.
Rangi os dentes, ela é poderosa, mas não vou deixar ninguém desmerecer meu planeta!
- A questão aqui é, quem é você e o está fazendo aqui? Eu posso mandar matar você! - Menti irritada.
- Mentira. Eu consigo ouvir seus pensamentos.
A criatura agarrou meu pescoço e os negros encararam minha alma, eu estou de volta no vazio. Eu tenho que sair! Eu preciso sair daqui! Ela vai me matar! Eu vou morrer! Eu tenho que sair! Arranhei sua pele ou algo parecido.
De maneira brusca ela largou meu pescoço e olhou para mim, o negro se transformou em um vermelho fogo e minha cabeça queimava! Senti meu cérebro derretendo e o sangue escorrer! Minhas memórias com o príncipe voltaram e ela assistiu tudo o que fizemos. Minhas noites no laboratório, meus projetos, senhas, tudo! Ela vasculhou toda a minha mente a procura de informações e ela sabia, conhecimento é poder e essa mulher tem um enorme poder sobre mim. Um sorriso cruel apareceu em seus rosto.
- Interessante... Muito interessante. Eu vou me divertir muito com isso.
- ⨆⨉⨞⨝ !
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E se?
FanfictionE se o rei Vegeta se recusasse a trabalhar com Freeza? E se uma rebelião causasse a morte de meio planeta? E se o rei se submeter as ordens de Freeza como um cachorro na coleira? E se um rei rastejasse na lama implorando por seu perdão? E se Freeza...