3.9

127 9 0
                                    

- É, as crianças saiyan possuem um poder que é desperto em noites de lua cheia e é o único dia em que as luas se tornam uma e isso potencializa nosso poder e nos transforma na forma perfeita de Oozaru.

- Você já... Conseguiu?

O menino não respondeu, apenas continuou a estudar o animal. Bulma percebeu que o garoto não queria tocar no assunto, se ele foi criticado quando ela o ajudou, ele também não deve ter conseguido chegar na transformação ideal para um saiyajin. Se lembrou de algo que leu uma vez e talvez fosse o suficiente para ajudá-lo, mas seria um tiro no escuro já que saiyajins não são sentimentais.

- Uma vez eu li que quando queremos conquistar algo sem sentimento, nunca conseguiremos.

- Você leu isso no seu planeta?

- É, porque?

- Está explicado então.

Havia um certo deboche no comentário do menino que Bulma resolveu deixar passar em branco. Notou as cores no céu e percebeu que já estava na hora de voltar. Naquele dia havia conseguido a informação que precisava e precisava trabalhar para conseguir ligar os pontos e resolver essa equação. Se levantou e antes de se dirigir ao castelo complementou a frase que havia lido em um livro de ficção.

- Quando temos algo para proteger superamos nossos limites e nos tornamos muito mais fortes do que realmente somos.

Antes de caminhar Lunari a interrompeu. – Você tem algo para proteger?

Ela continuou andando e quando estava em uma distância segura respondeu para si com ternura. – Sim, eu tenho.

A volta foi mais tranquila, alguns dos empregados a cumprimentava com uma reverência e perguntavam se ele precisava de alguma coisa e ela negava. Alguns murmúrios a seguiram e ela pode identificar alguns, falavam sobre ela ser uma vadia que por ser diferente era a preferida do príncipe.

Bulma pensou que era um elogio, já que ele basicamente quer mata-la de qualquer jeito. Bulma riu com o pensamento dela sendo a preferida do príncipe, isso nunca vai acontecer. Ela? Com o príncipe? Os dois? Juntos? Só se um milagre de sete reinos acontecesse.

Bulma passou no seu quarto e viu que havia uma muda de roupa, a olhou e notou que é praticamente a mesma que a que está vestindo, só muda que o tom é mais escuro. Bulma suspirou, os saiyajins não tem nenhum senso de moda ou de cor e isso é deprimente.

Bulma tomou um banho e precisou voltar na temperatura mais fria que perdesse encontrar, mesmo que estivesse na menor temperatura, seu corpo reagia como se estivesse no outro extremo. Mal conseguia deixar a mão em baixo da água que sentia como se estivesse a colocando em uma panela de óleo fervente. Da maneira mais ridícula que pôde pensar, fora obrigada a tomar banho entrando e saindo da água. Quando terminou, olhou para o banheiro e começou a rir com descrédito, o que havia acontecido com sua vida?

Saiu e foi para a sua sala de trabalho e estudo. O que recentemente achava ser inanimado, revelou ser uma forma de vida com uma casca praticamente invencível, que protege a sua verdadeira pele que é feita de ácido e é incrivelmente sensível. Mas existe uma parte desconhecida dessa equação, porque os Kaal estavam particularmente interessados nas caudas dia saiyajins? Não tem muita coisa especial na cauda deles, é apenas uma cauda. Então porque eles estavam interessados? É uma coisa estranha de se pesquisar e se interessar.

Bulma se cansou de pensar e de tentar achar um motivo ou sentido em toda essa bagunça. Outra coisa sem sentido, a única coisa que os machuca é a substância que compõe seu corpo. Como algo que te machuca é o que te constrói? É como combater fofo com fogo, não faz sentido!

- AH! - Bulma gritou. Seu protótipo a olhou com curiosidade. - É difícil não saber o que fazer.

A porta se abriu e o príncipe cambaleou cansado e machucado até a máquina de cura no interior da sala, como estava escondida Bulma esqueceu da sua existência. Olhou de relance para o príncipe, ele parece ser alguém que não se machuca facilmente, o que aconteceu?

A garota se lembrou da ação do príncipe, ele a salvou de ser destruída pelo tornado feito pelo velho. O que o redemoinho fez com as árvores provavelmente não era nada comparado ao que poderia fazer com seu corpo. Ela... Deveria agradecer ao príncipe? É o certo a se fazer. Mas deveria realmente? Ele a salvou e em contrapartida invadiu seu planeta, levou sua família, a sequestrou e como se não bastasse, colocou um filho dentro dela! Não. Definitivamente não ia agradecer.

- Terráquea. - O príncipe a chamou.

- Que é?

Bulma deveria controlar seu palavriado, mas foi mais forte que ela! Com toda a certeza, não deveria falar assim, estava tão irritada e estressada pelos acontecimentos recentes que esqueceu que o ser que a chamou é simplesmente o príncipe dos saiyajins e um guerreiro crue. Ah, Bulma iria morrer, com toda a certeza.

- Você não preza por sua vida não é?

Vegeta a respondeu com um tom de descrença e divertimento. Ele deveria incomodar a terráquea mais vezes.

- Acho que você preza mais para a vida que está em mim. - A garota respondeu ríspida.

O garoto cerrou os olhos, aquela humana era tão insolente e não tem nenhum senso de sobrevivência! Mesmo que ela carregue seu herdeiro e que quando nascer precisasse dela, ela não precisaria ter todos os membros do corpo, certo?

Com sua velocidade grudou no pescoço da garota e forçou sua garganta para trás, curvando suas costas e ficando perigosamente perto do rosto apavorado. O cheiro da terráquea misturado com os aromas saiyan agradou seu olfato, principalmente o cheiro de seus cabelos azuis, Vegeta poderia se deliciar com esse cheiro todos os dias. O medo estava estampado no rosto da humana e não demorou muito para que a chama nascesse em seu olhar, apertou o pescoço frágil e sentiu a garota fracassar em engolir a saliva e de certo modo gostou disso.

- Escute, terráquea. – Rosnou contra a orelha pequena. – Você pode ser um casulo precioso de meu pai, mas eu... Eu não me importo com sua existência.

Seu aperto subiu para a mandíbula e a apertou virando levemente o rosto para o lado. Vegeta não resistia quando achava uma chance para provocar e ver a chama vermelha se tornar púrpura.

- Meu pai precisa de você viva mas não inteira... – Lambeu e mordeu a orelha, se deliciou com a maciez da carne humana. – Devo começar por onde?

- M-me solte!

As pequenas mãos tentaram empurrar o corpo que apenas a pressionava, a cauda se desenrolou da cintura e segurou os pulsos e as trouxeram para baixo. Vegeta notou o maravilhoso cheiro de medo e uma solitária gota de suor no pescoço pálido, o quão medrosa ficaria se brincasse perto da sua jugular?

Abriu caminho pelo pescoço e deslizou o nariz de cima para baixo e sugou o meio da laringe deixando uma marca avermelhada.

- Se lembre, eu posso rasgar essa marca na mesma velocidade que você grita por piedade.

- V-você é um monstro! – Range.

- Humana.... Eu sou muito mais que um monstro.

Sua voz ficou extremamente rouca e os olhos pretos demonstravam crueldade e diversão. Bulma se viu em um enorme mar negro de maldade e crueldade, aquele saiyajin a mataria em um piscar de olhos, mas ele aparenta querer tortura-la primeiro. Bulma começou a tentar lutar contra ele e Vegeta se divertiu.

Alguém bate na porta e Vegeta não corta o contato, ele não tinha receio ou pudor de alguém o ver dessa maneira. É completamente diferente, ele queria que alguém os visse para que aquela terráquea entendesse que nada do que fizesse a livraria do seu destino. A faria entender que está sozinha e por mais que tente pedir ajuda, ninguém virá, porque está sozinha.

- Senhor? – Nappa entrou.

- O que é?

Rosnou e viu o olhar da sua presa se transformar em um completo pânico. Finalmente estava acordando para a realidade cruel, e aprenderia da maneira mais divertida para ele e amedrontadora ela.

- Deseja que eu volte mais tarde? - O soldado perguntou com malícia.

E se?Onde histórias criam vida. Descubra agora