6.5

117 7 0
                                    

Bulma se impressionou com suas ordens precisas e rápidas, reconheceu os aromas suaves dos temperos do seu mundo e sua boca salivou, instantes depois veio uma onda de náusea extremamente forte, bambeou e se dirigiu a saída.

- Caramba filhote... O que é que você quer?

Sussurrou chateada. Seu corpo já estava fraco e mal conseguia raciocinar, Bulma precisava comer ou definharia.

- Bulma? – Chichi se aproximou secando o rosto e pescoço com uma toalha. – O que está fazendo aqui?

- Chichi? - Bulma engoliu o enjoo e colocou sua máscara de sorriso. - Olá, eu estou procurando a Nyx.

- Bem... a essa hora ela deve estar treinando com os rapazes. - Bulma não deixou de notar o quão a vontade a amiga estava. -  E quem é esse pequeno?

- Ele é o Dendê... Ele é só uma criança.

Bulma disse mais baixo do que pretendia e o tom não passou despercebido pela outra, puxou a amiga pelo braço e saiu até o corredor que tinha enormes pilares brancos com detalhes esculpidos, Bulma se sentou na borda olhando para a paisagem verde e cores escuras, animais voadores e terrestres passeavam pela região, a azulada não deixou de notar que Chichi estava ficando familiarizada com o ambiente.

- O que está acontecendo?

- O que? Como assim?

A morena encarou a azulada, como abortaria o assunto? Teria que ser direta? Evasiva? Como poderia dizer que estava gostando de ficar ali e que estava gostando de um saiyajin?

- Bulma...

- Chichi, você gosta daqui?

- Como assim? - Essa pergunta a deixou surpresa.

- Da onde você está, das pessoas que conheceu, do planeta em que estamos. Você gosta?

- Olha amiga, para ser sincera não havia muita coisa para mim na terra e aqui... bom eu comando uma cozinha com muitas pessoas que alimentam muitas outras. – Suspirou e encarou o céu avermelhado. – E mesmo que eu tenha tentado controlar, não consegui e talvez você fique chateada comigo ou não, mas eu gosto do Kakarotto, eu realmente gosto dele.

Bulma a encarou sem saber o que dizer, pensar ou sentir, elas não estavam em situações parecidas, ela não mandava na vida da amiga, mas e se ela estivesse sofrendo da mesma síndrome? Podia ser! Mas... Seria realmente a síndrome?

- Você tem certeza?

- Sim, eu tenho sim.

- Como? Tipo, como você sabe? Que é seus sentimentos e não outra... Coisa? - Bulma estava confusa e estava confundindo a cozinheira.

- Coisa? Que tipo de coisa? Ah. Não, não é, é apenas eu.

- Como pode ter certeza? - Bulma estava com medo. Não queria aceitar e nem admitir. Não podia.

- Pelo que sei as pessoas que sofrem com a síndrome, depois de uma conversa vem uma enorme culpa e receio, esses sentimentos também aparecem quando você não está com ele você sente medo mas.... - A antiga princesa órfã encarou a herdeira azulada. - Bulma, quando eu não estou com ele, é como se... faltasse algo. Como se faltasse cola em um quebra cabeça, você pode ou não usar, mas nesse quebra cabeça que é minha vida... eu prefiro com a cola.

- Eu não sei... O que eu devo sentir. A raiva pela invasão, a mágoa por engravidar contra a minha vontade, a raiva por não poder contar aos pais, a raiva de ficar sozinha.

- Uma coisa de cada vez. Agora, você precisa achar Nyx para que dendê fique seguro. E depois conversamos sobre nossos sentimentos... Mas saiba que... Está tudo bem.

E se?Onde histórias criam vida. Descubra agora