Eles se encaravam, tentando entender o que eram ou o que seriam, não havia nada para os juntar, não havia nada em comum, nada. Então porque sempre se encontravam? Porque havia uma conexão entre eles? Porque.. seus pensamentos sempre acabavam com a imagem de sua aparência? Porque sentiam que haviam criado uma conexão? Porque Vegeta se sentia em paz quando estava com ela? E porque Bulma não se sentia angustiada mais? Bulma quis falar, mas o que falaria? Como conversaria com um saiyajin que não tem nada em comum com ela?
Vegeta acariciou o azul e o beijou, um ato de ternura da sua parte, Bulma enterrou os dedos no cabelo negro e se surpreendeu com a maciez, Vegeta se entregou ao carinho novo, a garota ouviu o ronronar do rapaz, ele não parecia um macaco como está em seu DNA, ele parecia mais um gato.
- Vegeta?!
A voz de seu pai foi ouvida segundos antes de abrir bruscamente a porta, seu filho tinha uma velocidade incomparável, mas a velocidade do rei é superior a dele. Pode ver o corpo cheio de mordidas e os olhos inchados. Vegeta pegou sua capa carmesim e a cobriu escondendo o corpo contra seu peito, sua cauda se eriçou e ele se tornou arisco a tal ponto que não controlou suas próximas palavras não escondendo a ira em cada uma delas.
- Saia.
- Vegeta.
- Você não ouviu? Eu disse para SAIR! – Urrou.
O rei não entendeu o comportamento do filho, viu suas costas arranhadas e notou os caninos mais afiados e o negro se tornando um vermelho escuro. É um terreno perigoso e teve receio de ultrapassar a linha que seu filho havia traçado. Então saiu.
Vegeta encarou a garota vulnerável, não poderia sair daquele quarto mesmo que quisesse, se ela fugisse a encontraria e a traria de volta para seus braços, porque esse é o seu lugar. O lugar de Bulma é em seus braços. A capa carmesim combinava com ela, Vegeta colocou o rosto na curva do ombro da menina e inalou o perfume de sexo, suor e sangue. Lambeu o salgado, sua parceira se arrepiou.
Estava cansada, seu quadril e sua vagina doíam muito mais do que poderia imaginar, não conseguia se mover ou ter forças para tal, deveria se sentir enojada e horrorizada pelo que acabara de passar... Mas não. Não se sentia invadida, não se sentia horrorizada, apenas... Quieta. Os olhos opostos mostravam uma infinidade de um mar negro e obscuro que poderia ser considerado amedrontador para outros, mas para ela o enorme e vasto oceano é pacífico. Ele é cruel, um assassino e um invasor, mas ali, naquele momento entre estranhos juntos pela loucura de um rei, eles são apenas um casal.
Atos loucos e imprevisíveis. Bulma levou suas mãos mordidas para cercarem o pescoço do seu companheiro, seu olhar recaiu para seus lábios, se aproximou e ele se afastou, cerrou os olhos e ele sorriu cima lateral do lábio, se aproximou e agora ela se afastou devolvendo o sorriso. Bulma beijou o maxilar de Vegeta e lambeu seu contorno até chegar no lóbulo, seu suor é forte. Beijou a extensão de seu pescoço chegando nos seus arranhados onde o lambeu retirando um rosnar do fundo do peito. Ele é fácil de irritar.
Atos loucos. Observou sua barriga que cresceu um pouco nesse tempo, não havia como mudar o passado, mas ela podia aceitar seu futuro e tomou uma decisão. Criaria seu filho contra toda a cultura dos saiyajins, eles eram cruéis e ele seria bom, ele seria o que os saiyans jamais esperariam que ele fosse, um príncipe bondoso. Deslizou os dedos contra os gomos musculares que se contraíram, a ponta de seus dedos esperaram antes de ir para o final de seu útero, encarou e voltou seu olhar para ele fazendo uma pergunta silenciosa, irá cria-lo comigo ou me deixará?
- Meu pai me aguarda.
- Você... vai voltar?
- Não.

VOCÊ ESTÁ LENDO
E se?
FanfictionE se o rei Vegeta se recusasse a trabalhar com Freeza? E se uma rebelião causasse a morte de meio planeta? E se o rei se submeter as ordens de Freeza como um cachorro na coleira? E se um rei rastejasse na lama implorando por seu perdão? E se Freeza...