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Vegeta parou e observou o saiyan sem rumo, seu dever como príncipe é orientar e guiar seu povo para a libertação e como poderia fazer isso se nem conseguia mostrar a direção para seu soldado? E como ele deveria orientar seu soldado em um campo que nem mesmo ele havia explorado? Havia muitas perguntas sem respostas e como guiar Raditz é uma delas.

Cruzou e apertou os braços, olhou para cima esperando encerrar o céu, mas encontrou a terráquea de cabelos azuis observando as luas de seu planeta. O avermelhado do céu combinava perfeitamente com os azuis que voavam contra o vento. Aquela imagem poderia ser esculpida nas paredes de seu quarto que ele jamais cansaria de olhar.

Seus olhares se encontraram e o príncipe viu a tristeza no olhar da azulada, as mãos delicadas repousaram no ventre e ambos encararam seu segredo, ambos não queriam e por obra do destino haviam se juntado, Vegeta precisava seguir em frente para salvar seu povo e Bulma precisava seguir em frente por sua família. As mãos de Vegeta se fecharam quando a viu entrar e seu nariz sentiu o cheiro familiar de lágrimas, ela estava triste e chorando. Ele não se importava com a mulher então porque se sentia incomodado ao saber que ela estava chorando?

- Príncipe? Está tudo bem?

- Sim, está. Porque a pergunta?

- Está liberando energia.

- Está dispensado.

O príncipe fez seu barulho típico de desaprovação e se dirigiu a porta para entrar no palácio, seu peito bombardeado um sentimento estranho e ridículo, a cauda agitada denunciou sua confusão para um dos empregados.

- Senhor príncipe, está tudo bem?

O empregado trazia um carro de mão repleto de alimentos, estranhou, não havia pedido o jantar no quarto então o que trazia um de seus empregados no até seu aposento?

- O que faz aqui?

- Sua majestade me disse para manter a terráquea saudável.

O príncipe deu passagem para o empregado que não demorou muito para sair, Vegeta demorou um pouco mais para entrar, não sabia o que estava fazendo, ele estava em seu aposento, não deveria se sentir receoso por entrar no seu quarto. Mas estava.

Entrou e parou na frente da porta, na sua cama a terráquea repousava coberta e com os guardiões em cada lado da cama. De certa forma haviam se acostumado com a presença da estranha e se sentiam confortável aí dormir perto dela. Quanto tempo havia se passado desde que seu pai havia lhe dito que a terráquea estava prenha? Não havia passado muito, provavelmente alguns períodos, parecia uma eternidade para ele.

Agora que estava mais perto, pode ver as feições humanas, mas algo estava errado. Ela está mais magra, seu coração batia com menos força e a sua pele não estava da cor que estava antes, algo não estava certo. Foi aí que ligou os pontos, os alimentos, ela não estava se alimentando da forma correta. Estava se matando aos poucos, estava matando sua prole! Sua ira acendeu ao ponto dos guardiões acordarem e ficarem agitados na cama fazendo com que Bulma acordasse.

- O que...?

- Você não está se alimentando! – Rosnou.

Fora descoberta, engoliu em seco e ignorou os protestos de fome do seu estômago igualmente como vinha fazendo os dias anteriores, estava vivendo tomando apenas um líquido que ela imaginou que se assemelhava a água de seu planeta, que ao contrário da água, esse líquido é forte então podia tomar e não se alimentar. Estava funcionando até então.

- O que isso importa para você? - Bulma disparou com raiva.

- Você carrega um herdeiro, o herdeiro de VEGETA-SEI!

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