Capítulo 11

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Uma semana depois, Cristiane, ou agora Lavínia estava sempre sentada no chão encostada na cama abraçando suas pernas enquanto escora sua testa em seus joelhos, escondendo assim seu rosto, ela se recusava a aceitar sua situação, ela tentou por diversas vezes se lembrar em detalhes sua última memória como Cristiane, o que só a fez ter certeza que havia morrido e não sofrido um acidente, a dor que sentiu em sua mão agora enfaixada era uma prova definitiva que estava viva e que tudo era real, ela não havia saído do quarto, ''a doença grave'' diagnosticada pelo doutor era uma desculpa perfeita, Mia vinha com frequência e a olhava da porta que estava entreaberta e a via na mesma posição sem se mover um único centímetro na maior parte do tempo, ela havia levado as refeições da garota que no início quase que forçadamente aceitava comer, mas a gentileza de Mia a amoleceu ao ponto de comer cada grama. Sua memória eventualmente vagava lembrando de sua família, amigos, do seu trabalho, da sua ex e de da garota que nem teve chance de conhecer, Amanda estava sempre vindo a sua mente, aquela que foi amiga e irmã, a quem nunca mais veria, estava arrependida de não ter ligado mais vezes para seus pais, no último ano ela tentou se lembrar se havia falado com um deles por telefone, mesmo que por mensagem, mas não conseguia ter certeza, lágrimas eventualmente escorriam de seu rosto e ela sofria de falta de ar, sentia que iria morrer, Mia sempre entrava correndo em momentos assim e lhe dava um chá feito de uma erva calmante recomendada pelo doutor, precisava força na garganta de Cristiane que adormecia ainda com lágrimas nos olhos inchados e vermelhos, aquilo fazia o coração de Mia ficar apertado, a situação parecia que não iria nunca melhorar, mas com o tempo, ela finalmente passava a erguer seu rosto, e olhava em volta do quarto, depois de quase três semanas, ela percebe que não pode mais continuar daquele jeito e é hora de se levanta, pois por mais que doa e que seja uma realidade que nunca mais vera as pessoas que ama, ela precisa tentar seguir em frente por si mesma e por elas, ela vai até o espelho na penteadeira, ela olha fundo em seus olhos e vê as olheiras em uma carranca cansada e abatida.

Lavínia - Não posso continuar desse jeito, essa é minha realidade agora, o que significa que eu de fato reencarnei, preciso descobrir mais sobre esse mundo é minha realidade atual, a única coisa que sei é que minha aparência lembra bastante a da Vilã Lavínia e que possuo o mesmo nome, mas seria loucura ter reencarnado em um mundo de ficção. - Ela arfa com força -. Lavínia - Vamos ao trabalho.

'' Lavínia - Já se passaram dois dias, passei a conhecer melhor minha situação e é claro o lugar onde vivo, descobri que vivo praticamente sozinha tendo apenas a companhia de alguns servos em um anexo escondido no território dos Gilbets, ou seja, de fato eu reencarnei no mundo de ''Maravilhoso Novo Amor'', isso foi surpreendente no começo, confirmei isso através de Mia que me disse o nome dos membros da família imperial e de todos da minha família, ainda não consigo acreditar que tudo isso é rela, que eu sou ela e que possivelmente vou conhecer os outros personagens que eu gosto e alguns que detesto, que tudo que pairava na minha imaginação é minha vida agora, mas é claro que nem tudo são flores, ainda mais quando se é a vilã desse mundo, vivo mais precisamente dentro do território onde fica a mansão principal, em um anexo que fica nos fundos e é separado por um bosque do restante das propriedades, passei a registrar minha vida neste diário em português, aliás o idioma local é bem diferente, percebi isso pelas letras estranhas que consigo ler, mas por estar o corpo de Lavínia eu devo falar sem perceber e o leio muito bem, fora outros dois idiomas se me lembro corretamente das informações da história, bem três agora com o português, não sei se consigo fala-lo sem que eu perceba, mas escrever sim, o que está sendo útil, mesmo que encontrem o diário não irão entender nada e eu só preciso dizer que estou estudando um novo idioma. Bem agora é oficial, se as coisas forem como na história original estou muito ferrada, bem agora eu tenho doze anos, apesar de ter um corpo muito pequeno para uma garota de doze anos, imaginei que tivesse entre oito e dez anos, então tenho tempo para mudar as coisas e sendo quem sou, não sou amada por ninguém da ''minha família'', então preciso dar um jeito de, ou não chamar atenção, ou de sair daqui, e com toda certeza preciso conseguir aliados.''

A Vilã Quer Salvar A Santa (Volume 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora