Na carruagem que se dirigia a um lugar desconhecido estão os três irmãos, Yvan, Lavínia e Cecília, as garotas estão no mesmo banco e no banco da frente seu irmão mais velho que apenas olhava para frente sério enquanto era encarado por Lavínia, eles se olhavam nos olhos sem se virar, como se fosse um desafio silencioso, ou como se não pudessem baixar a guarda, Cecília ao lado de Lavínia segurava o seu braço, ela parecia acuada, Lavínia nem parecia percebê-la, ou simplesmente não se importava ou se incomodava com sua irmã tocando seu corpo, Cecilia odiava estar naquele lugar ao quão foi obrigada por sua mãe a ir, ela se lembra de quando sua mãe horas antes, após ler uma carta misteriosa parecia inquieta, mas animada, ela então arruma Cecilia e pede para que Lavínia seja preparada, após se trancar com Lavínia por alguns minutos na sala para visitas por alguns minutos ela sai e diz que elas irão acompanhar seu irmão mais velho que estava se preparando para ver seu pai, seu irmão não parecia feliz com a situação, mas sempre acatava as ordens de sua mãe, Cecília fazia o mesmo, pois queria ser uma boa filha, mesmo que não gostasse de cumprir certos deveres, ela estava com medo, pois iria ver seu pai, que sempre parecia serio e assustador a distância, ela nunca o viu sorrir na vida, nenhuma única vez ele esboçou o mínimo de alegria, ela chegou a cogitar que talvez ele nunca tivesse aprendido em sua vida o significado de felicidade, ela tentava conforta-lo ou alegra-lo quando ainda mais nova, mas nunca pareceu funcionar, ela imaginava se aquele homem assustador era de fato seu pai, quando ela estava junto dele, ainda que ele nunca sorrisse, ele nunca pareceu se incomodar com sua presença, segundo sua mãe ele ficava mais calmo por causa dela, ela não sabia se de fato acreditava nisso, mas ele nunca esbravejou quando estava com ela, com Lavínia, porém as coisas eram diferentes, ele era apenas frio, evitava olhar para ela e preferia que ela ficasse distante dele, Cecília era uma criança, mas até ela percebia tal comportamento, perto de Lavínia aquele homem não conhecia o amor e não sabia o que significava ser um pai, porque sua mãe havia escolhido como marido era um mistério para Cecília.
Cecília afasta a persiana da janela da carruagem e ao longe ela vê fumaça surgindo por trás das árvores, não parecia distante, ela escuta gritos e choros abafados, aquilo faz sua pele arrepiar por algum motivo, ela teme o que quer que esteja acontecendo, ainda assim seu corpo move-se para frente para que ela pudesse descobrir, entre as árvores ela vê um homem maltrapilho e machucado correndo, cavaleiros corriam atrás dele culpando uns aos outros por deixá-lo fugir, o home vai para mais fundo entre as árvores e arbustos, Cecília não mais o vê, mas escuta o barulho metálico do que parece ser uma espada brandindo contra o ar, em um movimento certeiro e violento, o barulho de carne sendo atingida, Cecília tomada pelo medo se afasta bruscamente da janela e agarra novamente o braço de Lavínia, tremendo que novamente apenas a ignora.
Às duas garotas estão ao lado da carruagem com cavaleiros as guarnecendo, Cecília está atrás de Lavínia segurando a barra de seu vestido ainda assustada com aquele ambiente, enquanto Lavínia se mantém ereta, calma e séria, de longe Willian e Bereta as observam enquanto um pouco mais distante o duque e Yvan parecem ter uma conversa acalorada.
Bereta - Nunca vi o duque fazer essas expressões, sei que ele é um homem sério, mas agora parece furioso. Willian - Ele não esperava essas garotas aqui. Bereta - Você sabia sobre elas? Willian - Como pode servir ao corpo de cavaleiros do ducado e não saber que ele tem filhas? Bereta - Eu nunca as vi ou ouvi falar sobre elas, só sobre o garoto que está discutindo com o duque. Willian - Bem, elas vivem em uma pequena propriedade juntamente com a baronesa em uma região isolada para a proteção delas, então acho que não posso culpar alguém que só pensa em lutar como você. Bereta - Será que eu posso chegar perto? Elas são tão fofas. Willian - Por favor não faça isso, vai assustá-las. Bereta - Talvez a mais velha que está atrás e parece um coelho, mas aquela baixinha, ela parece ser corajosa, aquele olhar afiado me lembra o do duque. Willian - Não diga algo assim perto dele. Bereta - Por que não? Um pai não ficaria feliz de uma de suas filhas se parecer com ele. Willian - Não esse pai, não essa filha. Bereta - Não entendi. Willian - É melhor assim.
As meninas percebem o olhar de Bereta sobre elas e Cecília só fica mais acuada, enquanto Lavínia a encara sem mudar a expressão seria, Bereta sorri com aquilo e logo um desafio se inicia, Lavínia não pisca e Bereta decide imitá-la.
Willian - Tem certeza que não é uma criança também? Bereta - Não me distraia, estou me concentrando.
Cecília ao olhar para sua irmã, seu medo por estar naquele ambiente estranho, cheio de pessoas assustadoras e outras mortas parece diminuir, ela olha para aquela moça assustadora cheia de cicatrizes a metros delas, e até ela não parece dar mais medo, ela fica encarando às duas tentando entender o que estão fazendo, a mulher assustadora parece irritada, enquanto Lavínia a encara pacificamente, até entediada.
'' Cecília - Eu não entendo, mas parece que minha irmã está ganhando. ''
Seus punhos se cerram, e ela passa a torcer em silêncio por sua irmã. Enquanto isso a discussão entre o pai de Lavínia e seu irmão Yvan ao longe parece ter sumido, de frente um ao outro o duque parece desacreditado.
Noah - Sua mãe fez o quê? Yvan - É isso que o senhor escutou pai, ela fez com que o imperador aceitasse que Lavínia se tornasse noiva do jovem príncipe.
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A Vilã Quer Salvar A Santa (Volume 1)
FantasyCristiane, uma ilustradora que havia passado por muitas mudanças nos últimos anos na sua vida, morre ao tentar salvar uma garota que ela estava seguindo e percebe que transmigra na história de um jogo de universo expandido que ela é muito fã. Ela to...