Cássia ainda parece incrédula com o que acabara de ouvir, o Conde, por outro lado continua sereno como sempre o que deixa-a ainda mais perplexa, ao ponto de começar a se irritar.
Cássia - Responda! Como assim vai embora?! - O conde arfa - . Conde - Sempre impaciente, aparentemente essas terras serão dadas a outra pessoa que não é simpática à nossa causa. Cássia - Quem é essa pessoa? Conde - Um marquês da facção nobre, um homem grosseiro e pomposo que odeia plebeus e faz negócios escusos da família Gierig. Cássia - Por ordem de quem? Do seu amado imperador?
Cássia está espumando de raiva, seu rosto ficar vermelho de tanto ódio, ainda assim ela começa a sorrir como se dissesse com seu olhar '' eu te avisei '', já o Conde demonstra sua irritação com a atitude dela de outra forma, sua expressão é de completo tédio a atitude dela, como se estivesse lidando com uma criança, uma muitas vezes mais velha, seu olhar responde ao dela, em uma conversa sutil '' tire esse sorriso cínico de seu rosto'' .
Conde - Da imperatriz... Cássia - Então ela é uma traidora! Achei haver dito que ela estava do lado do imperador? O que ele fez para impedi-la? Conde - Nada, por que quando descobriu, nós já havíamos descido tudo. Cássia - Como assim nós? Você faz parte disso? Eu confiei em você! - O Conde se inclina sobre a mesa e bate com o punho com toda a sua força, Cássia fica assustada por um instante, nunca o viu perder a paciência - . Conde - Acalme-se! Acha que eu queria que tudo isso acontecesse?! Que as coisas acabassem assim?! Mas alguém precisa ser sacrificado, para que tudo o que fizemos não tenha sido em vão! Cássia - Se sacrificar? - O ódio se dissipa de seu olhar e ela é tomada por preocupação, ela havia aprendido a admirá-lo e se importar com o Conde e todos o que o cercavam - . Cássia - Você está se entregando? Por que ele não está fazendo nada? Conde - Fizemos tudo pelas costas dele...
O Conde se senta em sua cadeira e Cássia também o faz, ele está com a cabeça baixa evitando encará-la, enquanto que diante de sua mesa ela não tira os olhos dele esperando por suas próximas palavras.
Conde - A imperatriz descobriu a movimentação de um grupo de pessoas que faz parte da facção nobre graças a um espião, para que nossas operações não tivessem ligação com a família imperial foi decidido que eu deveria me entregar... - Ele por fim levanta seu rosto a encarando nos olhos com um sorriso singelo- . Conde - E antes que comece a fazer um escândalo, eu que sugeri isso. Cássia - O que vai acontecer com os restantes? Os que não saíram de Tussen ainda? Conde - As investigações sobre as células remanescentes terão de parar por tempo indeterminado, vamos precisar nos apressar se quisermos tirar as pessoas que faltam. Cássia - Espera! Por que as operações irão parar também? Conde - Eu estava responsável por ela, é claro o comandante Estevam poderia continuar por mim auxiliado por você, a questão é que ele também será exonerado do cargo por me ajudar, muitos dos homens dele serão afastados e transferidos, alguns serão rebaixados. - Cássia coloca as mãos na cabeça, o mundo parece esta desmoronando diante de seus olhos, quando tudo parecia estar indo bem, quando finalmente ela sentia que os últimos anos de martírio iriam acabar e ela poderia começar a seguir em frente de alguma forma, toda a sua esperança está ruindo - . Cássia - Mas sem nenhum de vocês não vai ser possível, eu não consigo! E retirar o restante do meu povo de forma apressada ainda que a maioria já tenha saído? Não vai dar, ainda faltam um grande número, pelo menos grande o suficiente para que uma operação normal não funcione. Conde - Exatamente, uma normal. - Cássia para e olha para ele, ela está confusa, mas estranhamente calma pela forma que ele falou - . Cássia - O que passa por essa sua cabeça? O que está tramando? Conde - Não pela minha, a imperatriz deu a ideia. Cássia - A mesma que nos colocou nessa situação? Conde - Olhe, ninguém está feliz com nada disso.
Cássia estando mais calma então percebe que depois de toda essa conversa, uma coisa não havia sido esclarecida ainda.
Cássia - Mas eu ainda não consegui compreender exatamente o que aconteceu? Do que de fato você está sendo acusado para perder as suas terras? Conde - Bem, como eu disse antes ajudar o seu povo não é algo bem-visto, eu ajudei muitos dos seus ao longo dos anos, claro, tudo em segredo, durante as tomadas de terras durante o avanço da guerra eu protegi muitos civis, dei abrigo, auxílio médico e uma livre passagem por onde eu comandava para poderem voltar para Argos, diferente de muitos que os aprisionavam ou executavam, eu estava gastando recursos próprios obviamente e só usei homens ligados a minha família, o imperador até tentou me conceder um título mais alto, mas não havia motivos o suficiente para isso, a questão é que mesmo depois do fim da guerra eu ajudei os remanescentes que não conseguiram retornar para Argos, povos como os pelzigs e suas tribos.
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A Vilã Quer Salvar A Santa (Volume 1)
FantasyCristiane, uma ilustradora que havia passado por muitas mudanças nos últimos anos na sua vida, morre ao tentar salvar uma garota que ela estava seguindo e percebe que transmigra na história de um jogo de universo expandido que ela é muito fã. Ela to...