Capítulo 58

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Germano está com uma sacola de um tecido grosso nos ombros, e mais algumas menores em uma das mãos, ele se encaminha para a cozinha, abre a porta a empurrando com o corpo, ele parece confiante, as meninas estão guardando seus preparos em travessas ovais de barro tampadas, elas o ignoram, ele se irrita momentaneamente, mas se lembra de sua recente aquisição e se acalma. - Germano - Vocês poderiam se apressar, a cozinha é minha a partir de agora... se bem que eu estarei me mudando rapidamente, eu não me importo de dar ela de bom grado - . Elas continuam a desdenhar de sua presença. - '' Germano - Podem agir da forma que quiserem, eu sei exatamente como isso irá terminar... Eu cuidei de tudo, claro foi apenas uma aposta '' - .

Rosália surge irritada como sempre atrás de Germano que não a apercebe. - '' Rosália - Vamos, com calma, eu descido vir, agora preciso agir naturalmente... '' - . Rosália - Onde estão os tais pratos? Mia - Chefe Rosália? O que faz aqui? - '' Rosália - É ela... Eu deveria falar algo legal? Eu não sei, espera, mas assim vou parecer desesperada! '' - . Rosália - A senhora Salomé me pediu com toda a gentileza que só ela sabe expor para eu levar os preparos quando estiverem prontos. - '' Rosália - Fui muito ríspida? Porque eu sou assim? Culpa do desgraçado do meu pai que me criou errado! '' Mia dá uma pequena risada com a brincadeira '' Rosália - Ela gostou! '' - . Mia - Muito obrigada, deixaremos na mesa do corredor, ao lado do carrinho. - Rosália olha para a senhorita Lavínia com uma expressão impassível, mas dá um pequeno sorriso para Mia, Lavínia fica um pouco desconfortável, mas ao ver o sorriso dela para Mia compreende a situação em instantes, Lorna olha para o rosto de Rosália tentando decifrar o sorriso, Mia o devolve inocentemente e acena enquanto elas passam por Rosália, Lorna olha para Mia também e depois para a senhorita, às duas se encaram sorrindo, Rosália percebe que acabou deixando transparecer além do que deveria, Mia é a única que parece não ter entendido.

As meninas vão embora, com Lavínia na frente fazendo questão de levar a comida que havia feito até o carrinho do corredor, elas estavam animadas conversando entre si, Natali acompanha sendo a última do grupo, ela olha para Germano e por alguns segundos ele a encara de volta, com desdém, ele murmura algo que ela não consegue compreender, mas por algum motivo ela sente uma leve dormência nas mãos, uma coceira, ela apressou seus passos, ela aperta a mão buscando senti-la novamente, seu rosto fica tenso, ela respira tentando mandar a sensação para longe, Rosália o encara não gostando em nada da atitude dele.

Germano - Feche a porta, e não ouse olhar aqui dentro, serviçal. Rosália - Entendido, e se não quiser que eu use essas facas em um lugar que você sentirá falta, melhor tomar cuidado com os dejetos que saem da sua boca.

Rosália fecha a porta ficando do lado de fora, Germano coloca suas sacolas nas bancadas, vai até à lareira - Germano - Pelo menos elas já deixaram aquecido - . Ele abre as menores primeiro, tem hortaliças, legumes e leguminosas, alguns potes de temperos, a maioria não é diferente dos que estavam na cozinha. - Germano - Esses com toda certeza estão perfeitos... - .

No caminho as meninas encontram Persia que fica ao lado de Lorna, às duas acabam ficando mais atrás e Lorna pede para ela se abaixar, Lorna cochicha algo no ouvido de Persia que fica surpresa, ela olha para Mia sorrindo Mia olha para trás e pede para às duas se apressem, na sala de jantar as meninas estão preparando a mesa, Lavínia por sua vez está sentada, apesar de querer ajudar foi praticamente obrigada a ficar de lado. Persia cochicha para Lorna, Mia estava bem próxima a elas, enquanto Natali estava mais distante, mas sempre observando, ainda que disfarçadamente.

Persia - Nós teremos que provar novamente? Lorna - Por quê? Está animada? Confesso que eu também... Persia - Claro que não! Nós somos servas, não devemos nos sentar nesta mesa. Lorna - Bem, mas eu tenho certeza que sim... Mia - Ela tem razão... Lorna - Viu? Mia - É inadmissível que servas como nós, nos sentarmos à mesa com os senhorios. Lorna - O quê? Persia - Isso me deixa mais calma, sentar na mesma mesa na cozinha já foi muito para minha cabeça, fazer isso aqui me quebraria... Mia - Alguém que me entende... Finalmente. Lorna - Eu sempre te entendo, deixe de agir como uma donzela. Mia - Mas é exatamente o que eu sou! E você é egoísta a maior parte do tempo! Lorna - Não parece! E eu sou muito prestativa! Mia - Você sim, não é nada delicada... Lorna - E nem vocês... - Lorna o diz olhando diretamente nos olhos de Mia e Persia que a ignora - . Lorna - Você está estranha hoje, normalmente gritaria comigo a maior parte do tempo, mas está muito prestativa... Persia - Só estou ajudando porque, primeiro é o meu trabalho, e segundo eu devo a Mia. Lorna - Deve o quê? Desde quando vocês são próximos? Mia - Desde hoje pela manhã. Lorna - É sério, o que ela fez? Persia - Me deu algo que dinheiro nenhum no mundo pode comprar. Lorna - Só estou mais curiosa agora... Persia - Outro dia eu te conto, agora temos serviços a fazer. - Lavínia parece bem entediada - . Lavínia - Vocês parecem estar se divertindo! Mia - Não senhorita, estamos apenas trabalhando... Lavínia - Não é justo, eu também quero me divertir! - Lavínia se levanta e corre para ajudar - . Mia - Mas eu disse que... Nós estamos apenas... Lorna - Isso senhorita! Vamos nos divertir! Porque a senhorita não limpa essa parte que eu estava fazendo?. Lavínia - Agora mesmo! - '' Lavínia - Como planejado... agora estou ajudando '' - . Persia - Tem certeza disso, ela é a senhorita desta casa. Mia - Não acredito que estou dizendo isso, mas é melhor só deixarmos ela ajudar... Mas - Mia pega Lorna pela orelha, faz um sinal para Persia pegar na outra - . Mia - Sem se aproveitar da senhorita sua preguiçosa. Lorna - Espeeeera! Para! Vai arrancar, ai ai ai! Uma de cada vez! Paaara.

A Vilã Quer Salvar A Santa (Volume 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora