A Vilã Quer Salvar A Santa (Volume 1)

Capítulo 37

Durante a manhã quase ao meio dia, elas acompanhadas por Elias e mais alguns homens chegavam sob cavalos a um vilarejo cheio de casas feitas de pedras, algumas de madeiras, haviam celeiros e armazéns mais ao longe, um moinho no topo de uma colina, havia um muro de pedra de mais ou menos um metro de altura circundando a maior parte do lugar, ao passar pela cancela onde algumas pessoas conversavam calmamente todos desceram dos cavalos e os entregaram a um homem que os levou a uma baía, Cássia podia notar mais detalhes sobre o vilarejo e via várias pessoas de várias raças, a maioria era humana, e alguns cavaleiros, mas todos conversavam amigavelmente, carroças entravam e saíam por uma cancela lateral e se perdiam e uma estrada de terra mais larga, Rassvet estava ao lado dela olhando em volta com uma expressão fria, analisando tudo, ela falou baixo, mas o suficiente para apenas Cássia escutar.

Rassvet - Com certeza estão fingindo. Cássia - Vamos olhar com calma, e não esperar pelo pior. Elias - Venham comigo, as levarei até o líder do vilarejo. - Elias se aproxima ao lado dela, quase a surpreendendo, mas ela reage com naturalidade e ele não percebe - . Cássia - Estou logo atrás de você, lidere o caminho.

Eles chegam a uma horta cheia de pessoas, Rassvet não consegue controlar seus pensamentos, e sua mente a leva de volta aos dias simples, antes de tudo de ruim, quando ela conhecia apenas a felicidade, ela desvia o olhar tentando se manter no presente, Cássia vai sozinha até um homem velho que coordena os outros com alguma instruções, deixando Rassvet sozinha com os cavaleiros humanos, Rassvet dá vários passos para o lado, Elias sorri de nervoso diante da situação e faz um gesto para os outros homens se retiraram ficando apenas os dois em uma distância de uns três metros entre eles.

Cássia - Imagino que você seja Petras. Edmundo - Na verdade me chamo Edmundo, mas a maioria me chama de vovô Ed, um apelido dado pelas crianças que infelizmente pegou e fui obrigado a me acostumar. Cássia - E onde estaria Petras, o líder do vilarejo? Edmundo - Líder? É, acho que dá para chamá-lo disso, ele estará de volta em alguns instantes, e quem seria a mocinha? - Rassvet olha feio para Elias - . Rassvet - Achei que você iria nos levar até o líder? - Elias se surpreende com o fato de Rassvet ter falado com ele, e sorrindo responde - . Elias - Bem, me disseram que ele estaria aqui. Rassvet - Por que você esta sorrindo seu idiota? Cássia - Mocinha? Eu gostei, bem eu me chamo Isobel, acredito que muitos dos meus vieram parar neste lugar. Edmundo - É possível, chegam muitas pessoas de muitos lugares diferentes o tempo todo, bem porque não nos sentamos e a senhorita me conta sobre essas pessoas, talvez eu possa ajudá-la antes do Petras voltar, não tenho nada pra fazer além de ensinar esses jovens a cuidar dessa plantação. Cássia - E isso não seria algo importante a ser feito, tem certeza que deveria se retirar? Edmundo - Eles conseguem dar conta por alguns minutos, se não, então eu não fiz o meu trabalho direito. Cássia - Eu vou aceitar a sua ajuda então.

Depois de uns minutos conversando Edmundo aponta para uma direção onde vivem um pequeno grupo que bate com a descrição indicada por Cássia, segundo ele, eram pessoas estranhas no começo, não se misturavam e se quer falavam, provavelmente devem ter passado por coisas bem difíceis de falar, mas com o tempo eles foram se abrindo apesar de preferirem ainda viver entre eles a maior parte do tempo, e de nunca falarem sobre o passado, Cássia não se contém e corre na direção indicada, Rassvet vai atrás dela, enquanto Elias avalia a situação com seu sorriso gentil, depois caminha para outra direção.

Descendo um pequeno morro cheio de árvores, algumas casas e muitas hortas, Cássia vira em uma viela e para olhando para as pessoas distantes que trabalhavam, iam e viam de suas casas, rostos conhecidos, ela dá pequenos passos, contidos e assustados, ela não havia sido notada por ninguém até que uma criança esbarra nela, cai e ao se levantar ficando tímida diante da estranha, sua mãe que o seguia corre até ele e o ordena a pedir desculpas sem olhar para o rosto da estranha até então, quando o garotinho se desculpa.