Capítulo 62

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Salomé está novamente diante de Agatha na casinha isolada, enquanto Agatha toma um chá de ervas.

Salomé - Essa sua amiga é mesmo útil? Agatha - Eu acredito já haver esclarecido, que ela não é minha amiga, agora sobre sua utilidade eu não saberia dizer, não tem muitos por aí que se interessem por esse tipo de prática e ela é a única pesquisadora e médica do tipo que eu conheço. Salomé - Isso não me conforta nenhum pouco. Agatha - Mas ela mesmo pode indicar profissionais da área mais competentes, caso ela não seja de seu agrado. Salomé - Nesse caso, fico mais aliviada, espero que Mia já tenha a encontrado. Agatha - Eu não entendi porque eu mesmo não poderia contatá-la pessoalmente, porque quis que essa serva o fizesse? Salomé - Aquela garota precisa de distração e, ao mesmo tempo, sentir que está sendo útil. Agatha - Complicações da juventude, essa sua gentileza me faz recordar o passado. Salomé - Prefiro não me tornar nostálgica demais. Agatha - E, porque não? Salomé - Esqueça isso, agora mudando de assunto, você ainda não me disse o seu preço para me prestar ajuda? Agatha - Direta como de costume, é uma característica que me agrada, quanto a isso é algo simples, eu quero que faça duas coisas, uma por minha ''amiga'', segundo você, que isso fique claro, e outra por mim. Salomé - O que sua dita amiga precisa? Agatha - Uma barreira, você precisa criar uma barreira de proteção se quiser que ela não seja descoberta por aquela ferida da mansão principal. Salomé - Ela não consegue suprimir a própria mana? Agatha - Ela nunca foi muito boa nesse fundamento, acredito que esse foi um dos motivos dela ter virado uma pesquisadora da área médica, se tornar uma maga acabou sendo uma tarefa muito difícil para ela. Salomé - Ainda assim ela é admitida pela torre mágica? Agatha - Como eu disse anteriormente quando me procurou, não há muitos por ai com esse tipo de especialidade, e o que falta em certos requisitos, ela compensa com sua genialidade, a torre dos magos não poderia permitir que uma jovem promissora fosse recrutada por outros, além do mais, a supressão de mana é o único defeito dela como maga, então de certa forma, ele é considerada uma maga da torre, apesar de não possuir uma licença oficial, mas isso pode ser muito mais por outro motivo que logo descobrirá. Salomé - Excessivamente enigmática, pare de gracejos e vá direto ao ponto. Agatha - Existe um motivo para isso, de natureza fenotípica. Salomé - ?Acho que compreendi, assim que eu retornar criarei uma barreira um pouco além dos limites do anexo. Agatha - Cuidado para não ser pega. Salomé - Com quem pensa que está falando? Agora, e você, o que quer? Agatha - O meu pedido é simples, darei um presente a minha amiga, basta permitir que ele, ou melhor, ela adentre o território, não se preocupe, ela não sairá da barreira, presumo. Salomé - Não estou gostando do direcionamento desta conversa, que tipo de presente estamos falando? Agatha - Não precisa ficar apreensiva, eu vou explicar o que é, e a função, além do motivo é claro, você pode vigiá-la à vontade, eu também estarei monitorando de longe para garantir que tudo ocorra bem. Salomé - Me explique em detalhes e eu determinarei se ela é perigosa ou não...

Enquanto isso em uma colina a qual ficava um moinho de pedra, haviam muitas casinhas na subida de ambos os lados e uma estrada de terra centralizada que subia até o topo da colina, atrás das casas algumas árvores e pedras enormes, haviam outras colinas próximas, morros menores, maiores e uma montanhas que circundavam, formando um tipo de cratera com um lago abaixo, Mia no pé desta colina estava falando com alguém, ela parecia estar procurando por algo, o estranho a indicou o topo da colina, com determinação, mas aparentando esta um pouco cansada ela subia, na última casa que ficava um pouco antes do moinho, ela bate a porta, um homem a atende, ela pergunta algo e ele faz um sinal negativo com a cabeça, ela parece confusa, então ele diz algo e ela o segue, ele sai da casa e a leva até a parte de trás do moinho, lá um pouco abaixo do outro lado da colina, entre árvores e arbustos densos, havia outra casinha isolada das demais com uma pequena cerca a sua frente, com uma horta, ele aponta com o dedo e vai embora, ela olha ao redor um pouco receosa, bate a porta, mas após alguns segundos, não obtém resposta, ela chama alto e nada, então quando dá a volta encontra mais uma horta atrás da casinha, desta vez não existe uma cerca, mas ela é rodeada de árvores e arbustos, ela escuta algo vindo das árvores, um farfalhar, ela fica apreensiva, então surge uma silhueta enorme, mãos negras surgem, chifres enormes, Mia cai para trás gritando de pavor assim como a criatura que avança sobre ela a segurando no ar.

A Vilã Quer Salvar A Santa (Volume 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora