LYRIA
So you wanna start a war?
In the age of icons?
So you wanna be imortal?
With a loaded gun?
So you wanna start a war?O reflexo da luz dourada de Mala ainda dançava em minha mente quando acordei, meu peito se elevando como se tivesse acabado de emergir de águas profundas. Mas ainda haviam lágrimas em meu rosto.
Ver os meus pais, ver Rhys e Feyre, morrerem ... nenhum filho, biológico ou não, deveria passar por aquilo. Simplesmente era como se toda a cura que passei durante esses meses tivessem evaporado no momento em que vi seus rostos no gelo, no momento em que Clare enfiou aquela adaga em Rhys.
Além do mais, a maneira como os deuses nos trocaram, como se fôssemos brinquedos, queimando o sistema reprodutor de Feyre sem se importar com as consequências ... aquilo fazia o meu corpo se aquecer, fazia eu querer voltar para aquele mundo congelado e matar Mala com as minhas próprias mãos.
Eu devia ter feito isso, também deveria ter mandado as consequências para o inferno.
Meu coração martelava no peito enquanto minhas mãos tateavam o chão à procura de algo sólido. Ao meu lado, Rhoe estava desperto, os olhos violetas vazios mirando o teto, mas ele não parecia realmente enxergá-lo.
— Ainda sente o peso? — minha voz soou baixa, rouca de sono e raiva.
Ele virou a cabeça para mim, a expressão cansada.
— O peso? Loira, acho que carrego o universo inteiro.
Meu parceiro. Aquele macho ao meu lado era meu parceiro.
O silêncio entre nós foi denso, preenchido apenas pelo som distante do vento contra as janelas do quarto. Cada pedaço da visão que Mala nos entregou estava gravado em minha mente como um ferro em brasa. Os deuses tinham nos moldado como peças de um plano maior. Não havia como fugir disso.
E as últimas palavras dela ... Prythian já estava em guerra. Minha casa, querendo ou não, já estava em guerra enquanto eu estava em outro mundo.
Antes que eu pudesse responder Rhoe algo mudou no ar. O silêncio foi rasgado por um som que não fazia parte do amanhecer tranquilo de Orynth: um grito longo e ensurdecedor, tão cheio de pavor que a pele da minha nuca se arrepiou.
Rhoe e eu estávamos de pé antes mesmo de pensarmos. Ele agarrou sua espada, e eu me inclinei para pegar as adagas que Lysandra tinha me emprestado no primeiro dia aqui. Nossos olhos se encontraram por um breve momento.
– O que Mala disse sobre Sam mesmo? – murmurei, já me movendo para a porta.
— Ela deu a entender que ele se permitiu ser preso — as estrelas voltaram a brilhar nos olhos de Rhoe, mas apenas porque eu conseguia sentir a sua magia se movimento pelo quarto, como se estivesse rastreando algum inimigo.
— Merda ... — abri a porta destruída do quarto de Rhoe, mas ele pegou a minha mão sobre a maçaneta antes que eu pudesse pisar na direção da torre.
— Lyria — aqueles olhos ... balancei a cabeça.
— Nos temos tempo, Rhoe, resolvemos isso depois — "isso" era para ser "nos", a nossa parceria, o fato de termos sido destinados a salvar um universo inteiro sozinhos.
Rhoe não respondeu, apenas assentiu devagar.
Mala - mesmo que eu quisesse mata-la no momento - tinha dito para que eu seguisse a minha intuição, e a minha intuição estava me guiando para baixo, para onde os gritos começavam a ecoar pela torre.
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DARK PARADISE; tog + acotar
FanfictionDARK PARADISE ───── seu preço é inominável. Um plano, uma vingança. Uma guerra dada como vencida, mas que mal havia começado. Dois bebês recém-nascidos são trocados como o símbolo de que ele era quem estava no controle, de que tudo que eles viram...