- Vocês dois... Por tudo o que é mais sagrado! – Mikey surgiu na sala do loft de Gerard, no instante em que eu estava em seu colo, as pernas bem encaixadas ali e os braços em torno de seu pescoço, casualmente pronto para poder beijá-lo pelo resto da noite. Meu amigo fez questão de sentar-se ao nosso lado e eu precisei de uma santa paciência para não virar e socar seu rosto no segundo seguinte. – Meu irmão acabou de sair do hospital e você já está montando nele, Frank?
- Estou aproveitando meu namorado, só isso. Já disse pra ele que não vamos fazer nada demais. – Minhas palavras fizeram Gerard resmungar, mostrando a clara irritação em sua feições bonitas e mais magras, relaxando um pouco o corpo sobre o sofá de couro, as mãos subindo e descendo por minhas coxas, sem se importar com Mikey. Gerard tinha seu olhar cravado em mim, algo nele cheio de fogo, que falava claramente que queria que nós dois ficássemos sozinhos. – Você não vai sossegar, não é? – Falei diretamente com Mikey, não com meu namorado, ciente de que precisávamos um do outro. E o Way mais novo precisava cooperar com isso.
Em um resumo daquele fim de semana: Gerard havia novamente recebido alta, estava em casa e eu havia aproveitado a semana que antecedia o Natal para passar aqueles dois dias com ele. Meu pai novamente era meu responsável, havia assinado aquela papelada mais uma vez, e só havia permitido que eu ficasse ali, pois sabia muito bem que eu sequer moveria um dedo longe de Gerard.
E era exatamente o que estava acontecendo, desde que o buscamos no hospital, e eu e Mikey o ajeitamos em seu apartamento, preparamos uma comida simples (um pouco de arroz, frango grelhado, salada e suco) e com mais tempero do que a do hospital, e eu havia me aproveitado que seu irmão havia subido para ajeitar as coisas que havíamos trazido, pertencentes à Gerard, para que pudéssemos namorar um pouco.
Há tempos não fazíamos aquilo... Os beijos mais densos, as mãos percorrendo os corpos com a intensidade desejada, o corpo inteiro se arrepiando a cada ofegar ou gemido... E ele precisava, claramente mais do que eu... Em algo que ainda refletia o último episódio, onde nós dois tínhamos que lidar com a verdade. Gerard ainda tinha as cicatrizes visíveis, o que fazia com que parecesse ainda mais carinhoso, ainda mais amável do que normalmente já era. E eu não estava reclamando, eu me apaixonava ainda mais por aquele homem quando ele continuava a deixar minhas pernas bambas com apenas um olhar caloroso.
- Vou preparar alguma coisa pra comer. – Mikey imediatamente interrompeu meus pensamentos felizes, o que já era de se esperar, antes de levantar-se, em um salto, do sofá. Ótimo, ele realmente iria se mandar dali por alguns instantes.– Quer algo, Frank? – a pergunta idiota foi imediatamente respondida com um olhar fulminante de minha parte, que fez meu melhor amigo gargalhar, dando de ombros, e tomando, em definitivamente o rumo da cozinha.
- Quanto tempo acha que ele vai nos deixar em paz? – perguntei, ondulando meu corpo sobre o de Gerard, as pernas arrastando-se até apertá-lo mais contra mim, pressionando agradavelmente sua cintura, até receber aquela mão grande e habilidosa espalmada sobre meu abdômen, invadindo minha camisa velha e com o símbolo da clínica desenhado na altura do peito, me arrebatando com uma onda de sensações que não me faziam lembrar-me de quanto tempo fiquei sem aquilo.
- Tempo o suficiente para me deixar provar você do jeito que eu quero. – enquanto me provocava com sua voz baixa e intimidadora, Gerard guiou sua mão para minha lombar, diretamente sobre minha pele arrepiada e me empurrou, em um único movimento e habilidoso o suficiente para que meu corpo recaísse sobre o dele. E, assim, com nossos peitos colados, tivemos o espaço mínimo eficaz para que Gerard sussurrasse contra meus lábios, ao mesmo tempo em que sua mão descia para aquele ponto além do cós da calça de moletom que vestia. – Eu não vejo a hora de tudo se ajeitar, pra poder deitar você na minha cama e poder puxar esses cabelos do jeito que eu quero.
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Surrender The Night || Frerard version
Fanfiction[Continuação de Burn Bright] " O amor nunca acaba. Não quando é real e nós dois sabemos o quanto foi. Nós vivemos, nós crescemos, nós morremos e ele continua ali, firme e forte. Vivo, incandescente e vibrando, mandando aquele incessante "É ele, é e...