- Então, vocês dois trocaram a minha comida por uma noite tórrida de sexo? – Alicia os perguntou, os cotovelos repousados sobre a mesa da cozinha, o prato pronto sobre a mesma, com os restos da noite anterior compostos em uma nova refeição, mas o olhar pousado no cunhado e no melhor amigo, sentados diante dela e do marido, com sorriso do tamanho da coxa do chester que Mikey tentava puxar da travessa no centro da mesa. – Vocês esperam mesmo que eu perdoe vocês depois de passar seis horas na cozinha preparando comida especial para o Gerard?
- Sim, eu sei que você perdoa a gente, Ali... Não se faça de durona. E não é como se nós dois tivéssemos deixado de vir e eu não fosse comer sua torta maravilhosa. – Frank sabia que fazia parte do charme da amiga, que fez um biquinho com os lábios, antes de fazer sinal para Gerard, resmungando um "Deixa eu ver como ficou em você", que o fez revirar os olhos e erguer a mão, pela milésima vez naquela noite, mostrando a joia brilhante em seu anelar. – Queria colocar uma pedra rosa cintilante, mas achei que ele não iria gostar.
- Eu ia amar, Frankie... Imagine só. – Gerard sarcástico era o tipo de Gerard que divertia Mikey, o que fez com que o irmão risse, se sujando com a comida rente aos lábios, recebendo o olhar reprovador de Alicia. A imagem era típica de um jantar entre os Way e Frank nunca havia se sentido tão familiarizado com aquilo, ainda mais por saber que, tecnicamente, se oficializaria como parte da família. – Me prometa que não vamos ficar como esses dois.
- Jamais. Fico feliz que você tenha modos, olha como ele come... – Frank ironizou, sabendo que comia de forma ainda menos educada que Mikey, os dedos sujos de molho comprovando aquilo, mas cujos logo limpou em seu guardanapo, sob as risadas de Gerard, que só as interrompeu para comer um pouco de seu prato. Afinal, a noite incansável dos dois o havia deixado faminto por pelo menos dois dias. – Não me olhe assim, Mikes... Não é como se tivesse falado mentira. – disse, sob o olhar irritado do melhor amigo, que só não arremessou a coxinha que tinha em mãos, por estar muito ocupado a saboreando.
- A sorte dos dois é que vocês podem fazer esses comentários abusadinhos hoje, pois nós dois vamos perdoar... Afinal, vocês estão mais viados do que purpurina cor de rosa, se é que isso é possível. Mas lembrem-se que eu daria o melhor presente de casamento pra vocês dois e posso mudar de opinião facilmente. – Mikey não se importou em falar de boca cheia e os outros três riram, antes de um silêncio reconfortante tomar a cozinha dos Way, quando decidiram manter o foco na comida. Os quatro teriam tempo para colocar as conversas em dia, o momento clamava por aquele jantar em família, por aproveitar que Daisy estava descansando e havia dado trégua aos dois. Afinal, a pequena sabia muito bem como enlouquecer quatro adultos com seu choro e sua manha. Uma típica Way.
O jantar não havia demorado, por mais que Gerard fosse lento o suficiente para comer, como sempre, e logo o mais velho se juntou a Alicia para lavar a louça, enquanto Mikey e Frank se largavam no sofá da sala, com o gato do Way mais novo, esparramado no colo dos dois. O menor naquela espera silenciosa e quase irritante, por ter recebido uma mensagem do outro amigo, mesmo sabendo que Bert era o mestre em se atrasar, por mais que estivesse completamente eufórico para ouvir as boas notícias em tempo real.
E quando McCracken surgiu, arrastando Quinn pelo casaco (mesmo Quinn que parecia recém saído de uma tarde agradável de sono), Luke, o gato, fugiu como o diabo foge da cruz, quando o nada discreto amigo de Frank se jogou sobre ele, em um escândalo que obviamente acordou Daisy. Irritado, Mikey se viu obrigado a afastar-se e ir até o quarto da filha, enquanto Frank tentava conter Bert e sua onda de cócegas, abraços e beijos babados na bochecha, que o fizeram sentir o hálito um pouco alterado do amigo, denunciando que um certo Bert McCracken havia bebido um pouco antes de chegar ali.
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Surrender The Night || Frerard version
Fanfiction[Continuação de Burn Bright] " O amor nunca acaba. Não quando é real e nós dois sabemos o quanto foi. Nós vivemos, nós crescemos, nós morremos e ele continua ali, firme e forte. Vivo, incandescente e vibrando, mandando aquele incessante "É ele, é e...