Capítulo 29

12.3K 1.1K 156
                                    

meta: 250 votos e 100 comentários

Márcia narrando...

Hoje é sexta feira, o dia mais sagrado da semana que nós respeita e ama... Dia de descansar a alma, ir ao baile, piroca, beijar bocas, sentar gostozinho, descansar, piroca, sambar na cara das inimigas... Já falei piroca?

Eu mesmo se não fosse pela falta de vergonha na cara e a vontade de pegar um gostozim no azeite iria preferir uma noa pizza na cama e um bom filme netflix, mas vamos ficar só no preferir mesmo!

Depois de passar o dia inteiro estudando na faculdade e recuperando as inúmeras horas de aulas que eu matei nesses últimos, cheguei no Chapadão toda quebrada e com fome.

Essa vida de pegar o busão todos os santos dias e ainda ter que subir o morro inteiro a pé para chegar em casa não é pra mim não mona! Às vezes me pergunto porquê essas desgraça não pensa em botar aquelas esteiras rolantes sabe, assim não gastaria muita energia.

Abri a porta de casa e aquela pestinha que eu tanto amo veio abraçar minhas pernas, quando ela faz isso significa duas coisas: mexeu em algo que me pertence que está tentando ne enganar ou quer qualquer coisa.

Márcia: Tu quer o quê Bárbara - digo no mesmo instante -

Bárbara: Quelo nada titia, tô sendo calinhosa - diz atrapalhando nas palavras -

Uê gente? Ontem eu era a titia malvada que rouba doces e sorvetes por enquanto Juliana era a titia legal que ensina e dá tudo para ela e hoje decidiu ser carinhosa comigo, bipolar essa criança né?

Bárbara largou do meu pé assim que eu dei uma bolsa de docinhos para ela, mas ameacei se caso ela contasse para a Isabella eu iria cortar os cabelos da sua Barbie, Isa não permiti que ela coma doces a essas horas porque na hora de dormir parece estar ligada no 200 volts.

Deixei ela deitada no tapete da sala desenhando e fui ver como a Isabella estava, já se passou uma semana desde que o idiota do meu primo quase tirou a vida dela, os hematomas demoraram alguns dias para se cicatrizarem mas graças a deus a enfermeira daqui passou alguns remédios que lhe ajudaram bastante.

Poderia dizer que realmente Isa está bem mas eu sinto que não, desde aquele dia algo mudou... Não fisicamente mas algo vindo do interior dela, parece que algo em ela se apagou ou desapareceu, talvez o brilho no olhar ou o medo de um dia ser feliz.

Ela está mais distante e fria, não fala muito e quando fala não demonstra ânimo, ela não é assim...

Mas eu a compreendo e não a julgo de maneira alguma! Sei o quanto ela já sofreu, aguentou as diversas e humilhações e as surras desde à época colegial, sempre admirei seu lado guerreira, matura e responsável aos meus olhos Isabella é um exemplo de mulher que merece ser feliz nesse mundo lotado de injustiça e maldade.

* * *

Márcia: Tá melhor miga? - digo me sentando ao lado dela -

Isabella: Tirando a dor de cabeça que eu estou sentindo e a vontade de te matar por ter me impedido de ir embora dessa casa estou ótima! - dá um sorriso sarcástico e sou obrigada a revirar os olhos -

Meu Novo RecomeçarOnde histórias criam vida. Descubra agora