Isabella narrando...
Passar a madrugada inteira naquela cadeira do hospital é terrível, estava exausta com olheiras profundas, minha barriga não parava de roncar na noite interior não havia comido nada, meu rosto era idêntico a um zumbi sem esquecer que eu estava descabelada e de pijama!
Na hora que eu vi o Rodrigo com a garrafa na mão e minha filha desacordada no chão sangrando, não refleti em mais nada saí correndo meu instinto de mãe falou mais alto que tudo, foi quando eu fui lavar o rosto no banheiro do hospital que eu reparei como estava vestida, por isso que todo mundo me encarava com espanto.
Não ter notícias da minha filha estava me destruindo por dentro e por fora, tinha vontade de entrar naquela sala e obrigar aquele doutor a me dar notícias.
Márcia: Isa, vai comer alguma coisa na lanchonete você precisa se alimentar - recuso -
Isabella: Eu não vou conseguir comer, nada vai me passar pela garganta - dou um longo suspiro - Ainda não creio que isso está me acontecendo Márcia, eu não entendo o porquê desse sofrimento todo, nunca fiz, nem desejei mal à ninguém, só queria ser feliz, concluir meus estudos, ter meu trabalho, ser dona do meu próprio nariz e construir uma família, a família que eu sempre sonhei - desabafo - Você não sabe o quanto me doeu ver a minha filha sendo abatida por aquele monstro, só porque eu fui comprar arroz para o jantar, Rodrigo se descontrolou me bateu e jurou acabar com a minha alegria, ele deu socos e chutes nela, partiu uma garrafa de vinho e machucou a cabeça da Bárbara, eu não não pude fazer nada pois eu estava desmaiada por conta dos chutes que eu recebi, acordei minutos depois - confesso tudo de olhos fechados relembrando a cena toda -
Márcia: Meu deus - sua boca faz forma de O - Eu sabia que Rodrigo era covarde mas não à esse ponto de bater numa criança inocente, na sua própria filha ele é um mostro que merece sofrer até a morte - diz com raiva - Ouve Isabella não sei se você concordará mas eu tenho uma solução - diz -
Isabella: Qual?
Márcia: Deixar São Paulo e começar a construir a sua vida, você ainda é nova e jovem têm tempo de ser feliz e fazer sua filha feliz, Bárbara não merece o pai que têm e você não merece um companheiro tão escroto e covarde. Eu também me cansei da vida aqui em São Paulo, não quero mais ficar na casa dos meus pais, a convivência está impossível! Aquele meu primo que vive no Rio de Janeiro me convidou para ir morar lá com ele! Vêm comigo. - ela diz e fico confusa -
No momento onde iria lhe responder o mesmo médico de ontem aparece na sala com um bloco nas mãos.
Médico: Parentes de Bárbara Ferreira - eu e Márcia nos levantamos imediatamente e caminhamos até ele -
Isabella: Sou a mãe dela doutor, por favor me diga como minha filha esta? Aonde ela está?
Médico: Se acalme senhora irei explicar tudo, mas na minha sala por favor - pede -
No momento várias coisas me passaram pela cabeça, fiquei imaginando o pior minha princesa só têm 4 anos e já está passando por esse trauma todo...
Chegamos na sala do doutor ele nos manda sentar e checa algumas coisas no seu computador, dá um longo suspiro e começa a falar...
Médico: Eu não sei o que aconteceu com a sua filha mas a pequena deu entrada no hospital com um ferimentos graves ao nível da cabeça e no corpo também, tivemos de deixa-la na sala de observação e analisar bem o ferimento, durante a madrugada tivemos que leva-la até o UTI para uma cirurgia de emergência sua filha estava sofrendo uma hemorragia porque ela perdeu bastante sangue o que dificultou muito a situação - comecei a chorar, sinto a mão da Márcia apertar a minha - A cirurgia durou 3 horas tivemos limpar bem o machucado com cuidado pois se trata de uma criança, ela levou 7 pontos na cabeça e graças a deus está fora de perigo mas ainda está fraca e com um pouco de febre isso é normal - um alívio se instala na minha alma -
Isabella: Posso visita-la?
Médico: Sim pode mas deve ter cuidado porque ela não pode se esforçar, precisa tomar remédios quando sentir dor, deve evitar se machucar ao nível da nuca e contra seu problema de respiração, a Bárbara sofre de asma, irei passar alguns remédios para isso - eu já desconfiava disso, até cheguei a levar ela ao médico mas me disseram que era fatiga -
Depois de conversar com o médico, saí daquela sala destruída por ouvir aquilo tudo mas contente por saber que minha princesa não corre perigo, ela vai ficar internada 1 semana na UTI depois receberá alta quando estiver totalmente curada.
Márcia ficou na sala de espera enquanto eu fui ver a minha filha, assim que vi o quarto n° 34 meu coração bateu o mais forte possível, não queria ver minha filha nessa situação. Abri a porta do quarto e meus olhos se encheram de lágrima, senti um aperto no coração e mal conseguia respirar, Bárbara tinha um grande curativo na cabeça,só dava para ver as pontas dos seus cabelos, ela mantia os olhos fechados e seu rosto estava vermelho ela havia chorado.
Caminho em passos lentos até a cama tentando segurar meu choro, ela é um anjo, ama sorrir não merecia isso tudo! Mas prometi a mim mesmo que quando ela sair do hospital irei fazer tudo diferente, não tenho nada a perder.
Isabella: Ò meu amor, desculpa a mamãe - Divo me sentando a beira da cama pegando em suas mãos pequenas - Eu gostaria de ter feito tudo diferente, ter criado você em um ambiente de paz e amor mas não tive coragem de fugir! Fiquei sem chão quando vi você de olhos fechados, senti falta do brilho do seu olhar - fungo - Mas a mamãe promete de dedinhos que tudo será diferente à partir de hoje, vou cuidar de você e dedicar meu tempo à você - digo como se ela entendesse tudo aquilo que eu disse -
Bárbara vai abrindo os olhos devagarinho e assim que me vê, abre um sorriso lindo que só ela têm.
Bárbara: Poquê tá cholando mamãe - só em ouvir sua voz, a tristeza que me dominava e o fracasso desapareceu no momento -
Não digo nada apenas pego sua mão delicadamente e beijo sua mão!
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Meu Novo Recomeçar
Teen FictionDesde pequena foi humilhada e massacrada pelos seus pais, ela cresceu no meio da violência e foi exposta à mal tratos... Sua salvação foi o amor da sua vida Rodrigo, um homem rico e elegante mas como dizem por aí todo mundo têm um lado podre! Isabe...