Capítulo 59

10.1K 1K 255
                                    

Isabella narrando...

Já fazia três dias que Rodrigo tinha me raptado junto com um amigo maníaco dele, um barrigudo, velho nojento!

Eu via o sol raiar pela pequena janela que tinha naquele quarto fedorento, sentia a noite chegar mas não conseguia pregar o olho, apenas chorava e suplicava comida.

Não consigo mais pensar em mais nada a não ser na saúde do bebê que cresce dentro de mim, na minha filha Bárbara que deve estar morrendo de saudades, necessitando de um abraço de urso, na Ágata me chamando de mamãe com um sorriso bobo no rosto e no meu amor... Wesley!

Faz mais de 78 que eu estou fechada dentro de uma espécie de cave, sofrendo de todo o tipo, suplicando ao menos água e pão pois desde que me fecharam aqui me deram de comida apenas uma vez.

A cave tinha restos de sangue e esqueleto humano, as baratas vivem correndo de um lado pró outro, às vezes sinto algumas delas me subindo pelo corpo, a urina das ratazanas me fazem querer vomitar, mal consigo respirar no meio desse lixo todo, eu quero sair daqui!

Rodrigo não estava no seu estado normal, ele me parecia, doente, um psicopata sem escrúpulos, não fazia coisa com coisa... Me arrependo de um dia ter cruzado seu caminho.

Ele mandou alguns homens me baterem, me tocarem sexualmente por enquanto ele filmava tudo e certamente enviava para Wesley, me acorrentou numa cama de ferro...

Me sentia fraca, com medo, coração pesado por não saber como reagir durante uma pessoa que me destruiu pouco a pouco mas o estrago foi grande.

* * *
Escutei algumas vozes do lado de fora, em seguida o barulho da porta se abrindo, me encolhi na cama e depositei minhas duas mãos em cima da barriga, de maneira a proteger meu bebê.

Rodrigo: Está com fome? — pergunta de forma irônica — Trouxe um jantar pra nós os dois.

Não respondi, permaneci calada.

Rodrigo: Tô falando contigo porra! Me responda — grita me assustando —

Isabella: Tô... Tô com fome isso — digo com a voz embriagada —

Ele se aproximou da cama e eu recuei  ficando colada na parede, em seguida Rodrigo coloca os dois pratos que ele tinha na mão em cima daquele colchão velho e me encara profundamente em seguida faz menção pra eu comer.

Com a fome que eu tinha, não esperei ele voltar ame dizer, peguei um dos garfos que também Rodrigo havia pousado em cima do colchão e começo a comer aquele espaguete com atum, por enquanto ele encara envés de comer.

Não tinha sal, o gosto era um pouco horrível e meloso mas eu comi na mesma, tinha muita fome, quando estava prestes a terminar de comer, no fundo do meu prato reparei duas patas de inseto, separei o pouco de espaguete que faltava e quando vi aquela barata morta senti um bolo subindo e minha garganta arder.

Me levantei da cama e corri vomitar num balde de lata que o mesmo havia metido alí pra eu fazer minhas necessidades ou vomitar.

Rodrigo: Espaguete com atum e leite de barata gostou — diz sorrindo por enquanto eu continuava a vomitar —

Meu Novo RecomeçarOnde histórias criam vida. Descubra agora