13 - Bêbado

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  Pov. Beatriz

   Fiquei por um bom tempo andando na pista, quando cansei passei no ki-coxinha e comprei alguns salgados, enquanto comia olhei em volta e vi Pedro com seus amigos.

   Sem pensar duas vezes paguei a conta e sai dali, enquanto caminhava pra casa vi um cara sentado na calçada em uma esquina olhando pra baixo, quando me aproximei mais percebi ser Gabriel... meu primo.

— Gabriel? — Quando ele levantou a cabeça pude ver os ferimentos no seu rosto, na hora me desesperei e me abaixei ficando na sua frente. — Mas o que aconteceu com você? Quem fez isso?

— Eu... estou bem... — Segurei em seu queixo devagar, o sangue escorreu pela sua boca fazendo com que caísse no meu dedo.

— Você não está nada bem, vou levar você para o hospital agora! — Limpei meu dedo nas calças e ajudei ele a levantar.

— Estou... bem. — Gabriel tossia e com isso mais sangue escorria, apoiei seu braço no meu pescoço e caminhamos devagar até o carro.

   Quando chegamos perto do carro, destranquei e deixei meu skate no porta malas, ajudei o Gabriel a entrar e olhei nos seus olhos.

— Não precisa disso. — Ele tossiu e me olhou.

— Claro que preciso, você é meu primo. — Fechei a porta e dei meia volta.

   O caminho todo tentei manter o controle, rezando para que Gabriel só teria levado alguns murros nada mais sério que isso, fiquei conversando com ele para que não dormisse.

   Quando chegamos uma enfermeira viu o estado dele e levou ele logo para um quarto me deixando sozinha, alguns minutos se passou e a mesma enfermeira voltou com uma prancheta na mão.

— Pode me passar alguma das informações dele. — Assenti pra ela, preenchi toda a folha tentando não deixar tudo borrado por estar tremendo.

   Terminei o mais rápido possível, entreguei de volta pra ela que voltou para o quarto em que Gabriel estava sem me dizer mais nada. Passaram se minutos e Gabriel aparece com alguns pontos no rosto, fui até ele vendo mais de perto o estado que ficou o rosto depois dos murros que ele levou.

— Foram alguns pontos, mas nada de mais. — Ela olha pra mim, dando um sorriso. — Cuidar por alguns dias, sempre lavando e tomando cuidado.

— Mas nada sério né, nenhum osso quebrado? — Ela riu da forma que perguntei.

— O corpo dele está inteiro! Sem nenhuma parte quebrada, só tomar mais cuidado da próxima vez ainda mais por onde anda.

   Ela olha pro Gabriel que desvia o olhar sem falar nada, ajudei ele a caminhar até o carro e depois fui resolver algumas coisas sobre o plano de saúde, com tudo resolvido voltei para o carro e olhei pra ele que ainda não tinha me contato o que aconteceu.

— Não vai me contar o que aconteceu? — Deixei minha bolsa no banco de trás.

— Mexi com as pessoas que não deveria, só isso. — Reviro os olhos.

— Então tá! — Passamos na farmácia pra comprar alguns remédios e depois deixei ele em casa. — Não precisa mais de nada?

— Você já fez muita coisa Bia, obrigado. — Ele sorri pra mim e desce do carro.

— Você é meu primo, isso e o mínimo que posso fazer por você que cuidou de mim minha infância inteira. — Dou risada, ele da risada junto comigo e fecha a porta do carro.

   O caminho até em casa passa pela casa da Ana, pude ver de longe alguém sentado nas escadas com uma garrafa na mão, minha visão não é boa, mas eu tenho certeza que é Pedro na frente de casa.

A babá da minha irmã /EM REVISÃO/Onde histórias criam vida. Descubra agora