Capítulo 1 - Chamada para ser uma Guerreira

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NOTAS INICIAIS

Hey Batatinhas Ambulantes o/

Depois de UM ANO é muuuuito bom estar de volta às histórias TuT e como em todas as estreias, fico meio nervosa sobre a aceitação de vocês e.e não sei como receberão a história, mas torço grandemente para gostarem dela e.e

Uma coisa que eu gostaria de esclarecer antes de lerem é que se trata de uma "continuação" ~considerem as aspas~ de A Guardiã do Gelo (AGDG). Por que as aspas Tia Kashi? Porque ainda é cedo pra vocês entenderem a ligação que essa história tem com AGDG e.e relaxem que no fim, as linhas "soltas" farão sentido <3 ~e para incentivo, futuramente vocês ainda verão a Nath de novo :)

Não se esqueçam de dar uma conferida nas notas finais porque eu tenho uma surpresinha para vocês, ok? ^^

Tenham uma boa leitura o/

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PARTE UM

O TREINAMENTO

Minhas garras negras arranharam de leve o vidro da televisão enquanto meus olhos continuavam vidrados no vídeo em que mostrava o Príncipe de Gelo. Embora não passasse de um albino com olhos azuis bem claros, gélidos, era ele quem comandava os homens —  Cavaleiros —  que viviam do outro lado da fronteira.

É isso mesmo, homens e mulheres foram separados há centenas de anos. O motivo? Não faço ideia. Ninguém sabe. O máximo que sabemos é que o príncipe Matthew comanda os homens e a princesa Marilene controla as mulheres — Guerreiras.

E ah, eles são os únicos habitantes imortais de todo nosso país Yanche.

— Acácia — ouvi minha mãe me chamar num tom de repreensão —, quantas vezes já te disse para não ir dormir tarde? Vai piorar sua maldição se continuar desse jeito.

A maldição... Não sabia se ela tinha ligação com a paixão misteriosa que sentia pelo Príncipe de Gelo, mas odiava o fato dela existir — tanto da maldição quanto da paixão.

Todas as noites meu corpo ficava negro como a noite, meus dentes se transformavam em caninos afiados e meus olhos ficavam escuros, perdendo-se na escuridão da minha pele.

Desde os quinze anos estava fadada a ser um monstro.

— Desculpa, mamãe — choraminguei. — É mais forte do que eu...

Carina, minha mãe, pareceu ignorar minhas palavras e apenas desligou a televisão. Entendi que essa era a deixa perfeita para eu me levantar e o fiz, seguindo para o meu quarto em seguida. Deitei na cama e puxei os cobertores sobre o meu corpo.

— Precisa lutar contra isso, Cia — mamãe me advertiu. — Aqui é proibido esse tipo de sentimento por homens e sabe disso.

Assenti, indicando que sabia muito bem disso. Se a princesa Marilene descobrisse o que eu sentia, tinha medo do que faria comigo. Os boatos que corriam no vilarejo sobre suas torturaseram assustadores.

— Amanhã é o grande dia — ela murmurou para mim, parecendo querer amenizar o efeito da sua advertência. — O dia em que você entrará pro treinamento das Guerreiras.

— Você acha que a princesa Marilene vai me escolher? — questionei incerta.

A vela acesa do meu quarto me fez ver um pequeno sorriso no rosto da mamãe.

— Ela irá. Você vai se tornar uma Guerreira e obedecerá a linhagem da nossa família como tem que ser.

Ouvir isso me enchia de ansiedade para o dia seguinte chegar de uma vez. Desde pequena tinha o sonho de servir nas Guerreiras. Eram elas que iam nas fronteiras e lutavam bravamente contra os homens que sempre nos atacavam.

A Guardiã da Noite - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora