NOTAS INICIAIS
HEY, Batatinhas Ambulantes o/
Pra mim sempre dói encerrar uma história, porém eu tenho também a sensação de "dever cumprido". O textinho de despedida vai estar nas notas finais, então leiam por favor ;-; afinal, é o nosso último capítulo juntinhos, certo? T-T ~inevitavelmente estou emocionada agora ;-;
Só lembrando que o título escolhido por vocês foi esse, ok? ksks esse título da Cia foi o vencedor naquela enquete que eu fiz no meu Insta haushsauh valeu por tirarem essa dúvida cruel de mim K
No capítulo de hoje - a última maldição
Tenham uma boa leitura o/
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A primeira pergunta que passa pela minha cabeça é se eu morri. Junto com essa pergunta, vem uma dor insuportável no mesmo lugar. Aos poucos, a consciência vai retornando, me dizendo não ter chegado meu momento ainda. Forço meus olhos a abrirem, embora um zumbido irritante no meu ouvido me impeça de ouvir o redor.
Assim que minha visão vai tomando forma, percebo que estou num chão terroso. Tusso com a poeira levantando ao redor e vejo mulheres correndo, desviando do buraco onde eu me encontrava. Suas bocas estão abertas e suas armas estão em punhos. Devem estar gritando. Sinto falta da minha capacidade de ouvir.
Pisco algumas vezes e procuro pela princesa Marilene. A encontro alguns metros de distância, com os olhos abertos. Por um segundo penso que está morta, porém, vejo seu peito subindo e descendo suavemente, indicando ainda estar viva. Entretanto, na sua barriga há um ferimento sangrento. Um lampejo de memória me atinge. Eu tinha causado aquele ferimento nela.
Como se soubesse estar sendo observada por mim, ela vira o rosto na minha direção. Ambas estávamos deitadas naquele chão terroso, doloridas demais para levantar do chão tão depressa. Nossos olhos azuis se encontraram e não trocamos palavra alguma. Percebi que ela estava bastante pálida dentro da sua forma humana novamente. Eu mesma me sentia na forma humana.
Talvez isso fosse o que eles chamam de "esgotar" os próprios poderes.
— Tola — ela murmura com toda dificuldade do mundo. — Nix já venceu.
— Não enquanto eu estiver aqui para impedi-la.
Mesmo com todos os meus poderes esgotados, eu ainda consegui, com dificuldade, ficar de pé. Saquei a adaga de Matthew, fazendo ela se materializar na minha mão. Ainda tinha sangue seco dele, manchando o tom azulado do gelo.
— Matthew... — O olhar da princesa se encheu de reconhecimento.
Mulheres passam batido pelo buraco onde estávamos. Ninguém sequer parecia estar nos enxergando. Elas estavam preocupadas em atacar os humanos do outro lado do muro. Eram essas as ordens dadas pela princesa não é mesmo?
— Por quê?
Ver os olhos da princesa marejados duas vezes naquele mesmo dia era algo extremamente incomum, contudo, só reforçava o quanto o príncipe era importante para ela — afinal, enfrentaram praticamente um milênio juntos, tendo que cuidar de um país inteiro até o dia em que ele estivesse preparado para viver depois dos muros.
— Matthew é um herói — conto a ela, me abaixando ao seu lado. Sujeira cobria seu rosto, antes bastante limpo. Por causa do ferimento aberto em sua barriga, ela mal conseguia se mexer. — Sacrificou a própria vida por quem ele nem conhece.
Abaixo a adaga, aproximando-a de Vossa Majestade.
— Ele superou algo que talvez você vá morrer sem superar. Ódio não leva ninguém a nada. Nunca levou. — A ponta da adaga roça seu peito. Ela não se mexe. — Mas acho que agora é tarde para você mudar de ideia.
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A Guardiã da Noite - Livro 2
Fantasy[Trilogia Os Guardiões - Livro 2] - [antigo ENTRE DOIS REINOS] Homens e mulheres já não conseguem mais viver em harmonia. Quase um milênio foi necessário para que os dois reinados conseguissem se separar em sociedades distintas, mas próximas. Dentro...