Capítulo 17 - Ele conhece a minha irmã

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HEY, Batatinhas Ambulantes o/

Primeiramente eu queria agradecer a vocês pelos dois mil comentários <3 sério, eu surtei de felicidade ksks e agradeço mesmo por vocês serem comunicativos comigo e comentarem cada capítulo <3 vocês não tem noção do quanto isso motiva *-*

A propósito, estou adorando as teorias que ando lendo por aí u.u continuem com essa mente fértil porque isso acaba me inspirando também ksks

No capítulo de hoje - um homem misterioso. Isso mesmo, um homem u.u

Tenham uma boa leitura o/

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Não sei quanto tempo demorou até avistarmos a casta 5, mas a boa notícia era que o sol não tinha se posto ainda. Porém a parte ruim da caminhada é que fomos recebidas no território de maneira bem agressiva. De uma hora pra outra estávamos agitadas e assustadas enquanto algumas flechas vinham na nossa direção.

Eu mesma estava assustada.

Hesitante, puxei uma flecha da aljava e posicionei de mal jeito no arco. Não sabia nem como fazia para atirar. Olhei ao meu redor. Minha equipe e o resto das Iniciandas estavam tão perdidas quanto eu. Gritos enchiam o ar. Tencionei o arco, sentindo os músculos arderem pelo esforço. Ao soltar, acerto alguém. Não sei quem. A pessoa estava sem armadura, então supus ser alguém da casta 5.

Karen também tinha sido presenteada com um arco e flecha. Entretanto, ao contrário de mim, ela parecia muito mais habituada a atirar. Acertou duas. Três. Quatro pessoas. Milena não tinha a mesma sorte, apesar de usar uma espada curta, semelhante ao gladio que antigos da sociedade usavam.

As duas pareciam ter o sangue de Guerreiras correndo nas veias. As duas devem ter sido treinadas durante a infância. Me perguntava, no meio daquela confusão, o porquê mamãe e Bianca não tinham se dado o trabalho de me ensinar alguma coisa antes de eu vir para o treinamento.

Muitas garotas gritavam, porém, outras agiam com suas armas. As Guerreiras que nos acompanhavam matavam muito mais que as Iniciandas. Pareciam ser sedentas de sangue. Possivelmente se sentiam de volta ao campo de batalha de onde saíram. Puxei mais uma flecha da aljava e atirei, sem me importar com o alvo. Outra mulher sem armadura gritou pela dor da flechada.

— RECUAR! — ouvi um grito bem alto feminino, mas não era da nossa oficial.

Devia ser do inimigo.

Respeitando a ordem, as Iniciandas e Guerreiras pararam de atacar e deixaram as imundas da casta 5 apenas fugirem para se esconder. O ataque delas havia sido um fracasso.

— MANTENHAM A ORDEM, GUERREIRAS! — gritou Ramona à frente do nosso grupo.

Não demorou muito até as garotas entenderem que a oficial pedia silêncio de todas. Também, ao invés de ficarmos desorganizadas, passamos a nos juntar pelas equipes. Enquanto as outras se ajeitavam, arrumei aljava no ombro e me juntei com Karen e Milena num canto.

— Estamos para entrar em território difícil, mas se permanecerem organizadas, conseguiremos dar continuidade à terceira semana de treinamento — a oficial continuou. — Não se afastem do grupo e não deem atenção a nenhuma moradora da casta 5. Estamos aqui para despreza-las por serem a vergonha da sociedade de Mariah.

Percebi algumas garotas afirmando com a cabeça veemente. Decidi fazer o mesmo. Tinha ouvido mamãe falar uma vez que as pessoas da casta 5 eram tão rejeitadas quanto os prisioneiros homens trazidos de batalha. Ela me explicou que aqui moram aquelas que não possuem renda alguma, ou seja, pobres, prostitutas, defeituosos (sem braços, pernas, etc) e ladras. Aqui é um local sujo e poucos se aventuram por essas bandas.

A Guardiã da Noite - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora