Capítulo 15 - O retorno do livro perdido

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NOTAS INICIAIS

HEEEEEY Batatinhas Ambulantes o/

Mais um capítulo quentinho pra vocês e se tudo der certo essa semana, eu faço uma contagem regressiva no Instagram pro próximo capítulo só pra gente brincar um pouco ksks falando nisso, se você ainda não me seguiu, ainda dá tempo u.u @Kashinabifarron

Pela primeira vez estou trazendo a forma de escrever o aulin pra vocês ksks ambas as mídias (fotos) desse capítulo foram escritas a mão por mim mesma e pra quem achava que o aulin era simplesmente palavras ao contrário, estão muito enganados u.u agora compreendem a dificuldade da Cia de decifrar as palavras do livro? ksks

No capítulo de hoje - um certo livro misterioso u-u

Tenham uma boa leitura o/

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Enquanto desamarrávamos Karen, ela só fazia gemer de dor. Começamos a soltá-la pelos tornozelos. Nos pulsos, Milena a segurou para que a garota não desabasse no chão com as costas feridas. Os machucados eram mesmo horrendos e estavam claramente sensíveis.

Quando soltei o último nó, Milena clamou por ajuda e eu logo fui socorrê-la por conta do peso de Karen. Juntas, colocamos a garota devagar na grama, com as costas voltadas para cima. Meu estômago dava voltas só de olhar pro que sua pele tinha se transformado por culpa do chicote.

Mais uma vez eu e Milena trocamos olhares, decidindo silenciosamente em levar nossa colega de quarto para a enfermaria. Devagar, segurei seus braços e Milena suas pernas, da mesma forma que tinham feito comigo. Então a levamos para enfermaria, a deitando numa espécie de cama. A curandeira nos olha com a sobrancelha arqueada e suspira vendo a situação da nossa colega.

Ela pega um cântaro pequeno e despeja um líquido sobre as feridas. Karen geme e grita por conta disso. Devia ser o que ela jogou no meu corte. Porém esse momento se estende mais do que o meu. Embora estivesse permanecendo pela minha amiga, ver a Karen sofrendo daquela maneira e seu ferimento vomitando sangue contínuo, acabava por embrulhar meu estômago.

Desviei o olhar, tentando também desviar os pensamentos daquela cena. Milena, parecendo perceber meu desconforto, cutuca meu ombro e meneia a cabeça para a saída da enfermaria. Concordo com ela sem hesitar e acabamos por sair com minha colega murmurando para curandeira algo como "vamos esperar lá fora".

Nós duas sentamos no chão, encostando as costas na parede da enfermaria. Ainda dava pra ouvir alguns ruídos de sofrimento da Karen, mas eram mínimos. Meu estômago agradecia por isso.

— Acha que ela vai ficar bem?

Olhei na direção da porta da enfermaria onde Karen gritava lá dentro.

— Espero — digo.

Mal tínhamos começado a conversar quando a oficial Intringer veio até nós com sua expressão rígida de sempre. Lembrava muito bem no monstro que ela havia se transformado na noite passada e por um segundo me perguntei se ela mesma sabia do que era capaz. Deve saber. Se eu e a Karen sabemos de nossas maldições, ela também deve ser ciente da sua, cheguei à conclusão mentalmente. Esperava ao menos que a oficial não soubesse a minha identidade, embora desejar o mesmo pra Karen fosse impossível.

— A equipe de vocês só tem desonrado este treinamento — começou ela. — A maioria das punições estão sendo apenas para vocês. Sugiro melhorarem logo ou vamos recorrer à expulsão e tenho certeza que não gostariam de enfrentar a maior vergonha de serem expulsas do treinamento, não é mesmo?

Mordisquei o lábio e, como Milena, apenas assenti em concordância.

— Espero que tenham mesmo entendido e que essa tenha sido a última punição.

A Guardiã da Noite - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora