A Guardiã da Noite - Livro 2

Capítulo 57 - Alguns destinos são mais fortes do que outros

NOTAS INICIAIS

HEY, Batatinhas Ambulantes o/

No capítulo de hoje - uma explicação sobre destino o.o

Tenham uma boa leitura o/

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Quando os Cavaleiros conseguiram restabelecer a ordem do castelo, pude observar o tamanho do estrago causado pelos rebeldes. Teve uma quantidade considerável de mortos espalhados por todo o jardim. Os Cavaleiros sobreviventes ficaram responsáveis por levar os corpos para os fundos do terreno onde fizeram uma funda cova e foram descartando os corpos por ali mesmo. Longe e fundo o suficiente para o cheiro não incomodar o ambiente do castelo.

Tive de voltar para o meu quarto, então não pude acompanhar o desenrolar da coisa. Felizmente Edwin estava no meu quarto para me manter atualizada sobre os acontecimentos do castelo. Não esperava poder ver o príncipe hoje já que passaria o restante da noite ocupado. Olhei o relógio na parede, tendo a surpresa da noite estar avançando rapidamente.

— Então quer dizer que estava com o príncipe nas minhas costas... — o mordomo me provocou.

Passei as mãos pelo rosto, suspirosa.

Estava sentada na minha cama, com as pernas cruzadas em cima desta. Edwin havia aproveitado o momento de descontração para se sentar ali também.

— Pensei que não quisesse falar disso — digo.

— Bom, você já correu desse assunto por semanas.

— Pare de me condenar — choramingo, fazendo uma careta.

— Quando foi que começou?

Suspiro alto, deitando na cama em ar de desistência. Meu mordomo não parecia querer desistir do assunto tão cedo, enquanto eu só queria poder me livrar daquilo.

— Não fiquei monitorando os dias, Edwin. Só aconteceu e pronto, tudo bem? — digo, querendo dar um basta no assunto. — Não aja como se eu não tivesse me sentido culpada.

— Só estou curioso. Como uma mulher conseguiu ficar com um homem depois de todas as minhas tentativas?

Puxei os cobertores da minha cama, querendo me enfiar debaixo deles e ficar ali sozinha. Apesar de sermos amigos, não estava com vontade alguma de ficar com o Edwin agora. Ele estava sendo chato comigo. Eu tinha errado, mas não queria discutir sobre meu erro. Afinal, eu já tinha pedido desculpas, então o assunto não deveria ter voltado.

— Estou cansada — declaro.

— Desculpe — ele murmura, se levantando da minha cama.

— Não queria que tivesse descoberto dessa maneira — digo novamente. — Mas não posso voltar atrás agora. Sinto muito.

O mordomo não respondeu e eu não fiz questão de insistir em lhe arrancar alguma palavra. Fechei os olhos, sentindo o corpo pesar com o cansaço. Sabia que usar poderes me desgastava e hoje particularmente tinha exagerado bastante. Podia sentir as juntas latejando levemente, anunciando a piora do cansaço.

Acho que acabo pegando no sono pouco depois, porém, sou acordada com batidas na porta. Choramingo baixinho e espero Edwin ir atender. Entretanto, ninguém se mexe e só ouço o barulho da minha respiração antes de outra batida soar pelo quarto.

Saio da cama claramente cansada e vislumbro o quarto vazio. Possivelmente o mordomo tinha saído dali e devia estar em algum lugar sozinho. Ou então foi ajudar os empregados a colocar o castelo em ordem. Bem, independente disso, quem estava batendo na porta não era ele e sim o príncipe Matthew.