Capítulo 70 - Quase duas vidas por uma

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NOTAS INICIAIS

HEY, Batatinhas Ambulantes o/

Hoje eu gostaria de avisar que estamos entrando nos últimos capítulos de EDR, então vão preparando os lencinhos porque o final está próximo hehe

No capítulo de hoje - morte 2.0 hehe

Tenham uma boa leitura o/

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A forma de corvo toma conta do meu corpo antes de eu me estatelar no chão do jardim, correndo risco de sofrer sérios ferimentos. Felizmente Moros tinha soprado um pouco de sorte no meu caminho e eu agradecia internamente por isso. Minhas pernas prendem o vidrinho vermelho com força para não me escapar. Alço voo na direção do telhado e lá me sinto segura o suficiente para voltar a ser humana.

Respiro fundo, um pouco aliviada. Não ouvia mais chiados e sabia que ninguém vigiava o telhado a menos que houvesse alguma suspeita de invasão por parte dos homens. Felizmente não parecíamos nos preocupar com esse tipo de coisa ultimamente.

Escondo-me atrás de uma pequena casinha ali em cima só por garantia. Não queria mais surpresas.

Observo o vidro cheio de líquido vermelho. Aquilo poderia significar muitas coisas e eu não tive tempo o suficiente para ver se haviam mais compartimentos escondidos naquele quartinho. Agora era tarde demais para voltar. Os monstros devem ter estragado a maioria das coisas tentando me seguir.

Era uma pena. Aquelas poções poderiam ter me sido úteis.

Tiro a rolha de cima e um cheiro adocicado entra nas minhas narinas. Lembrava algo como cereja ou alguma fruta vermelha semelhante. Comprimo os lábios e giro o líquido levemente dentro do vidro. Esperava ter acertado na minha intuição.

Respiro fundo, sabendo não poder ficar demorando muito, pois não sabia se aqueles monstros teriam capacidade para me encontrar. Levo o vidro à boca e dou o primeiro gole. De primeira faço uma careta pela primeira sensação ser amarga, ao contrário do cheiro. Só no final dá para sentir um pingo de doçura, mas bem leve. Bebo o restante e abandono o vidro.

Minha cabeça começa a girar em seguida.

Levo as mãos à testa, percebendo que estava esquentando repentinamente também. Se tiver bebido veneno, agora era tarde demais para voltar atrás.

Forço-me a ficar de pé com ajuda da parede. Alguns pontos pretos começam a aparecer na minha visão. Estou um pouco tonta, mas aqui não era um bom lugar para desmaiar. Era muito vulnerável.

Toco meu pescoço e puxo o colar dali, fazendo fundir com a pele negra e assumo a forma de corvo outra vez. Por diversas vezes me perco durante o voo e faço um pouso dolorido na entrada do castelo. Agradecia por não estar próxima o bastante das Guerreiras que faziam rondas durante a noite no jardim. Com certeza elas poderiam ter me ouvido pousar desajeitada.

Uma imagem apareceu diante de mim enquanto eu caminhava e eu acabei batendo a cara na porta de entrada por não estar suficientemente concentrada para atravessa-la. A imagem foi tão repentina que não consegui ver direito do que se tratava.

Minha visão começou a ficar turva.

Felizmente consigo me concentrar um pouco para atravessar a porta e logo estou dentro do castelo de novo. Consigo ouvir chiados de longe e não me permito perder tempo. Tento avançar, mas tropeço em meus próprios pés e sinto vontade de vomitar. A poção parecia estar fazendo um efeito violento no meu corpo e estava atrapalhando meu desempenho. Daqui a pouco os monstros vão sentir meu cheiro e virão atrás de mim e não posso enfrenta-los grogue, um ar de desespero tomou conta dos meus pensamentos.

A Guardiã da Noite - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora